Festejar os 60 Anos de Astérix

Festejar os 60 Anos de Astérix

60 Anos são para festejar!

No mercado franco-belga, multiplicam-se as edições e eventos relacionados com o 60.º aniversário de Astérix. E em Portugal?

No dia 10 de janeiro, estreia nas salas de cinema o filme Astérix: O Segredo da Poção Mágica, com uma história original. E no dia 22 de janeiro, a Asa edita o livro homónimo.

Não seria uma vera celebração sem um livro novo de banda desenhada, pelo que no dia 24 de outubro é lançado o 38.º livro da série, da autoria de Didier Conrad e Jean-Yves Ferri. A palavra aos autores:

NOTA DE DIDIER CONRAD
«Foi certamente o Astérix que me incitou a fazer banda desenhada desde pequeno. Terei começado aos 7 ou 8 anos, pouco depois de ter lido o meu primeiro álbum das aventuras de Astérix e Obélix. Atualmente, é incrível ver o lugar que a banda desenhada ocupa na nossa cultura popular. Pensar que o Astérix continua a ser o número 1 (e de longe!), merece que se lhe tire o chapéu. Ter 60 anos, agora que também é o meu caso, já não parece ser uma idade muito avançada! […] Como se pode constatar pela prancha abaixo, uma nova aventura, a 38.ª, vai ser lançada este ano. Eu e o Jean-Yves quisemos adotar como ponto de partida a famosa deixa “os nossos antepassados Gauleses…”. Só que – claro – não se sabe bem quem são os antepassados deles! Mas fique ciente de que alguém muito importante acaba de chegar à aldeia. Quem? Ficará a saber quando ler o próximo álbum!»

NOTA DE JEAN-YVES FERRI
«É verdade. O Astérix nasceu em 1959, tal como eu. Aliás, durante algum tempo a minha mãe pensou em chamar-me Astérix, mas depois reconsiderou ao ver que o nome já estava tomado. Dois anos antes tinha sido lançado um outro gaulês famoso: o Sputnix. Estou a falar-vos de um tempo pré-historix, em que os belos álbuns de BD adornavam as vitrinas das livrarias desde o dia em que eram lançados e faziam brilhar os olhos dos miúdos. Entre esses livros coloridos havia – claro – o novo álbum do Astérix que já deveria ter sido lido e partilhado com os amigos. Mas já estou a ficar nostalgix… A propósito de crianças, na página de apresentação que preparei com o meu colega Conrad (que também esteve para se chamar Astérix) pode ver-se o druida Panoramix a tentar ensinar um pouco de História aos garotos da aldeia. Hum… Será isto uma pista sobre o próximo álbum? É bem possível. Que suspense! Se eu já não conhecesse a história, iria a correr pôr-me à espera junto à livraria mais proximix.»

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Eis a apresentação oficial do momento histórico da criação de Astérix:

Estamos em 1959 d.C.
O argumentista René Goscinny e o desenhador Albert Uderzo estão sob grande pressão. Têm de criar uma série de BD completamente original e baseada na cultura francesa para o primeiro número da revista Pilote, que deverá sair dentro de algumas semanas. No apartamento de Albert Uderzo, os dois autores dão voltas à cabeça numa sessão de trabalho que acabaria por ficar para a História:
– Diz-me lá quais são os períodos mais marcantes da História de França – começa René.
– Ora bem, temos o período pré-histórico – atira Albert.
– Não, já foi usado – replica o amigo.
– Então que tal a Gália e os Gauleses?
René aproveita imediatamente a deixa e as ideias começam a fluir. “Tudo foi feito e decidido em duas horas”, conta o argumentista.
Foi assim que tiveram início As Aventuras de Astérix, a 29 de outubro de 1959, no primeiro número da revista Pilote. Rapidamente toda a Gália foi ocupada pelo Romanos, pela poção mágica, pelos trocadilhos e por sibilinas citações latinas. Toda? Sim, toda!

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Em Portugal, Astérix estreou no primeiro número da revista Foguetão, em 4 de maio de 1961. Atualmente, é publicado pela Asa em formato de álbum.

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