As melhores LeR em março

5 comentários em “As melhores LeR em março”

1. Há nestas listagens bastantes livros que li recentemente, embora tenha ficado intrigado pelo Zero Eterno e hei-de investigar a curto prazo. De leituras que fiz este mês, no entanto, apenas o Quarto Mundo, de que gostei muito. É num estilo muito próprio tanto em termos de imagem como de texto mas gostei imenso da transformação de várias mitologias num autêntica saga de ficção científica. Compreende-se que não agrade a toda a gente, mas parece-me aparente o que o sr Kirby tentou fazer: vendo-se livre das constrições associadas a personagens pré-estabelecidas, cria um universo paralelo praticamente surreal que choca com o realismo que se via noutros “comics” da época em que se abordava já os grandes problemas da juventude americana, o racismo, o Vietname, as drogas… Aqui não. É a fantasia pura e dura.
   Não tive muito mais leituras este mês. Foram então: Tokyo Ghost, Material, Drifter, Haunt of Horror (Corben), Southern Cross, Dogs of Mars. De releituras, apenas a compilação AX Alternative Manga. Pondo o Haunt of Horror à parte, pela natureza diferente da obra, todos os outros se destacam mais pelo lado gráfico do que pelo narrativo. Posto isto, talvez destaque o Southern Cross porque é o que está melhor escrito, embora esteja longe da perfeição.
   Boas leituras para Abril.

   1. Olá, V!
      Obrigado pela tua partilha!
      O manga Zero Eterno fez também parte das minhas melhores leituras o mês passado. Como o manga publicado em Portugal não só é coisa rara como as obras escolhidas são-me, de um modo geral, pouco apelativas, de vez em quando lá faço uma incursão em manga editado noutros países que me parece de temática mais madura. Não li o romance original nem vi o filme mas senti curiosidade com a sinopse da editora brasileira: “Na trama seguimos Kentaro Saeki, um jovem de 26 anos que sente que sua vida está estagnada: há alguns anos reprovando no Exame Nacional de Advocacia, o rapaz sente falta de algo que o faça ter motivação e fazer o “motor” da sua vida funcionar. Até que, um dia, sua irmã o contrata para uma importante pesquisa: descobrir quem foi Kyuzo Miyabe, seu verdadeiro avô, homem que batalhou nos céus da Guerra do Pacífico de 60 anos atrás, pilotando um caça Mitsubishi A6M Zero, e morreu em missão pelo Tokkotai, a esquadra de pilotos suicidas muito atuante durante a Segunda Guerra Mundial. A partir disso, Kentaro vê sua vida finalmente tomar um rumo ao descobrir mais sobre os valores e o modo de pensar de quem sobreviveu a esse passado não tão distante e confrontá-los com o presente que não parece entendê-los. E os leitores tem a oportunidade de revisitar a 2.ª Guerra Mundial sob o ponto de vista japonês, descobrindo detalhes e teorias diferentes do conhecido pela maioria das pessoas.” Confesso que tive de forçar o meu interesse nos primeiros tomos, pois não imaginava que a questão fosse abordada inicialmente de forma tão light e com demasiadas especificidades técnicas sobre as máquinas de guerra, pois o que me interessava era a questão humana. A segunda metade satisfez-me mais neste campo e, apesar de não ter correspondido às expetativas que tinha, foi o suficiente para constar das minhas melhores LeR do mês passado.
      Quanto ao Quarto Mundo, presumo que saibas que existem os Omnibus com a saga completa e, caso tenhas oportunidade, poderás ler desse modo a versão integral e não umas histórias salteadas. No seu regresso à Marvel, Kirby faria uma nova série com muitos pontos em comum com o Quarto Mundo, os Eternos.
      Abraço,
      Nuno

2. Boas noite caríssimos,

   Mais uma vez agradeço o excelente trabalho que a equipa deste site nos faz, sem igual ao nível nacional. Agora passando às minhas leituras mensais de Março, confesso que não li muito pois aproveitei o tempo para tirar umas merecidas férias mas aqui vão:
   Barracuda: Tomo 1, 2, 3 e 4 na versão inglesa da Cinebook. Já devem ter reparado o meu gosto por histórias do mar e pirataria.
   Li também duas obras do mestre Miguelanxo Prado: Fragmentos de la enciclopedia délfica e Trazo de tiza.

   Não gosto de mangá mas o Zero Eterno já foi bastante referido por aqui e abordando a 2ª Grande Guerra fiquei tentando a dar uma leitura, ver se encontro por ai.

   Cumprimentos,
   José Junceira.

   1. Olá, José!
      Muito obrigado por estas palavras. É muito bom, de vez em quando, ler alguns elogios ao nosso trabalho, pois têm um efeito catalisador 😉
      Da minha parte, julgo que a última BD que li com um forte componente náutico foi o belo Il Porto Proibito de Teresa Radice e Stefano Turconi, mas não era propriamente uma história de piratas. Caso a língua italiana não seja uma barreira, recomendo! Foi com imensa satisfação que tive recentemente conhecimento que esta primeira BD que publicaram para um público mais velho se encontra nomeada enquanto melhor BD e melhor argumento aos prémios italianos Attilio Micheluzzi 2016. No dia 23 de abril serão conhecidos os resultados, tendo os autores ainda direito a mais 2 nomeações por 2 outras obras nas categorias de melhor série de traços não realísticos (Pateta Repórter) e melhor desenhador (A Ilha do Tesouro), ambas para a Disney e publicadas em Portugal na revista Disney Comix. Mais informação sobre os autores pode ser lida na entrevista exclusiva que concederam, disponível aqui.
      Quanto ao Miguelanxo Prado, julgo não estar enganado quando digo que é um autor extremamente apreciado por toda a equipa deste site e tem sido um prazer vê-lo e revê-lo nas 2 edições da Comic Con Portugal. Quanto aos livros apontados, li-os em português.
      Boas leituras,
      Nuno

   2. Olá José,

      Quanto ao Barracuda ainda não li mas consta da minha lista de compras, gosto bastante dos trabalhos do Jean Dufaux, fico a aguardar a sua opinião também sobre o Tomo 5, embora este ainda não tenha saído em inglês.

      Quanto ao Miguelanxo Prado como já referido, estivemos na última Comic Con, é um dos nossos autores favoritos tendo já lido as duas obras que referiu.

      Quantos aos elogios ao nosso trabalho só temos que agradecer e é uma forte fonte de motivação para o continuarmos a fazer.

      Obrigado, até às leituras de Abril,
      Rodrigo.