Uma das apresentações no XIV Festival Internacional de BD de Beja foi a obra Aventuras de Jerílio no Século 25 – 1.º Episódio, da autoria do português Luís Cruz Guerreiro, lançada sob a chancela da brasileira Arquimedes Edições em 2010, com direito a exposição no Festival.
Foi em 1984 que Luís Cruz Guerreiro começou a planear esta banda desenhada, desenhando e inventando mundos alternativos. Seria em 1998, treze anos após a sua formação profissional em cerâmica, que experimentou pintar sobre o azulejo temas de ficção científica, o que originou o painel “Cidades Flutuantes”, que se tornou um poster na revista supracitada.
Após o desaparecimento dos originais da BD Aventuras de Jerílio no Século 25, a lápis com arte-final a tinta da china, em formato A2, aquando de uma exposição de banda desenhada, o autor resolveu produzir a história em azulejos policromados com uma gama de cores bastante ampla, nos quais se podem visualizar as nuances dos óxidos e tintas utilizados. A técnica é idêntica à dos séculos XVII e XVIII, com a utilização de um vidrado similar ao então utilizado, mas utilizando uma maior gama de cores.
Subintitulado Tudo Começou em Máfio, os azulejos que compõem este 1.º episódio foram fotografados por Carlos Gonçalves, sendo posteriormente realizada a paginação da revista por Cruz Guerreiro.
Eis a sinopse:
Em 2051, ocorreu o primeiro contacto entre os seres humanos e extraterrestres. Os primeiros a detectar essas luzes foram os portugueses. Rapidamente, se descobre os objetivos dos alienígenas – a instalação de uma ditadura que garantisse a paz entre os homens e o fim de todas as guerras terrestres. Este é o mundo em que vive Jerílio…
“As Aventuras de Jerílio no Século 25” são uma incrível adaptação da banda desenhada à azulejaria artística tradicional por Luís Cruz Guerreiro. Nascido em Alhos Vedros em 1962, o autor iniciou o seu percurso artístico através da banda desenhada, criando desde muito novo as suas próprias histórias. Esta paixão levou-o a descobrir uma outra: a azulejaria. As várias técnicas de pintura aprendidas serviram como elo de ligação entre a arte que Luís Cruz Guerreiro praticava (a banda desenhada) e a cerâmica (a arte do fogo). Os azulejos eram o suporte técnico que fazia a ligação entre as duas artes.
Luís Cruz Guerreiro estudou Pintura Cerâmica no CENCAL, em 1985. Depois de algumas experiências profissionais fundou a sua própria empresa, a Azulejaria Artística Guerreiro. O artista tem mantido a par duas linhas de criação distintas: a linha clássica (em azul e branco e policromia, com motivos tradicionais); e a linha livre (que expressa outras técnicas dando toda a liberdade de criação dentro da azulejaria). Desde a sua fundação em 1989 até hoje, a Azulejaria Artística Guerreiro produziu centenas de painéis para o nosso país mas também para a Alemanha, Bélgica, Brasil, Cabo Verde, Canadá, França, Inglaterra, entre outros países. O autor tem realizado várias exposições em Portugal e no Brasil, sempre com um sucesso assinalável…
Os interessados na aquisição de um exemplar da revista, devem entrar em contacto com o autor através do e-mail azulejariaguerreiro@gmail.com .
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.
Muito obrigado pelo carinho e gosto pela minha BD em azulejos 🙂
Sou um privilegiado em ter como amigo o Luís Cruz Guerreiro, artista de fina sensibilidade e criador de Histórias em Quadrinhos sobre azulejos, o que é notável. Esta exposição no Festival Internacional de Beja teve um brilho muito particular, e congratulei-me com as opiniões de quem a visitou, principalmente dos autores estrangeiros. Parabéns, Luís Cruz Guerreiro. Forte abraço amigo
José Ruy
Sou privilegiado por ter como amigo o Luís Cruz Guerreiro, artista de fina sensibilidade e talento, e a sua exposição neste Festival Internacional bd de BEJA é um testemunho do que afirmo. Parabéns, meu amigo e desejo que o seu êxito em Portugal e no Brasil seja em grande escala. Parabéns ao amigo Paulo Monteiro e a toda a equipa, reconhecido também da maneira como trataram a exposição dos meus desenhos e esquissos. Um forte abraço, com amizade
José Ruy