Obra de Emil Ferris vence o Grand Prix de la Critique ACBD 2019.
A Association des Critiques et journalistes de Bande Dessinée – ACBD galardoou com o seu grande Prémio da Crítica 2019 a obra Moi ce que j’aime, c’est les monstres— livre premier de Emil Ferris (n. 1962), publicado pela Monsieur Toussaint Louverture no mercado franco-belga e pela Alto no Quebeque. Após My Favorite Thing is Monsters (Fantagraphics, 2017), primeiro romance gráfico da autora norte-americana, ter sido galardoado com dois Ignatz Awards em 2017 e um Eisner e um Lambda Literary Award em 2018, foi a vez da ACBD reconhecer o mérito da banda desenhada após a publicação em território francófono.
A ACBD considera a obra de Ferris um poderoso álbum, com um design empolgante, onde se mistura a época com vivências da autora. A BD centra-se na infância de um menina dos anos 60 que vive num bairro pobre de Chicago, no qual a jovem Karen enfrenta diariamente o sofrimento e o horror. Quando um vizinho morre em bizarras circunstâncias, ela decide investigar. É a oportunidade para a autora levar os seus leitores até à Alemanha nazista, onde a vítima cresceu e foi perseguida…
A Associação dos Críticos e jornalistas de Banda Desenhada francesa destaca ainda as restantes 4 obras finalistas:
● L’Âge d’or, de Cyril Pedrosa e Roxanne Moreil (Dupuis);
● Courtes distances, de Joff Winterhart (Çà et là);
● Malaterre, de Pierre-Henry Gomont (Dargaud); e
● Servir le peuple, de Alex W. Inker (Sarbacane).
Como já tinha acontecido no ano passado, nenhuma das 5 obras finalistas conheceu edição em Portugal, tendo-se verificado situação idêntica na seleção inicial das 15 obras candidatas ao Prémio.
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.