Dia 01 de junho é distribuído com o jornal Público, em parceria com a Asa, o sexto tomo da coleção dedicada à série Jonathan, da autoria de Cosey. A banda desenhada Douniacha, Há Quanto Tempo… foi serializada na revista belga Tintin em 1979, sendo publicada entre outubro desse ano e março de 1980 na revista Tintin nacional, com o título de então Douniacha, Há Muito Tempo Atrás, sem ter direito a nenhum tipo de republicação em Portugal durante 36 anos.
O volume é supostamente para ser lido ao som do álbum Arbour Zena (1975) de Keith Jarrett.
Eis a sinopse da editora:
Jonathan continua as suas deambulações pelos Himalaias, desta feita numa região remota do Tibete, próxima da fronteira com a China. Drolma, a jovem tibetana que o acompanha, sonhou que numa pequena aldeia chinesa há um europeu doente que lhes pede socorro. Sem hesitar, ambos se dispõem a ajudar o desconhecido e, após uma arriscada incursão em território chinês, acabam por o localizar. Que fará um cidadão russo naquele fim de mundo? E como ajudá-lo a regressar ao seu país sem serem capturados pelo Exército chinês?
- Douniacha, Há Quanto Tempo…
Douniacha, il y a longtemps (1979)
1 de junho
Edição anterior em Portugal: Tintin #24 a #44 (12.º ano)
COSEY (n. 1950)
Bernard Cosandey, que adopta o nome artístico de Cosey, nasceu em Lausanne (Suíça), a 14 de Junho de 1950. Aos 16 anos inicia a sua aprendizagem como ilustrador numa agência de publicidade. Conhece em 1970 Derib, um autor suíço consagrado (Attila, Buddy Longway e Yakari), que o apoia e encoraja a criar as suas próprias histórias.
Cosey publica as suas primeiras bandas desenhadas em 1971, no diário belga Le Soir – três episódios da série Monfreid et Tilbury, com argumentos
de A. P. Duchâteau. Entre 1971 e 1972 assina ainda o desenho das aventuras do repórter Paul Aroïd no jornal diário suíço 24 Heures, depois editadas em álbum com o título Le Retour de la Bête (1972).
Mas é sem dúvida em 1975 que o talento e a originalidade de Cosey irrompem definitivamente, com a publicação na revista Tintin da primeira aventura de Jonathan, intitulada Souviens-toi, Jonathan. Leitor apaixonado de Jung e dos pensadores orientais, Cosey explorará nos anos seguintes, com grande sucesso, o universo deste seu herói singular, que tem tanto de sonhador e contemplativo como de destemido e aventureiro.
Em 1984 publica o primeiro álbum do díptico À la Recherche de Peter Pan, obra que assinala uma nova e fundamental viragem na sua carreira criativa, tendo-se dedicado ao longo da década seguinte a criar sobretudo histórias longas – Le Voyage en Italie (1988-1989), Orchidéa (1990), Saïgon-Hanoï (1992), Joyeux Noël, May (1995), Zeke Raconte des Histoires (1999), Une Maison de Frank L. Wright et Autres Histoires d’Amour (2003) ou Le Boudha d’Azur (2005).
Entretanto, em 1997, após um hiato de 11 anos, o autor regressa a Jonathan, série que continua a alimentar até aos dias de hoje.
Galardoado com inúmeros prémios, entre os quais o Prémio para o Melhor Álbum de 1982 (Kate, da série Jonathan) e o Prémio para o Melhor Argumento de 1991 (álbum Saïgon-Hanoï) no Festival Internacional de BD de Angoulême, Cosey, argumentista, desenhador e colorista, tornou-se conhecido pelo estilo original das suas bandas desenhadas, que narram aventuras em torno de personagens sempre cativantes. Apaixonado pela Ásia, o autorpercorreu exaustivamente as remotas regiões de Ladakh, Amdo e Kham, bem como o Nepal, o Tibete central e a China, em busca de inspiração para as suas personagens.
nota: imagens cedidas pela editora.
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.