NTSD:SD:SUV:: é uma série televisiva norte-americana que parodia séries e filmes policiais e de ação. O próprio título, que requer um pouco de prática, tenta satirizar as franchises de Lei & Ordem (em especial o spin-off SVU), CSI e NCIS…
Com o significado aparentemente oculto de National Terrorism Strike Force: San Diego: Sport Utility Vehicle::, cada episódio desta série tem aproximadamente 11 minutos, razão pela qual o canal televisivo MOV transmite-os em grupos de três.
A segunda temporada tem sido transmitida naquele canal com uma ordem muito diferente da ordem de produção, pelo que os que tentarem visionar na televisão o episódio a que me vou referir, devem-se concentrar no nome do episódio em vez de o seu número original (temporada 2, episódio 8): Comic-Con-Flict. Estreou no MOV no início de agosto de 2013, mas será certamente repetido ad nauseum. Outra hipótese será procurar o episódio na internet.
O episódio, tal como a série, não agradará a gregos e troianos. Trata-se daquelas séries satíricas que uns amam e outros odeiam. Pessoalmente, considero-a mediana. Entre os protagonistas da série, constam nomes conhecidos daqueles que seguiram as aventuras dos X-Men no grande écran (Rebecca Romijn, a Mística) ou dos fãs de Star Trek (Kate Mulgrew, a Capitã Janeway de Voyager).
A narrativa, entre os dislates e despautérios habituais, satiriza a famosa Comic-Con de San Diego, nomeadamente os fãs e as suas questões, os erros de continuidade, as reformulações de personagens, as curvas exageradas das personagens femininas, línguas imaginárias, o hermético sistema norte-americano de classificação do estado das revistas de BD, etc. São assim levantadas as velhas questões conhecidas por todos os fãs de comics. Aquela a que é dada mais destaque será talvez a de que o velho fã conhece melhor o trajeto da personagem do que o autor que a escreve durante 6 ou 12 meses.
O “vilão” certamente fará lembrar q.b., pela sua aparência, um famoso autor britânico; é ele que está contra a indústria dos comics, sentido-se envergonhado pelos seus pares. O expoente do aparente degredo é representado por uma série de BD, provavelmente do selo Vertigo, ser adaptada a um musical. A razão dada pelo seu autor é financeira.
A arte e a indústria. A arte e o negócio. A arte e o produto cultural. A arte e o produto de entretenimento. São todas boas partidas para divagações futuras…
Terrorists, you’ve been warned!
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.