Para os visitantes, o primeiro dia é sempre aquele em que mais facilmente conseguem realizar as diversas atividades mais ou menos interativas do evento. Especialmente, se se trata de um dia útil durante o horário laboral/escolar.
O espaço parece ser sempre demasiado amplo e a afluência aquém. É a sensação habitual, completamente inversa no sábado e no domingo. Sem filas nas caixas automáticas nem na zona de restauração. E as filas para as restantes atividades, desde os autógrafos a fotografias com ecrã verde são perfeitamente exequíveis. É relativamente simples encontrar computadores e consolas onde experimentar as novidades no mundo dos videojogos, conversar com os artistas do Artists’ Alley, mostrar os dotes futebolísticos virtual ou fisicamente e aperceber-se de todo o merchandise presente nos mais diversos expositores.
Se Edward James Olmos era o nome em destaque na área da Televisão & Cinema, os mais pequenos (ou melhor, as mais pequenas) fizeram uma fila considerável para obter o autógrafo e trocar umas palavras com a youtuber Sea3P0 no stand da Goody, que edita a revista da alter ego de Catarina Lowndes.
Mas concentremo-nos na banda desenhada. O jornal Jankenpon #12 é oferecido à entrada e noutros locais do evento aos visitantes, tratando-se de um número especial com várias notícias sobre a Comic Con.
No que toca ao Auditório de Comics & Literatura, é simpático e com boas condições. No entanto, sendo o único auditório situado no primeiro piso e afastado de todas as demais atividades da Comic Con, é um local onde ninguém passará por acaso e que será somente visitado por quem estiver realmente interessado o suficiente para se predispor a o encontrar. As duas primeiras conversas de hoje, com o português Nuno Saraiva e o brasileiro Rafael Albuquerque, tiveram um público muito aquém do esperado e merecido. E sorte igual se adivinha para os próximos dias (provavelmente mais compostos no fim de semana), em especial nos agendados para as horas de almoço e início da tarde. É algo que necessita de ser revisto pela organização para as futuras edições.
Já o espaço destinado aos autógrafos de Comics & Literatura está bem localizado, facilmente visível. Apesar de ser o primeiro dia do evento, foi possível verificar algumas filas não tão curtas assim, com público diverso e não somente os habituais dessas lides. E foi possível também ver autores de banda desenhada a dar autógrafos fora do local destinado, nem sempre contentes com a quantidade de livros a assinar mas certamente com muito boa vontade.
No que toca à BD, realizaram-se ainda dois workshops neste primeiro dia, um sobre layouts e a origem do manga e outro sobre como escrever um guião.
Há diversos expositores a vender banda desenhada, como por exemplo a Kingpin, a Goody, a Devir, a Saída de Emergência e a Casa de BD. No Artists’ Alley há novas publicações realizadas propositadamente para a Comic Con, bem como outras já conhecidas. Iremos dando a conhecer as novidades nos próximos dias.
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.