jOBS e não só

jOBS e não só

Um dos filmes que estreia hoje, é uma obra de ficção baseada na vida de Steven Jobs. Há cerca de um ano, a Devir editou um livro de BD com temática semelhante. Eis o que escrevi na altura:

O Zen de Steve Jobs reuniu os ingredientes necessários para se transformar num desastre. O argumento foi encomendado ao jornalista da Forbes Magazine Caleb Melby e a arte entregue à agência JESS3.

Por um lado, a JESS3 intitula-se como uma agência criativa especializada na visualização de dados. Ou, se preferirem:

Por outro lado, trata-se da primeira incursão no mundo dos romances gráficos da Forbes e do seu jornalista Melby, com o livro a ser publicado originalmente 3 meses após o falecimento de Jobs. Nenhum destes elementos pressagiaria bons resultados aos apreciadores da nona arte.

Mas, qual foi o resultado? Melby mistura alguns factos documentados com uma dose de ficção q.b. para narrar a vida de Jobs entre 1970 e 2011, centrando-se especialmente no período entre 1985 e 1996, ou seja, no exílio de Jobs da Direção da Apple, por incompatibilidades com esta. O ângulo principal é a influência do budismo em Jobs e a sua relação com o sacerdote Kobun Chino Otogawa. Como esta religião influenciou o design, funcionalidades e, em última instância, popularidade/sucesso dos produtos da Apple? Esta é uma das questões que a obra tenta responder.

A arte de JESS3, através das ilustrações utilizados e cores escolhidas, adequa-se perfeitamente à narrativa, surpreendendo-nos por vezes com as soluções gráficas encontradas.

Em resumo, esta obra merece, sem dúvida, que lhe seja dada uma oportunidade. Os preconceitos devem ser deixados de lado antes da abertura do livro.

Para os que ainda não o leram – ou para os que o desejarem rever -, eis algumas páginas da obra:

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Quanto ao filme, eis a sinopse:
Filme sobre a extraordinária história de Steve Jobs, Ashton Kutcher encarna este inovador e revolucionário empreendedor, que tinha como regra não deixar que nada se intrometesse no caminho da grandeza. O filme conta a épica e turbulenta história de Jobs desde que iniciou o percurso que mudou a tecnologia – e o mundo – para sempre. Realização: Joshua Michael Stern. Com Amanda Crew, Ashton Kutcher, Dermot Mulroney, James Woods, Matthew Modine, Ron Eldard, Ronnie Gene Blevins.

No que toca ao filme Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos, trata-se da adaptação do primeiro livro da série literária homónima em língua inglesa. Esta série de fantasia destinada a jovens adultos é escrita pela norte-americana Cassandra Clare e foi intitulada em Portugal de Caçadores de Sombras. A razão da sua breve inclusão neste espaço é a de que a editora Th3rd World Studios tem vindo a publicar em BD a adaptação do primeiro livro. Adaptado por Mike Raicht, o desenho compete a Nicole Virella e a cor a Jeremy Mohler.

Eis a sinopse do filme:
Na Nova Iorque contemporânea, Clary Fray, uma adolescente aparentemente normal, descobre que é descendente de uma linhagem de caça demónios, os Caçadores de Sombras, um grupo secreto de jovens guerreiros semi-anjos, envolvidos numa antiga batalha para proteger o nosso mundo dos demónios. Após o desaparecimento da sua mãe, Clary é forçada a unir-se a um grupo de Caçadores de Sombras, que lhe apresentam uma Nova Iorque perigosa e alternativa chamada Mundo-à-Parte, repleta de demónios, feiticeiros, vampiros, lobisomens e outras criaturas mortíferas. Realização: Harald Zwart. Com Jamie Campbell Bower, Jonathan Rhys Meyers, Kevin Zegers, Lena Headey, Lily Collin.

Estreias de filmes em agosto previamente abordadas neste espaço:
dia 1: Smurfs 2
dia 8: Red 2 e O Mascarilha
dia 16: Aviões e Percy Jackson e o Mar dos Monstros

nota 1: a opinião sobre o livro “O Zen de Steve Jobs” cinge-se à republicação do meu artigo publicado no blog 100mural, em 16 de março de 2013.
nota 2: nesta reapresentação do livro “O Zen de Steve Jobs”, fui presenteado pela Devir com as imagens das páginas 15, 32 e 63 em exclusivo, as quais agradeço e que agora ilustram o texto.

0 comentários em “jOBS e não só

  1. Não comprei o livro.
    Não porque tivesse algum preconceito em relação à equipa criativa, mas unicamente porque apesar de ter influenciado a nossa vida, não achei que isso desse um biografia gráfica que me interessasse por aí além… aliás, cheirou-me logo a obra “caça-níquel” devido ao timing da sua publicação… o corpo do homem ainda estava “quente” quando editaram o livro!
    Mas até acredito que tenha ficado interessante como graphic novel.
    😉

    1. Exatamente, Nuno. Como escrevi, o livro original foi publicado 3 meses após o falecimento de Jobs. E folgo não ser o único a pensar que esse facto era preocupante quanto à qualidade da obra. Como se depreende do meu texto, na minha opinião, afinal todos os meus preconceitos em relação ao livro não tinha razão de ser, como pude comprovar na altura, quer a nível de argumento quer de arte. Agora que passou algum tempo, que tal lhe dares uma oportunidade? 😉

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