Coleção Novelas Gráficas está de volta

Coleção Novelas Gráficas está de volta

A coleção “Novelas Gráficas” está de regresso ao Público já a partir do dia 30 de Junho. Cada volume terá um custo de 9,90€ e serão 15 volumes no total.

Títulos da coleção:

  • Ronin de Frank Miller;
  • Os trilhos do acaso de Paco Roca (em dois volumes );
  • O Idiota de André Diniz em estreia mundial;
  • Batman uma história verdadeira de Paul Dini e Eduardo Risso;
  • Polina de Bastien Vivès;
  • Livros da magia de Neil Gaiman;
  • Traço de Giz de Miguelanxo Prado, edição com material inédito;
  • Vapor de MAX;
  • K.O.Telavive de Asaf Hanuka;
  • Histórias do Bairro de Bartolomé Seguí e Gabi Beltrán;
  • Os Ignorantes de Etienne Davodeau;
  • Tempos Amargos de Etienne Schréder;
  • Dylan Dog – Mater Morbi de Roberto Recchioni e Massimo Carnevale;
  • Uma aldeia branca de Tomeu Pinya.

17 comentários em “Coleção Novelas Gráficas está de volta

  1. Bom dia a todos,

    Mais uma coleção interessante no entanto na minha opinião pessoal parece-me um exagero a quantidade de obras de autores espanhóis, eu percebo que a editora é espanhola e como tal “defende a sua princesa” mas mais uma vez não existe espaço para uma obra de um autor português e digo isto do ponto de vista que não é necessário ser um clássico da nona arte para fazer parte desta coleção pois até irá ter lançamentos de obras na coleção, dai ficar a pergunta no ar, qual o critério de seleção destas obras?

    Cumprimentos a todos,
    José Junceira.

  2. Olá a todos. Não há melhor que o(s) editor(es) para explicarem os “critérios” das escolhas, mas espero que a esmagadora dos leitores compreenda que não se remetem tão-somente a gostos pessoais, mas sim a ponderar uma série de factores, alguns dos quais absolutamente circunstanciais mas necessários: preço dos direitos, disponibilidade do material gráfico, contacto com autores/editores/detentores de direitos, a própria economia da fabricação dos volumes, etc. Participando como prefaciador e tradutor, estou tangencialmente envolvido, ou sou parte interessada, mas não será segredo para ninguém que estas colecções reflectem uma aposta entre o criterioso, o possível e o “middle of the road” e, por essa razão, têm uma genuína validade de abrirem esse espaço. Gostaria de ver publicado em português o “Luba” ou “The Cage”? Claro, mas não seria nesta colecção, infelizmente, e esse não é um ónus dos editores.
    Espero que não precise de dizer nada sobre o que penso de autores portugueses, já que trabalhei o suficiente para se conhecerem as minhas posições, mas se é causa para alguma tristeza, ela deve ser moderada tendo em conta precisamente o “perfil” criado por esta selecção. Repare-se igualmente que o último título é um inédito do André Diniz, o que nos poderá alimentar a esperança de que, havendo trabalho e esforço, poderá haver espaço para obras originais de autores portugueses no futuro, se se mantiver este projecto. E o que é que nos diria isto, sobre uma pobre recepção crítica e de vendas dos autores portugueses quando publicaram originalmente e parece que é necessária uma “validação” posterior? Porque há muitos autores que continuam a publicar excelentes trabalhos e a maior parte dos sectores associados à banda desenhada ignora-os olimpicamente. Onde se tem falado do Francisco Sousa Lobo? Que reacção houve aos livros do Diniz Conefrey? (O Nuno sabe que não falo deste espaço em particular, atentíssimo; falo de uma recepção média, dos canais de maior divulgação e poder, mas também de alguns canais bedéfilos).

    Pedro Moura

  3. Gostaria ainda e também de dizer que defenderia uma colecção exclusivamente composta por autores espanhóis, já que esta é uma oportunidade excelente de introduzir estes trabalhos a um público mais alargado em em língua portuguesa. Ou será que há apenas espaço para o que já se conhece? É esta escolha feita em detrimento de alguma outra coisa? É uma adição ao que está disponível em português, não uma redução.
    Abraços,
    PM

    1. Bom dia caríssimo Pedro Moura,

      Antes demais quero deixar aqui bem assente que nada tenho contra esta coleção bem pelo contrário fico maravilhado com tal e espero que se mantenha por muitos e bons anos.

      Depois agradecer a explicação e informação que forneceu por vezes é bom ficar a saber um pouco mais sobre a realidade das coisas, os factos e tudo o que engloba um projecto destes até à sua fase final, a publicação.

      Por fim quando referi o excesso de autores espanhóis na coleção, não estava a denegrir a qualidade da mesma até existem muito boas obras de autores espanhóis que poderiam e deveriam ser cá publicadas e até concordo com uma coleção como sugeriu só de autores espanhóis no entanto tendo em atenção o nosso mercado parece-me pouco viável, mas o tempo o dirá.

      Já agora por curiosidade e nem sei se terá tal informação, sabe se algum autor irá ser convidado para o lançamento da coleção, como aconteceu o ano passado com David Lloyd?

      Cumprimentos a todos,
      José Junceira.

      1. Caro José,
        Desculpe-me se o meu tom parecia estar a criticar o que disse, mas não era esse o propósito. Percebo o desejo (que partilho) em ver cada vez maior variedade na oferta, mas temos de compreender a relação entre dificuldade em “caçar” alguns trabalhos que gostemos mais (por hipótese, “Ici, Même” do Forest e Tardi, a meu ver um gesto inaugural claríssimo desta tendência “literária” da banda desenhada) e facilidade de outros (por hipótese, autores espanhóis por relações imediatas). Mas tenho verificado, mesmo que não seja esse o seu caso, que as pessoas mais rapidamente criticam o que vêem como lacunas e ausências do que celebrar o que se oferece…
        Não tenho informações privilegiadas sobre essas dimensões (e se as tivesse, não as deveria/poderia partilhar), mas estaria em crer que poderá haver esse esforço. Bom, o André Diniz vive em Lisboa, por isso espero que haja um lançamento de arromba do volume dele, pelo menos!
        Até breve,
        Pedro

    2. Coitadinhos, os espanholitos precisam mesmo de ser conhecidos no mercado português, o deles é tão pequenino. Gostava de saber se isso acontecesse o jornal Público também estaria disposto a publicar uma colecção de obras Portuguesas em terras espanholas?

      1. Diogo, antes espanhóis que a bosta dos autores da marvel que inundam o mercado. Venham autores de todos os cantos do mundo, já chega de lixo americano.

        1. Embora eu já esteja um pouco farto de super-herois, não posso concordar em chamar de ´´lixo´´ americano á ´´bosta´´ dos autores da Marvel, pois tenho( e acho que muita gente) que reconhecer que há muita qualidade e autores muito bons, embora também reconheça que há muita porcaria. Como diz o ditado popular, ´´Nem tanto ao mar e nem tanto á terra´´. E como tudo na vida, há coisas más, mas também há coisas boas.

  4. Creio que será talvez deselegante apontar para outro blog, mas no blog do Pedro Cleto também foi aborada a questão das obras portuguesas e há duas intervenções do editor JFreitas relativas ao tema.

    Em termos pessoais, diria que o pessoal começa a ficar “mal habituado”. Depois de tantos anos a “atravessar deserto” em termos de edição de BD em Portugal, temos a terceira coleção de Novelas Gráficas que nos trazem (mais uma vez) algumas obras excelentes de BD mundial.

    Por mim, de Espanha não vem bom vento nem bom casamente, mas estão a vir boas obras de BD. 🙂

    1. Boa noites a todos,

      Como já referi esta é para mim a melhor coleção que está no mercado de parcerias editora/jornal. Como tal sabemos que cada um tem as suas próprias opções, gostos é normal que a listagem de títulos fosse diferente de pessoa para pessoa e ainda bem que assim o é.

      Fui ler aquilo que o editor José de Freitas escreveu e ao fim ao cabo é dentro da mesma linha que o Pedro Moura já nos tinha elucidado e convenhamos nenhum editor vai editar “maus livros” e perder dinheiro como tal o que fazem é sempre com expectativa do melhor dentro daquilo que também lhes é possível.

      Quanto a obras de autores espanhóis posso dizer que acompanho o mercado com alguma atenção devido a estar relativamente próximo da fronteira e que existem muitas boas bd’s feitas em espanha mesmo por uma nova geração de autores, posso mesmo referir a ultima obra que li “Jamás tendré 20 años” de Jaime Martín que aborda a guerra civil espanhola, curiosamente um tema bastante abordado por autores espanhóis, dos quais já tivemos obras de Antonio Altarriba editadas entre nós.

      Cumprimentos a todos,
      José Junceira.

    1. Primeiro aquilo não é um livro de Batman, é um livro do escritor da série animada do Batman que levou uns sopapos quando foi assaltado e transformou aquilo numa BD…segundo o Ronin (e não Ronim) “conhecendo” os teus gostos, não dou nem uma semana para estares a
      mete-lo à venda no olx…ou compras uma onça de canabis para acompanhar a leitura ou não o vais conseguir apreciar.

  5. Vou deixar de comprar esta colecção, porque a coisa que mais me irrita é os livros terem dimensões diferentes entre si numa mesma colecção! Já me bastou este inconveniente numa outra colecção anterior. A não uniformidade das dimensões dos livros, até dá a sensação de que há “aproveitamentos” de material de outras edições.
    O cuidado gráfico também deixa a desejar, como ficou patente na lombada do “Ronnie”…
    Por outro lado, nunca vi o Traço de Giz da Meribérica, mas as cores das páginas deste estão muito envolvidas, muito empasteladas, muito confusas e dão a impressão de que foram reproduzidas de uma outra edição já impressa. Tenho muita pena, mas desta feita não me convencem. Fica para a próxima.

    1. Como já referi algures na blogoesfera portuguesa de bd, a razão dos livros terem tamanhos diferentes foi apontada aquando da primeira coleçãop NG.

      Os editores decidiram manter os tamanhos das obras originais, (tal como foram planeados e desenhados) em vez de reduzirem os tamanhos de obraso como SharazDe ou Exércitos do Conquistador ou de aumentarem os desenhos de obras planeadas para o tamanho Comic.

      Por mim é uma opção muitissimo correcta.

      1. Olá, pco69!
        Na verdade, nem sempre os livros desta coleção respeitam o tamanho original. Já aconteceu ser menor.
        Também preferimos que respeitem o tamanho original neste tipo de coleção.
        Dito isto, também apreciamos edições especiais que aumentem o tamanho original, quando os originais predisponham a tal.
        Quanto a reduções, vade retro 😉
        Boas leituras,

      2. Concordo plenamente,… acho bem que se respeite o formato original para o qual as obras foram pensadas, e não compreendo quem diz que quer ver tudo uniforme no mesmo tamanho, pois há obras que perdem muito da qualidade se forem reduzidas, quando foram feitas para um tamanho maior e vice-versa. Pessoalmente não me faz diferença alguma os diferentes tamanhos e até gosto muito mais assim.

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