A temática do presente artigo, as publicações nacionais de banda desenhada distribuídas nas bancas, aparenta ser de âmbito bem definido mas não o é.
Em primeiro lugar, ter-se-á de definir o que são publicações de banda desenhada. Uma divisão possível é distribuir as publicações em 3 categorias: de, com e sobre BD (tendo já omitido a quarta categoria, sem BD). Eventualmente favorecendo a abrangência, ao invés da exclusão, considere-se então, para efeitos deste artigo, que são publicações de banda desenhada aquelas cujo total de páginas de BD é igual ou superior a 50% da publicação.
Deste modo, foram consideradas as seguintes publicações, agrupadas por editora:
ASA
– Bernard Prince (Le Lombard)
– Os Piores Inimigos de Ric Hochet (Dargaud)
– XIII (Dargaud)
GOODY
– Disney Big (Disney)
– Disney Comix (Disney)
– Disney Especial (Disney)
– Hiper Disney (Disney)
– Minnie & Amigos (Disney)
– Simpsons (Bongo Comics)
JAN KEN PON
– Jan Ken Pon (próprio)
LEVOIR
– Batman 75 Anos (DC Comics)
– Batman Noir (DC Comics)
– Billie Holiday (Casterman)
– Novela Gráfica (vários)
– Poderosos Heróis Marvel (Marvel)
SALVAT
– Coleção Oficial de Graphic Novels Marvel (Marvel)
SOL
– Tudo Isto É Fado! (próprio)
TAILORMADE MEDIA:
– Playmobil (Blue Ocean)
ZERO A OITO
– Winx Club (Rainbow)
Foram, portanto, excluídas, além de jornais e revistas com reduzido número de páginas dedicadas à BD, as demais publicações em que a BD ocupou menos de 50% do total de páginas, nomeadamente:
– Carros (Goody)
– Cartoon Network (Goody)
– Club Penguin (Panini España)
– Dinossauros (TailorMade media)
– Disney Junior (Zero a Oito)
– Disney Princesas (Goody)
– Frozen (Goody)
– Invizimals (Panini España)
– Jake e os Piratas na Terra do Nunca (Goody)
– Lego Star Wars (Bauer)
Destas, inclusivamente devido à analogia com a revista Playmobil, a que mais dificulta cumprir com o critério de exclusão é a revista Lego Star Wars, igualmente licenciada pela Blue Ocean mas editada pela Bauer. No entanto, esta revista apresenta 44% de páginas de banda desenhada em cada número e 50% foi o cut-off pré-estabelecido, tendo sido esse o pressuposto assumido para distinguir entre uma revista de BD de uma revista com BD.
Excluíram-se ainda aquelas publicações de BD que já tinham sido disponibilizadas anteriormente em contextos que não o de bancas ou que a distribuição em bancas tenha sido temporalmente pouco desfasada da distribuição livreira, tendo esta escolha afectado algumas publicações de BD de editoras como a Ponto de Fuga, a G. Floy ou a Devir.
Pelo contrário, foram incluídas as edições da Levoir, uma vez que a sua distribuição é inicialmente exclusiva em banca durante um período de tempo alargado.
Deste modo, totalizaram-se 176 publicações de banda desenhada nas bancas, 57% sob forma de revistas, 42% sob a forma de livros e 1% sob a forma de jornal (fig. 1). A Goody é responsável por 49% das publicações, enquanto a Levoir contribui com 22% e a Asa com 15% (fig. 2).
Iniciando a análise das revistas de banda desenhada disponibilizadas nas bancas, a Goody editou 86% das revistas, a Zero a Oito 8% e a TailorMade Media 6% (fig. 3). O número de revistas de banda desenhada com brindes é de 14%. Registe-se que se nesta análise se incluísse as revistas com banda desenhada, este número seria extremamente superior, uma vez que a quase totalidade das revistas infanto-juvenis com BD excluídas incluem brindes.
No que toca a livros de banda desenhada, a Levoir editou 53% das publicações de BD neste formato, a Asa 36%, a Salvat 10% e o Sol 1% (fig. 4). Destes lançamentos, 90% realizou-se no contexto de publicações com jornais. Das publicações com jornais, 83% ocorreu com o diário Público e 17% com o semanário SOL. No que diz respeito às publicações com jornais, 95% foram editadas em contexto de colecções e 5% tiveram lançamento individual.
Quanto aos jornais de BD, referem-se à publicação Jan Ken Pon, editado pela Jan Ken Pon, sendo uma das raras publicações com material nacional próprio, ao invés de material estrangeiro licenciado. A outra publicação em que tal acontece é Tudo Isto É Fado! (Sol).
No que toca à editora original de cada uma das séries ou lançamento individual (nota: a única colecção que teve como fonte várias editoras estrangeiras foi a Novela Gráfica, tendo sido considerada para a presente análise a fonte como “várias”, sem desdobramento da mesma), 47% pertencia à Disney, 12% à Marvel, 10% à Dargaud, 7% a várias (Novela Gráfica) e 6% à DC Comics.
A mesma análise por países de origem, revela que 51% da BD provém de Itália, 22% dos EUA, 15% de França/Bélgica, 7% de vários países (Novela Gráfica), 3% da Alemanha e 2% de Portugal.
Registe-se ainda que dos 19 títulos registados, 47% corresponde a séries em curso, 37% a séries autolimitadas e 16% a publicações isoladas.
Reflexões
As edições de banda desenhada portuguesa distribuídas nas bancas representam uma baixa proporção da BD portuguesa publicada. É um cenário que se tem mantido nos últimos anos e neste momento desconhecem-se factores que permitam pensar que será diferente em 2016.
Das 9 séries em curso em 2015, 3 foram canceladas (Simpsons, Minnie & Amigos, Disney BiG) e 1 não foi cancelada (segundo a sua editora, só sendo possível confirmar em 2016) mas viu a sua periodicidade ser largamente alterada (Winx). Para 2016, já foi também anunciado que haverá uma diminuição dos números da revista Disney Comix, dada a sua periodicidade ter passado a quinzenal ao invés de semanal. Quanto a Jan Ken Pon, somente no final de 2015 se assumiu como um jornal bimestral, sendo no ano de 2016 que se confirmará ou não o cumprimento de tal intenção.
Se a revista de banda desenhada mais antiga, Winx, com 10 anos de idade, apresenta sérias dificuldades para se manter no mercado, as restantes séries são relativamente jovens (as mais antigas revistas de BD da Goody têm 3 anos, a da TailorMade Media 1 ano e o jornal Jan Ken Pon menos de 1 ano).
Aliado aos cancelamentos que se têm verificado nos últimos anos, o mercado de revistas nas bancas revela-se frágil, com os títulos a chegarem rapidamente ao final do seu ciclo de vida. Algumas das revistas de BD competem com as revistas com BD e brindes, para as quais o mercado parece ser aparentemente mais favorável actualmente, não só pelo surgimento de novas séries, mas também pela longevidade de alguns títulos (Carros, Disney Princesas – este último com BD em apenas alguns números) e um menor número de cancelamentos em 2015 (Disney Junior e Club Penguin).
A necessidade do acessório chamativo (neste caso o brinde) para viabilizar a banda desenhada, tem-se inclusivamente expressado muito além das bancas nos mais diferentes níveis, como actividades paralelas em eventos de BD (leituras infantis, cosplay, etc), que por vezes tornam a própria BD o secundário (actores internacionais de cinema e televisão), inclusivamente nos eventos ditos mais underground (concertos de música). São indicadores da percepção dos editores e demais agentes quanto à fragilidade da BD per se e da necessidade de complementar a oferta com algo tão ou mais atractivo.
Regressando às revistas de BD, algumas, ao apostar no segmento infantil ou infanto-juvenil, conseguem atingir transversalmente diferentes grupos etários, seja tal motivado pela própria banda desenhada (p.e., BD Disney e Simpsons) ou o brinde agregado à revista (p.e., Playmobil). Aliás, o sucesso da revista Playmobil no nosso país originou que a editora começasse a alargar em 2015 a oferta de revistas com brindes de e com BD, e tenha planeado para 2016 expandi-la ainda mais. Paralelamente, a editora Bauer lançou uma publicação semelhante à Playmobil (Lego Star Wars).
Em resumo, conclui-se que o número de revistas de BD sem brindes está a diminuir nas bancas, com cancelamentos e sem o aparecimento de novas apostas. Pelo contrário, as revistas infanto-juvenis com brindes, sejam elas de, com ou sem BD continuam a ser renovadas com o desaparecimento de umas (p.e., Violetta, Disney Junior, Club Penguin) e surgimento de outras (p.e., Princesa Sofia, Doutora Brinquedos, Disney Channel, Frozen, Jake e os Piratas na Terra do Nunca, DinoSSauros, Lego Star Wars), sendo a aposta feita em marcas conhecidas e/ou temáticas consideradas actualmente fortes.
Como nota de rodapé, saliente-se que as revistas portuguesas de BD competem nas bancas com as revistas brasileiras de BD importadas, as quais, maioritariamente infantis ou juvenis, são transversais a diferentes grupos etários, sendo editadas pela Panini Brasil (Turma da Mônica, Marvel, DC Comics) e Mythos (Bonelli, Rebellion). Pelo seu teor, as revistas brasileiras, em conjunto com as francesas de e sobre BD, atingem mais facilmente o leitor adulto do que as revistas nacionais. O número de revistas brasileiras disponibilizadas nas bancas mensalmente é largamente superior ao das revistas nacionais, sendo o das francesas ligeiramente inferior.
No que toca aos livros de BD, em 2015 nenhum teve como alvo o público infantil, tendo-se publicado uma quantidade apreciável de banda desenhada juvenil que se poderia agrupar num género major de aventuras, com vários subgéneros possíveis, incluindo o de super-heróis. Tal como as revistas brasileiras disponibilizadas nas bancas, estes livros atingem, sem dificuldade, o leitor adulto.
As temáticas de banda desenhada mais adultas disponibilizadas nas bancas foram realizadas através da colecção de livros Novela Gráfica (12 volumes) e o volume isolado Tudo Isto É Fado!.
Esta divisão artificial de segmentos que se tem abordado neste artigo não exclui obviamente a possibilidade da mesma obra originar leituras completamente diferentes consoante se é uma criança, jovem ou adulto (com percepções diferentes das frequentemente denominadas camadas de um livro). No entanto, pode-se presumir que, com as supramencionadas excepções, a BD per se disponibilizada nas bancas se dirige a crianças e jovens ou a adultos que pretendem um escapismo. Obviamente que quando se considera a aquisição das obras e se tem em conta os economicamente menos acessíveis livros (por comparação com o preço unitário das revistas), encontra-se o viés de que a colecção de livros foi realizada a pensar num poder de compra que o jovem não terá.
Independentemente de tais considerações, verifica-se que a colecção de livros em banca é o modelo preferido no nosso país nos últimos anos para o lançamento de álbuns de BD franco-belga com personagens que eram populares entre os leitores de banda desenhada de algumas décadas atrás, bem como os encadernados de super-heróis. Trata-se de um modelo que noutros países apela ao leitor mais generalista que não se interessa tanto por banda desenhada ao ponto de já ter adquirido individualmente tais livros, bem como ao coleccionador que deseja adquirir as bandas desenhadas que já possuía, desta feita numa compilação de edições em que eventualmente o papel e a capa dos volumes seja de maior qualidade. No entanto, no nosso país, transformou-se no modelo mais comum para a edição desse tipo de livros, ao invés da reedição sob formato colectável, apelando um pouco a todos (leitores de BD assíduos, ocasionais ou inexperientes), de modo a viabilizar os projectos editoriais. Este facto é um mau indicador sobre a edição de BD estrangeira disponibilizada nas livrarias em Portugal e a respectiva receptividade do público à mesma (se não toda, pelo menos a franco-belga –com as excepções conhecidas – e de super-heróis).
É exactamente ao mesmo tipo de público (leitores de BD assíduos, ocasionais ou inexperientes) que apela a colecção eventualmente pensada para um segmento mais adulto e exigente na leitura, a coleção Novela Gráfica. O facto dos 12 títulos editados serem inéditos no nosso país, é também ele um mau indicador da edição de banda desenhada estrangeira, ao longo dos anos, em Portugal. E mais grave é o facto de que se poderiam fazer centenas de colecções com grandes obras mundiais da banda desenhada, somente com volumes inéditos…
Outra curiosidade é a inclusão posterior na colecção Novela Gráfica de um volume solto, na qualidade de extra, a propósito do centenário do nascimento da Billie Holiday, cujo desempenho comercial não correspondeu às expectativas da editora, podendo ser colocada a hipótese de um volume isolado não funcionar em banca tão bem quanto uma colecção. Mas seriam necessárias mais experiências para que tal se confirmasse ou desmentisse.
No ano de 2015, as colecções em banca obnubilaram parcialmente a parca oferta nas livrarias de publicações nacionais de aventuras franco-belgas, encadernados de super-heróis e livros de banda desenhada estrangeira com temática mais madura. Critique-se ou não as escolhas das obras coligidas em colecções, relembra-se que este tipo de colecção resulta de uma combinação de factores entre o material que está disponível num dado momento (e as colecções têm timings precisos para serem executados) e um compromisso de escolha entre a editora nacional, os seleccionadores nacionais de material e outros agentes internacionais. É verdade que não seria suposto este modelo actuar como um determinante daquilo que mais é publicado dentro daqueles géneros no nosso país. De facto, deveria ser complementar. E, num mercado activo, publicaria exclusiva ou maioritariamente reedições (como acontece com outras colecções com periódicos, sejam em formato de vídeo, música ou literatura), tornando a selecção supérflua na história da publicação de BD estrangeira no nosso país, não dependendo de si a publicação desta ou daquela obra para que a mesma se encontrasse editada em Portugal.
Convém ainda relembrar que este modelo também aposta principalmente em colecções e em marcas fortes (Marvel, Batman), fortes q.b. (BD franco-belga) ou tenta instituir a sua força (novela gráfica), o que facilita algumas escolhas e dificulta (ou mesmo impossibilita) outras, não sendo possível que venha a substituir em pleno o catálogo dos editores que distribuem as suas obras de BD estrangeira fora das bancas. Mas a sua inexistência ditaria menos 7 dezenas de livros publicados em 2015, a maioria deles inéditos.
Não considero que 2015 tenha sido um excelente ano para a banda desenhada em Portugal. Não só acho que foi um ano preocupante, com base nestes e noutros dados, como considero que existem indícios de que piorará. Aliás, com excepção da publicação nacional independente, mais concretamente de zines e edições de autor, bem como algumas obras nacionais e estrangeiras lançadas por pequenas editoras, pouco mais haveria (embora algo haja) a celebrar no que toca a 2015.
Quanto às 176 publicações de banda desenhada distribuídas nas bancas, poder-se-á advogar que uma minoria (e podemos inclusivamente postular que haverá quem seja da opinião que praticamente nenhuma) seria incluída numa listagem onde constassem as obras fundamentais da banda desenhada editadas em Portugal. É possível que assim seja, não sendo este artigo o local para discutir tal. Mas é um bom modo de terminá-lo, fazendo votos que em 2016 os editores de publicações de BD distribuídas nas bancas façam pela história da BD editada em Portugal, não necessariamente mais, mas certamente melhor.
E, como estamos em início do ano, não me ficaria mal expressar que uns quantos desejos fossem economicamente viáveis para as editoras que disponibilizam publicações nas bancas, principalmente no que toca ao público adulto, para o qual a oferta é escassa, pelo que eis o que mui gostaria de ver nas bancas em 2016: colecções de livros de autores portugueses ou mais autores portugueses em coleções mundiais, mais livros isolados de autores nacionais, menos escapismo e mais reflexão, menos vamos vestir estes fatos todos “giros” para andarmos todos à batatada e mais abordagens sociais, menos somos os maiores heróis do mundo e mais introspecção sobre o eu, menos consumo imediato (prova, deita fora) e mais slow food. Àqueles a quem tal soa utopia, faço o reparo que se deram mais passos nesse sentido em 2015 do que no ano anterior.
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.
“Não considero que 2015 tenha sido um excelente ano para a banda desenhada em Portugal. Não só acho que foi um ano preocupante, com base nestes e noutros dados, como considero que existem indícios de que piorará”
Mas comparado com anos anteriores, foi. Pelo menos recuando os últimos 3 ou 4. Quanto ao piorar, é difícil opinar. A tua análise peca (como quase todas, não é uma crítica, tem a ver com a falta de informação) por apenas se focar nos lançamentos, e não nas tiragens ou vendas. Tanto quanto eu sei, os lançamentos de álbuns em bancas irão ser mais ou menos em mesmo número por parte da Levoir e da ASA, enquanto que na Salvat passarão de 7 para 26 ou 27. Do ponto de vista do leitor, pondo de parte considerações de poder de compra, é uma melhoria. Fora de bancas, não sei dos meus colegas, mas pelo menos na GFloy haverá um aumento forte dos lançamentos, e alguma diversificação.
Também em termos de autores portugueses, devo dizer que NUNCA tinha visto um ano assim, e aqui recuo claramente até ao início dos anos 2000. Quer em número de lançamentos, quer em qualidade.
Por outro lado, se falarmos de tiragens e vendas, as coisas podem ser mais complexas. O que digo acima sobre autores portugueses é no contexto de tiragens de 500 ou 600 exemplares (o que seria impensável há dez anos atrás), e queda drástica de vendas das revistas Disney (das poucas cujos números são públicos) também não auguram nada de bom.
Eu diria que, em termos de lançamentos e qualidade dos livros, e também em termos de diversidade e de autores portugueses, foi um ano excepcional. Para o leitor. A questão mais complexa do estado do mercado é mais difícil de ajuizar.
(incluíste o Batman Noir nas edições para bancas da Levoir?)
Olá!
No início do artigo está a listagem das publicações contempladas e poderás verificar que o Batman Noir foi incluído.
Abraço,
Nuno
Ah! OK, não tinha reparado, obrigado.
Por partes:
Revistas:Cada vez pior cancelamentos atrás de cancelamentos
Reedições sem ser com jornais não existem praticamente,ao contrario de outros países.
Coleções com jornais aonde 90% do material e inédito só no nosso mercado anémico apesar do sucesso mais cedo ou mais tarde vai haver saturação,quer por saturação do leitores ou do material escolhido década de 90 Marvel dc ou de décadas mais ingénuas.
Bom, vamos por partes, e não é fácil. Acho que todos ganhávamos se relesses os textos que publicas, e se tivesses mais cuidado com, 1) o fluxo das tuas ideias e 2) a pontuação. 😛
“Revistas:Cada vez pior cancelamentos atrás de cancelamentos”
Bom, não sei. Parece que a Goody canceou uma e mudou a periodicidade de outra. Quanto à Wicth, enfim tem anso e anos. Estou de acordo que existem problemas e o futuro parece mais difícil, mas se calhar seria bom que citasses os tais “cancelamentos atrás de cancelamentos”.
“Reedições sem ser com jornais não existem praticamente,ao contrario de outros países. Coleções com jornais aonde 90% do material e inédito só no nosso mercado anémico apesar do sucesso mais cedo ou mais tarde vai haver saturação,quer por saturação do leitores ou do material escolhido década de 90 Marvel dc ou de décadas mais ingénuas.”
Honestamente, não faço a MÍNIMA ideia do que estás a dizer. 1), o mercado é pequeno e sempre será, Portugal não é Espanha ou França. Qual é o problema que as colecções de jornais sejam inéditos, e não reedições, se no nosso país ainda há MUITOS livros por editar. Parece que achas que seja mau, eu pelo contrário, acho que é bom para o mercado que as edições com jornais sejam de inéditos, e não reedições. Qual é o problema? Era melhor que não se editasse? Preferias que não houvesse inéditos? Se as editoras de BD não editaram, qual é o problema que as colecções com jornais aproveitem? A sério, não percebo mesmo o que queres dizer.
Quanto à saturação: e então? Já houve saturação em certos períodos, tal como em muitos países, é da natureza da nossa organização económica, se uma coisa vende, muita gente se põe a fazer essa coisa. Parece que é bom para o consumidor em geral, pelo que dizem. Chama-se concorrência, aparentemente.
“Coleções com jornais aonde 90% do material e inédito só no nosso mercado anémico”
Isso é mau? Porquê? Explica a razão pela qual se ninguém editou, os jornais NÃO podem editar. E já agora explica porque é que isso é mau para o leitor/consumidor. É mau poder comprar o Diário do Meu Pai, Foi Assim a Guerra das Trincheiras, Batman: Noir ou Sharaz-De com um jornal? Por preços de 9,90€? A sério, Uau. Gostava de viver no TEU país. 😛
“quer por saturação do leitores ou do material escolhido década de 90 Marvel dc ou de décadas mais ingénuas.”
Esta parte agradecia em português, se faz favor. Em… não sei que língua… não se percebe. E como parece que me toca a mim (que escolhi a maioria das histórias/livros das colecções Marvel e DC na Levoir) gostava de saber. Para tua informação, a GRANDE maioria dos livros publicados nas colecções da Levoir são pós-2000 (o que, aliás, tem sido grave motivo de críticas de alguns fãs, que pedem material mais antigo e mais clássico). Por exemplo na colecção da Marvel deste ano, 2015, em 15 livros, 12 são posteriores aos anos 2002-2005 (e um 13º é uma colectânea, em que metade do livro é anterior, e metade de 2009). Na colecção de 2014, em 20 livros, 14 eram posteriores a 2004.
Agradecia clarificação da confusão de comentário que postaste.
“Estou de acordo que existem problemas e o futuro parece mais difícil, mas se calhar seria bom que citasses os tais “cancelamentos atrás de cancelamentos”.”
É só prestar atenção a Goody todos os anos cancela mensais (Simpsons,Real Life,Miniie), já para não falar na panini es que cancelou toda a linha revistas e tpbs
Sobre as reedições com jornais não acho mau nem bom .só revela o estado do mercado anímico que se não o fosse saiam para livrarias sem tanto .marketing,como sai no Brasil/USA,França
Sobre a escolha do Material das coleçoes e relativo o que e bom para mim e mau para outro Marvel e dc foi da decada de 90 porque era mais facil tirando a de 200o para a frente ser tpbizada,eu adoravia ver Hulk do Pad,Aranha e Vingadores de Stern completo.
E a crítica não se restringe aos comics as editoras fb tambem deixam a desejar fora dos jornais basta ver xiii,Blacksad etc