Calipso, de Cosey

Calipso, de Cosey

“Calipso”, de Cosey é o quarto volume da 4ª coleção Novela Gráfica da Levoir com o Público. É a segunda vez que o autor suíço, vencedor do Grand Prix du Festival d’Angoulême 2017,  faz parte da colecção Novela Gráfica da Levoir, depois de na primeira edição ter sido publicado Em Busca de Peter Pan. Editado originalmente em 2017 pela Futuropolis, Calipso tem a particularidade de ser uma obra a preto e branco, quebrando desta forma a tradição do uso detalhado da cor que caracteriza as suas obras.

Clique nas imagens para as visualizar em toda a sua extensão:

Eis a sinopse da editora:

…Cosey, que consegue exprimir sentimentos de profundidade e delicadeza semelhantes aos que se encontram na melhor literatura.” – Franquin, criador de Spirou, Gaston Lagaffe e Marsupilami

Gus e seu amigo Pepe assistem na televisão à retransmissão de Calipso, filme mítico protagonizado pela actriz Georgia Gould. Na realidade, Georgia Gould não é outra senão Georgette Schwitzgebel, com quem Gus viveu uma ardente paixão. Mais tarde, no jornal local, Gus descobre que a Geórgia está de volta à Suiça, na luxuosa e discreta clínica Edelweiss, especializada no tratamento de adições. Quando a visita, Gus fica convencido de que o amor da sua juventude está completamente dependente do marido, que controla a sua fortuna. É então que ela lhe propõe que ele a rapte para exigir um resgate, que lhes permita regressar a Nova Iorque. Mas as coisas acabam por não correr como previsto…

Bernard Cosandey, que adopta o nome artístico de Cosey, nasceu em Lausanne (Suíça), a 14 de Junho de 1950. Aos 16 anos inicia a sua aprendizagem como ilustrador numa agência de publicidade. Conhece em 1970 Derib, um autor suíço consagrado (Attila, Buddy Longway e Yakari), que o apoia e encoraja a criar as suas próprias histórias.
Cosey publica as suas primeiras bandas desenhadas em 1971, no diário belga Le Soir – três episódios da série Monfreid et Tilbury, com argumentos de A. P. Duchâteau. Entre 1971 e 1972 assina ainda o desenho das aventuras do repórter Paul Aroïd no jornal diário suíço 24 Heures, depois editadas em álbum com o título Le Retour de la Bête (1972).
Mas é sem dúvida em 1975 que o talento e a originalidade de Cosey irrompem definitivamente, com a publicação na revista Tintin da primeira aventura de Jonathan, intitulada Souviens-toi, Jonathan. Leitor apaixonado de Jung e dos pensadores orientais, Cosey explorará nos anos seguintes, com grande sucesso, o universo deste seu herói singular, que tem tanto de sonhador e contemplativo como de destemido e aventureiro.
Em 1984 publica o primeiro álbum do díptico À la Recherche de Peter Pan, obra que assinala uma nova e fundamental viragem na sua carreira criativa, tendo-se dedicado ao longo da década seguinte a criar sobretudo histórias longas – Le Voyage en Italie (1988-1989), Orchidéa (1990), Saïgon-Hanoï (1992), Joyeux Noël, May (1995), Zeke Raconte des Histoires (1999), Une Maison de Frank L. Wright et Autres Histoires d’Amour (2003) ou Le Boudha d’Azur (2005).
Entretanto, em 1997, após um hiato de 11 anos, o autor regressa a Jonathan, série que continua a alimentar até aos dias de hoje.
Galardoado com inúmeros prémios, entre os quais o Prémio para o Melhor Álbum de 1982 (Kate, da série Jonathan) e o Prémio para o Melhor Argumento de 1991 (álbum Saïgon-Hanoï) no Festival Internacional de BD de Angoulême, Cosey, argumentista, desenhador e colorista, tornou-se conhecido pelo estilo original das suas bandas desenhadas, que narram aventuras em torno de personagens sempre cativantes. Apaixonado pela Ásia, o autopercorreu exaustivamente as remotas regiões de Ladakh, Amdo e Kham, bem como o Nepal, o Tibete central e a China, em busca de inspiração para as suas personagens.
Em 2017 é galardoado com o Grande Prémio do Festival de Angoulême.

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