Novidades da Asa para novembro e dezembro

Novidades da Asa para novembro e dezembro

Os que consultaram a nossa checklist de novembro já se tinham apercebido de que haveria novidades da Asa no que toca à banda desenhada. Eis o plano editorial da Asa até ao final do ano (clique nas imagens para visualizar as capas em toda a sua extensão com dimensões generosas):

– As Águias de Roma IV, de Marini (lançamento a 19 de novembro)
Blake e Mortimer – A Onda Septimus, Jean Dufaux, Antoine Aubin e Étienne Schreder (lançamento a 10 de dezembro)
Blake e Mortimer – A Onda Septimus (Edição Especial FNAC), Jean Dufaux, Antoine Aubin e Étienne Schreder (lançamento a 10 de dezembro)
Ardalén, de Miguelanxo Prado (lançamento a 10 de dezembro)

Eis as sinopses:

As Águias de Roma IV, de Marini
As runas já o haviam anunciado: ele era aquele que iria unir as tribos da Germânia. Mesmo que para isso tivesse de trair Roma, que tudo lhe deu, que fez dele o homem que ele é agora. Armínio vai então desafiar o império romano. E Marco vai afrontar Armínio, o seu irmão de sangue. Assim se cumprem os destinos, desprezando a história e a amizade. E, quem sabe, também o amor… Porque, embora Marco seja soldado e romano, quem vive no seu coração não é o império, mas sim Priscilla. Priscilla que, mais uma vez, parece escapar-lhe. Renunciará ele à sua amada e àquele filho que chama «pai» a outro homem?

Este volume da série histórica que retrata o período do Império Romano, recheada de aventuras, combates e intrigas, vai ser editado em simultâneo com a edição francesa. Marini estudou Belas-Artes. A sua paixão pela BD começou em criança. No final dos anos 80, foi notado por um jornalista, no Salão de BD de Sierre, que o apresentou aos responsáveis da editora Alpen, com quem começou a colaborar, ilustrando uma série juvenil. Depois estreia-se na ficção científica com Gipsy e, mais tarde, com A Estrela do Deserto recebe o Prix dés Libraires da A.L.B.D. (Associação dos Livreiros de B D) para o melhor trabalho do ano. Em Angoulême, foi distinguido com o prémio Player One para o Melhor Jovem Desenhador com a obra Dossiers de Olivier Varèse: Raid sur Kokonino-world.Inicialmente influenciado pelo grafismo japonês contemporâneo, Marini não se atém aos modelos do momento, procurando sempre novas fórmulas para os seus trabalhos. É um dos talentos mais promissores da sua geração e promete continuar a surpreender os leitores. As suas séries Escorpião, Estrela do Deserto, Dossiers de Olivier Varèse e Gipsy são publicadas em Portugal pela ASA.
23,5cm x 31cm (capa dura); 60 páginas; PVP 16,50€

Blake e Mortimer – A Onda Septimus, de Jean Dufaux, Antoine Aubin e Étienne Schreder
O professor Mortimer não consegue resolver o mistério da Onda Mega e o funcionamento do Telecefaloscópio de Septimus também lhe escapa. O que poderá provocar todas aquelas interferências? Poderão estar relacionadas com o desconhecido que percorre as ruas de Londres chamando por Guinea Pig?

A conhecida série de BD franco-belga Blake e Mortimer foi lançada em 1946. Constitui, ainda hoje, um verdadeiro fenómeno editorial: está traduzida em 17 línguas e as vendas mundiais acumuladas ultrapassam os 12 milhões de exemplares! Jean Dufaux, frequentou o Instituto de Artes de Difusão de Paris e mais tarde tirou um curso de Psicanálise da Arte, onde aprendeu diferentes procedimentos cinematográficos que viriam a influenciar os seus argumentos de Banda Desenhada. Iniciou a sua carreira profissional como jornalista da Cine-presse, revista destinada aos profissionais de cinema. Antes de se consagrar definitivamente à BD escreveu novelas e peças de teatro para crianças. Os seus primeiros trabalhos de BD foram publicados na revista Tintin e em 1983 escreve, em parceria com Vernal, a série Brelan de Dames, desenhada por Renaud. Em 1985 escreve as aventuras de Melly Brown, desenhadas por Musquera, e em 1986 começa a colaborar com a Dargaud, publicando La Toile et la Dague e, sobretudo, Beautifica Blues, desenhada por Griffo. 1987 é um ano de ouro para Dufaux, que cria Jessica Blandy, desenhada por Renaud, a primeira personagem a quem confere um forte perfil psicológico que viria a ser característica dos seus trabalhos. Considerado como um dos argumentistas mais originais dos anos 80 e 90, as suas obras, baseadas muitas vezes na literatura e no cinema, sucedem-se a um ritmo electrizante e em todos os géneros, desde o policial ao histórico, do fantástico ao western.
23cm x 30,2cm (capa dura); 72 páginas; PVP 15,90€

Ardalén, de Miguelanxo Prado
Se é certo que somos o que recordamos, não é menos verdade que a memória não é um registo objectivo e inalterável. Sabela tenta reconstruir uma história, uma parte da sua história, através das recordações de Fidel, um ancião que vive perdido numa pequena localidade galega. A memória deste, porém, confunde realidade com fantasia, recordações com desejos, habitando um espaço interior cheio de fantasmas, sonhos e ilusões. Entretanto, há outros fios que se vão entrelaçando neste processo de recuperação, outras pessoas, outras memórias. Sim, porque também somos aquilo que os outros recordam! E nessas memórias, próprias e alheias, há amor e carinho, mas também rancores e ódios. Por isso recordar não é inócuo. E quem não recorda, não vive! Uma novela gráfica que ganhou, em 2013, o Prémio de Melhor Obra Espanhola no Salão de BD de Barcelona.

Miguelanxo Prado nasceu na Corunha, em 1958, e desde cedo se interessou por BD, tendo abandonado os estudos em Arquitectura para passar a dedicar-se profissionalmente à Nona Arte. Publicou diversas histórias em revistas de BD e, no semanário El Jueves, editou semanalmente a série “Quotidiano Delirante”, que foi posteriormente compilada em álbum, tendo este recebido o prémio de Melhor Obra no Salão de BD de Barcelona, em 1989. Durante os anos 90 realiza essencialmente trabalhos na área da ilustração e da criação de personagens para séries de TV. Desde 1998 é também o director do Salão de BD na Corunha. No início do século XXI, publica o álbum humorístico “A Mansão dos Pimpão”, mas é sobretudo o trabalho “De Profundis” (2007) que o vai manter ocupado durante vários anos. A novela gráfica “Ardalén” é, até ao momento, a obra mais extensa do autor.
19cm x 26cm (capa dura); 256 páginas; PVP 33,00€

nota: as imagens foram gentilmente cedidas pela editora, as quais se agradecem e ilustram o texto.

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