As melhores LeR em março

As melhores LeR em março

Como já vem sendo habitual, apresento uma pequena listagem das melhores LeR (Leituras e/ou Releituras) que realizei em março no que toca à banda desenhada e livros ilustrados.

Março foi um mês que me concedeu menos disponibilidade para as atualizações deste espaço, bem como da leitura. Nesse sentido, houve um decréscimo acentuado nas bandas desenhadas e livros ilustrados lidos.

Como é da praxe, houve (re)leituras intelectualmente estimulantes e outras que, embora não o sendo, foram prazerosas, ou não tivesse sido realizada uma seleção eclética. Ao olhar para as obras presentes neste artigo, torno a conseguir individualizar vários dos rumos traçados – o acompanhamento da produção nacional, a exploração de trabalhos independentes europeus e sul-americanos disponibilizados em língua portuguesa e inglesa (bem como em línguas que não domino com traduções em inglês no rodapé), a interação com a BD infantojuvenil publicada no nosso país, a curiosidade em revisitar séries iniciadas há décadas antes de ler o volume mais recente ou o ocasional piscar de olho a obras de foro mais comercial, na área do humor infantil brasileiro e do manga shojo.

Espero que março tenha sido mais generoso a nível de tempo com os  leitores, pois isso certamente providenciará muitas partilhas, indicando-me outros trilhos a seguir e mundos a explorar.

Como referi anteriormente, sublinho que, se por um lado, as obras (re)lidas em março podem não ter tido data de lançamento naquele mês ou ano, por outro não realizei a leitura da totalidade das publicações lançadas no mês supramencionado.

Sob a forma de listagem, onde se pode descobrir mais sobre as obras em causa quando essa informação está disponível neste espaço:
Russian Avantgarde in Comics – VA (Elektrika, 2012)
– š! #20 – VA (Biedrība Grafiskie stāsti, 2015)
Notes on Graphic Journalism – VA (Elektrika, 2013)
Dança – João Fazenda (Pato Lógico, 2015)
Verdade?! – Bernardo P. Carvalho (Pato Lógico, 2015)
Suplemento #2 – VA (2014)
Hiper Disney #28 – VA (Goody, 2015)
Disney Especial #16: Superpato – VA (Goody, 2015)
Disney Comix #118 – VA (Goody, 2015)
Disney Comix #119 – VA (Goody, 2015)
Disney Comix #120 – VA (Goody, 2015)
Disney Comix #121 – VA (Goody, 2015)
Minnie & Amigos #11 – VA (Goody, 2015)
Blacksad 1: Algures Entre as Sombras – Juan Díaz Canales e Juanjo Guarnido (Asa, 2002)
Blacksad: Os Bastidores do Inquérito – Juan Díaz Canales e Juanjo Guarnido (Asa, 2002)
Blacksad 2: Arctic Nation – Juan Díaz Canales e Juanjo Guarnido (Asa, 2003)
Blacksad 3: Alma Vermelha – Juan Díaz Canales e Juanjo Guarnido (Asa, 2005)
Blacksad 4: O Inferno, o Silêncio – Juan Díaz Canales e Juanjo Guarnido (Asa, 2010)
Blacksad 5: Amarillo – Juan Díaz Canales e Juanjo Guarnido (Arcádia, 2015)
As Tiras Clássicas do Pelezinho vol. 1 – VA (Panini Brasil, 2012)
– As Tiras Clássicas do Pelezinho vol. 2 – VA (Panini Brasil, 2013)
– Só você pode ouvir – Hiro Kiyohara (baseado na obra de Otsyuichi) (JBC, 2014)
As Crianças São Muito Infantis – Fernando Caeiro e Filipa da Rocha Marques (Bertrand, 2015)
A Minha Mãe Acha que Fui Trocada à Nascença – Sara-a-Dias (Ideia-Fixa, 2015)

Fico a aguardar a partilha das vossas melhores (re)leituras no mês passado nos comentários.

8 comentários em “As melhores LeR em março

  1. Leituras de Março

    Um Contrato com Deus – Will Eisner
    O Homem à janela – Lorenzo Mattotti
    Batman – Presa
    Super-Homem – Homem de aço
    Batman – 75 Anos
    Maré Baixa – Daniel Pecqueur-Gibrat
    Lucky Luke – Subindo o Mississipi
    Lucky Luke – Sarah Bernhardt
    Maigret – Maigret e o seu morto
    Jim Del Mônaco – Baja África
    Maigret – Arma uma ratoeira
    As Garras do Destino -Beja/Natael T1
    As Garras do Destino -Beja/Natael T2
    Ameaça ao Império – Philip e Francis
    Ric Hochet – O Monstro de Noireville

    Foi um mês com ótimas leituras. Difícil de diz qual a preferida..
    Contracto com Deus, muito interessante, tanto a nível de composição gráfica como de argumento. Um tema a reler vezes sem conta.
    Mattotti, um estilo muito pessoal, por vezes, a ter de andar umas páginas para trás para agarrar o contexto. Muitas vezes, a obrigar, a fecundos minutos de pausa, para interpretar a linguagem gráfica!!
    Gibrat!! É Gibrat, lol
    Maigret, adorei… Um policial bem ao estilo francês. A contextualização dos ambientes parisienses é deliciosa e os argumentos interessantes. Gostei muito.
    B & M é sempre B & M…
    Os restantes, com os devidos créditos de criação, que dão sempre um prazer de leitura, que nos enriquecem e saciam a paixão.
    Venha Abril!!
    Enfim um mês de boas leituras ?

    1. Olá, Pedro!
      Começando pelo fumetto, sempre dei por tempo bem empregue as leituras das obras de Lorenzo Mattotti. A tua leitura fez-me relembrar a intenção adiada (mais uma) de ativamente procurar as BD que ainda não li de Mattotti. Tenho de priorizar essa demanda.
      Confesso não me recordar muito de Maré Baixa, ao contrário de outras BD com argumento e arte de Gibrat. Pecqueur ou a minha memória, o que culpar? 😉 Tentarei localizar a BD cá por casa e logo verei…
      Por fim, regresso ao início da lista. A obra e vida de Eisner é um ponto de partida interessante para se entender algumas das décadas da história dos comics. A ver se um dia destes escrevo sobre isso 😉
      Abraço,
      Nuno

  2. Ao contrário dos anteriores meses de 2015 este foi um mês de muitas leituras e releituras. Quanto a estas últimas relevo Batman-Judge Dredd Judgment on Gotham, que tinha sido a minha introdução a ambas as personagens, logo tem um grande valor sentimental, especialmente associado ao inimitável traço do sr. Bisley; para além deste também Hellblazer – The Family Man, Swamp Thing de Alan Moore (1-8), Superman Archives vol 1, Hawkeye (Fraction) vol 1, Hellboy O Caixão Acorrentado e Outras Histórias e finalmente Little Nemo in Slumberland, 1º volume da edição portuguesa (infelizmente não tenho os outros), que considero uma obra inigualável e de qualidade inexcedível, especialmente quando considerando a sua data de origem.
    Reli ainda o primeiro volume de Satellite Sam, para embalar na leitura do segundo. Das outras novas leituras relevo ainda outras americanas (Southern Bastards, Planetoid, Storm Dogs, Tiger Lung, Prophet e The Massive), assim como Assim Foi a Guerra das Trincheiras, Julia 111, e os primeiros volumes de Les Années Douces (Taniguchi & Kawakami) e Giacomo Foscari (Mari Yamazaki). Desenvolvendo um pouco estes 2, diria que fiquei um pouco decepcionado com ambos uma vez que guardava grandes expectativas. O primeiro acaba por ter uma grande semelhança com o anterior Gourmet Solitaire, embora mais complexo, ressalvando-se também o facto de a personagem principal ser feminina, o que em Taniguchi é uma raridade (mesmo quando são adaptações de livros, como é o caso). Infelizmente dá a impressão de já ter lido tudo aquilo, não sendo aparente nada de relevante nesta obra que ele não tivesse já expresso em obras anteriores. Quanto ao Giacomo Foscari, também não me parece chegar aos pés nem, por um lado, de Taniguchi (por ser uma obra “à Taniguchi”), nem ao grande êxito da autora, Thermae Romae. A sra. Yamazaki não tem infelizmente um traço detalhado o suficiente para sugerir a verdadeira imersão no ambiente pequeno-urbano (pelo menos não da maneira que Taniguchi consegue), pese embora a aproximação cultural e a originalidade da história que, no entanto, já tinha sido bem explorada no Thermae Romae, até ver obra maior. Como isto das expectativas são coisas pontuais, espero que à altura da releitura possa ter uma interpretação diferente e mais descomplexada que me leve a procurar ler os segundos volumes de ambas as obras.
    Finalmente ressalvava ainda o grande dinamismo das editoras americanas para lá das duas grandalhonas, vi-me perfeitamente satisfeito com a oferta de variedade, originalidade e qualidade dos livros que li, e a quantidade de publicações, originais (por isto quero dizer, sem ser sequelas ou baseadas em personagens pré-estabelecidas), que mensalmente são lançadas é de louvar, demonstrando fé e investimento nos autores e em proporcionar novas experiências aos leitores.
    Espero que em Abril haja tempo e ocasião para mais leituras e actualizações, Nuno.
    Cumprimentos

    1. Olá, V!
      O Julgamento em Gotham publicado pela Meribérica foi também a minha introdução a Judge Dredd. É um personagem que nunca me conquistou. Inicialmente, julgava que, pelo menos em parte, tal se devia aos capítulos curtos a que a edição britânica obrigava e ao modo como tal influenciava a história, mas cedo me apercebi de que apreciava outras BD da 2000 A.D., sujeitas às mesmas regras editoriais. E a leitura de bandas desenhadas do Dredd realizadas propositadamente para formatos mais longos também não resolveu o meu problema. Talvez seja um tipo de personagem e/ou história(s) que não surgiu na minha vida de leitor no momento certo, ao contrário de, por exemplo, Hellboy ou do Swamp Thing de Moore.
      Da minha lista de leitura, consta o Hawkeye de Fraction. A ver se um dia destes resolvo o assunto 🙂 Não é um personagem que me interesse, mas essa abordagem tem sido tão elogiada, inclusivamente por quadrantes pouco interessadas no subgénero super-humano ou de vigilantes mascarados, que torna a sua leitura quase obrigatória.
      Quanto a Little Nemo, nunca tive as edições nacionais dos Livros Horizontes. Comprei há cerca de uma década o gigante (40,6 x 53,3 cm) que viria a ser o primeiro volume de dois editados pela Sunday Press. Subintitula-se So Many Splendid Sundays! e trata-se de uma seleção de pouco mais de uma centena de BD publicadas entre 1905 e 1910. Preferindo eu apreciar trabalhos integrais e devidamente ordenados, o que mais me agrada no volume é obviamente poder apreciar o trabalho de Winsor McCay naquele formato. Na altura, foi editado com uma tiragem reduzida. Aparentemente, foi um sucesso, pois está quase a sair a quarta impressão… Um dia destes tenho de adquirir o segundo volume, subintitulado Many More Splendid Sundays!
      Tenho andando um pouco afastado das novidades norte-americanas. A última que li, recomendada pelo Rui Ferreira, foi a interessante edição de colecionador de Six-Gun Gorilla de Simon Spurrier & Jeff Stokely. Mas a rubrica mensal Comics Square do Rui no programa radiofónico Bandas vai de encontro ao que referes – uma quantidade apreciável de projetos de editoras norte-americanas a apostar na criação de material próprio que se enquadra noutros géneros que não os super-heróis. Algumas são séries ongoing mas outras são minisséries. Nestas últimas, a sua existência deve-se ao modelo norte-americano de comics – a publicação de 6 (ou menos) fascículos que, caso as vendas decorram como é esperado, virão a ser compilados num único volume.
      Quanto às expectativas, podem ser dos obstáculos internos mais irritantes à nossa tentativa de saborear uma leitura. Exigimos que os nossos autores de eleição nos maravilhem como das primeiras vezes. Mas como não anulá-las antes de cada leitura?
      Ai, a Julia, a Julia. A ver se começo a (re)leitura em abril 🙂
      Abraço,
      Nuno

  3. Eu li Blacksad 5,A Louca de Sacre Cour e Foi Assim a Guerra das Trincheiras em papel.
    Via digital li o fim X-Men:Battle of the atom,Mortal Kombat X 7-11,Spider-men 2099 vol:2 1-5.

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