Dia 18 de maio é distribuído com o jornal Público o quarto tomo da coleção em parceria com a Asa dedicada à série Jonathan, da autoria de Cosey. A banda desenhada O Berço do Bodisatva foi serializada na revista belga Tintin em 1977 e 1978, sendo publicada entre setembro de 1978 e fevereiro de 1979 na revista Tintin nacional, sem ter direito a nenhum tipo de republicação em Portugal durante 37 anos. O título português de então foi O Berço do Bodhisattva.
O volume é supostamente para ser lido ao som de Mike Oldfield – Incantations (1978).
Eis a sinopse da editora:
Em Leh, capital do antigo reino tibetano de Ladakh, Jonathan e Drolma encontram Nancy, uma antiga enfermeira da clínica psiquiátrica. Ela propõe-lhes servirem de guias a uma expedição da Cruz Vermelha Internacional que tem por objectivo o mosteiro budista de Theksey, na zona fronteiriça do Tibete ocupado. A missão, contudo, é altamente secreta, pois transporta também medicamentos destinados à Resistência tibetana. Pelo caminho, Drolma faz uma descoberta surpreendente… Qual será, afinal, o segredo de Theksey Gompa?
4. O Berço do Bodisatva
Le berceau du Bodhisattva (1978)
18 de maio
Edição anterior em Portugal: Tintin #17 a #38 (11.º ano)
COSEY (n. 1950)
Bernard Cosandey, que adopta o nome artístico de Cosey, nasceu em Lausanne (Suíça), a 14 de Junho de 1950. Aos 16 anos inicia a sua aprendizagem como ilustrador numa agência de publicidade. Conhece em 1970 Derib, um autor suíço consagrado (Attila, Buddy Longway e Yakari), que o apoia e encoraja a criar as suas próprias histórias.
Cosey publica as suas primeiras bandas desenhadas em 1971, no diário belga Le Soir – três episódios da série Monfreid et Tilbury, com argumentos
de A. P. Duchâteau. Entre 1971 e 1972 assina ainda o desenho das aventuras do repórter Paul Aroïd no jornal diário suíço 24 Heures, depois editadas em álbum com o título Le Retour de la Bête (1972).
Mas é sem dúvida em 1975 que o talento e a originalidade de Cosey irrompem definitivamente, com a publicação na revista Tintin da primeira aventura de Jonathan, intitulada Souviens-toi, Jonathan. Leitor apaixonado de Jung e dos pensadores orientais, Cosey explorará nos anos seguintes, com grande sucesso, o universo deste seu herói singular, que tem tanto de sonhador e contemplativo como de destemido e aventureiro.
Em 1984 publica o primeiro álbum do díptico À la Recherche de Peter Pan, obra que assinala uma nova e fundamental viragem na sua carreira criativa, tendo-se dedicado ao longo da década seguinte a criar sobretudo histórias longas – Le Voyage en Italie (1988-1989), Orchidéa (1990), Saïgon-Hanoï (1992), Joyeux Noël, May (1995), Zeke Raconte des Histoires (1999), Une Maison de Frank L. Wright et Autres Histoires d’Amour (2003) ou Le Boudha d’Azur (2005).
Entretanto, em 1997, após um hiato de 11 anos, o autor regressa a Jonathan, série que continua a alimentar até aos dias de hoje.
Galardoado com inúmeros prémios, entre os quais o Prémio para o Melhor Álbum de 1982 (Kate, da série Jonathan) e o Prémio para o Melhor Argumento de 1991 (álbum Saïgon-Hanoï) no Festival Internacional de BD de Angoulême, Cosey, argumentista, desenhador e colorista, tornou-se conhecido pelo estilo original das suas bandas desenhadas, que narram aventuras em torno de personagens sempre cativantes. Apaixonado pela Ásia, o autorpercorreu exaustivamente as remotas regiões de Ladakh, Amdo e Kham, bem como o Nepal, o Tibete central e a China, em busca de inspiração para as suas personagens.
nota: imagens cedidas pela editora.
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.