Cancelamentos e novas revistas com BD

Cancelamentos e novas revistas com BD

Não existe um grande número de revistas nacionais de ou com banda desenhada nas bancas, sendo inexistentes as revistas portuguesas sobre BD. Este aparente défice cria inclusivamente mercado para importações brasileiras, francesas e, em menor grau, italianas e norte-americanas em bancas selecionadas.

Mas nem sempre as apostas nacionais colhem os frutos desejados. O ano passado, a editora Zero a Oito cancelou a revista com BD Disney Phineas & Ferb (no #6) e a Goody a revista de BD Disney Real Life (no #4). Por outro lado, a Panini España cancelou a totalidade dos três títulos Marvel e TPB no final do ano, tendo as revistas mensais atingido o #10.  Em 2015, durante as nossas férias, maio foi o mês em que o último número de Minnie & Amigos chegou às bancas, atingindo um total de 12 números. Maio foi também o mês que viu o final da revista Simpsons, com o derradeiro #13, não tendo a marca Simpsons sido forte o suficiente para garantir a viabilidade de uma revista de BD no mercado nacional. Eis a capa e algumas imagens do seu interior:

Entretanto, a revista da Zero a Oito Disney Junior, a qual continha frequentemente BD no seu interior, também foi cancelada. No seu lugar, surgiram as revistas A Princesa Sofia e Doutora Brinquedos da Goody. A Goody apostou ainda, como já referimos, na reformulação das suas revistas Disney Princesas e Carros, passando a incluir as BD Palace Pets e Aviões no seu interior, respetivamente.

Este mês surge uma nova revista infantil do universo Disney Junior nas bancas, editada pela Goody e intitulada Jake e os Piratas da Terra do Nunca.

Se as vendas correrem como esperado, a editora planeia lançar o 2.º número da revista ainda este ano. Como se pode verificar, esta revista infantil dedica algumas das suas páginas à banda desenhada.

4 comentários em “Cancelamentos e novas revistas com BD

  1. Os cancelamentos das revistas Marvel custaram muito a engolir por várias razões:
    A primeira será a de perder a hipótese de acompanhar histórias recentes da Marvel traduzidas em português (e não em “brasileiro”) de uma forma regular e periódica, em edições que até tinham boa qualidade técnica.
    A segunda será a de constatar que nem uma marca tão forte como a Marvel conseguiu vingar nas bancas, muito por culpa de uma deficiente dsitribuição, de uma nula visibilidade por falta de promoção, e de uma indisponibilidade de numeros atrasados.
    A terceira será a de se terem deixado histórias a meio (“Infinity”, “Battle of the Atom”), com a agravante do Homem-Aranha Superior ficar a um(!)número da sua conclusão.
    A quarta será a de se constatar que esta passagem meteórica pelas bancas não augura nenhum futuro para um possível novo projecto de publicação regular, tendo os leitores de ficar limitados ás importações brasileiras (cuja qualidade do papel é atroz) ou ás colecções esporádicas da Levoir, que não obedecem a nenhum tipo de continuidade, e tendem a ser sempre a mesma coisa (Vingadores, Homem de Ferro, Wolverine, e pronto).
    Pessoalmente, guardarei todas as edições que cá foram publicadas pela Panini Espanha, e que comprei, com um misto de carinho e tristeza, por mais um projecto de BD que bateu com os burros na água em Portugal.

    1. Olá, Pedro!
      Muito poderia ser dito sobre a enorme lista de erros da Panini España relativamente às revistas portuguesas da Marvel.
      No entanto, pensando em termos de Panini global, não foi uma derrota. Numa altura em que mais do que uma editora tinha interesse em avançar com revistas periódicas da Marvel nas bancas portuguesas, a Panini assegurou que continuaria a ser a única editora com revistas mensais nas bancas, algo que continua a assegurar atualmente através da importação das revistas Panini Brasil. Paralelamente, apenas autoriza outras editoras a publicarem coleções autolimitadas (até ao momento, sempre via Levoir), com material cronologicamente anterior ao distribuído nas revistas brasileiras, ou alguma publicação isolada (até ao momento, apenas uma republicação via G-Floy). E há, como é publicamente conhecido, profissionais nacionais que são comuns aos 3 projetos. Aparentemente, esta foi a estratégia empresarial da Panini que foi decidida para o nosso país.
      Quanto à ausência de marketing das revistas mensais da Marvel em 2014, é inegável. Mas repare-se que a Panini tem pelo menos nas bancas 2 outras revistas não de mas com BD: Invizimals e Club Penguin, curiosamente ambas relacionadas com videojogos. Iniciaram-se antes das revistas Marvel, permanecem viáveis e, tanto quanto sei, a Panini España, não investe em poderosas campanhas de marketing quanto a essas 2 revistas. A distribuição das duas sempre foi melhor do que a das Marvel, o que talvez signifique que tinham/têm uma tiragem superior àquelas.
      Abraço,
      Nuno

      1. Nuno mesmo assim a Panini não faz o trabalho direito nem distribui a totalidade das publicações brasileiras,Infinito ficou a meio em Pt e em Pt-br não distribuem nada a quem compra Vingadores em pt-br,eles mesmo nisso são incompetentes,Seja Marvel ou Dc.

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