Há vinte e cinco anos, a primeira missão a Marte terminou em tragédia e todos os tripulantes morreram. Mas, na verdade, houve um sobrevivente. O vol. 2 concluiu a obra.
O segundo volume de Um Estranho numa Terra Estranha, da autoria de Robert A. Heinlein, com as aventuras de Valentine Michael Smith, estava há muito na minha listagem de must read. Para um enquadramento rápido, a primeira missão a Marte terminou em tragédia, com a morte de todos os seus tripulantes. Todos… Na verdade, houve um sobrevivente. Passam-se 25 anos, nos quais este humano é criado pelos marcianos, sendo os valores, crenças e rituais transmitidos completamente diferentes dos terrestres.
Quando este Homem de Marte regressa ao seu planeta de origem, depara-se com uma sociedade totalmente alienígena. Estranhamente, a civilização futura com que se depara não é muito diferente da dos nossos dias, apesar da obra ter sido escrita em 1961 (na verdade, a edição da Saída de Emergência corresponde à versão original completa, sem cortes, somente publicada postumamente em 1991).
Obviamente que há quem tente aproveitar-se do Homem de Marte, seja para a política, para o comércio o até para a religião. Mas ele ganha aliados e começa a fazer a sua própria revolução.
Valentine Smith tenta fazer com que o Homem evolua para a fase seguinte e acredita que o caminho para tal é a religião. Esta religião tem como finalidade que os seus membros encontrem a felicidade, que desfrutem de toda a abundância que lhes foi posta à disposição, que dancem, bebam e amem livremente. Se algo confere felicidade e não prejudica terceiros, como pode ser considerado pecaminoso?
Como não podia deixar de ser, Valentine ganha inimigos entre as religiões estabelecidas. Acaba por ser alvo de fanáticos num desenlace que poderia ter sido infeliz se, entretanto, não tivesse convertido os leitores à sua visão do mundo.
Eis a sinopse da editora:
Valentine Michael Smith encontra na Terra uma realidade muito diferente da que experienciou em Marte. As crenças e os rituais sagrados que aprendeu em Marte em nada se assemelham aos que encontra na Terra. A própria existência de Valentine torna-o alvo de uma intriga política. Neste 2.º volume de Um Estranho numa Terra Estranha, Robert A. Heinlein continua a apresentar-nos a história de Valentine e do seu processo de integração numa cultura marcada pela anarquia, partilha, amor livre e vida comunitária. Este clássico da ficção científica ainda hoje nos leva a questionar as nossas aspirações mais profundas e continua a despertar sentimentos fortes – por vezes contraditórios – nos leitores.
Pode ler um excerto da obra aqui.
ROBERT A. HEINLEIN
É considerado um dos grandes impulsionadores do género da ficção científica, juntamente com Arthur C. Clarke e Isaac Asimov. É o autor de obras hoje aclamadas como clássicos modernos e que venceram quatro Prémios Hugo. As suas ideias originais, por vezes controversas, tornaram-no uma das grandes referências do género durante décadas e, em 1974, tornou-se o primeiro Grande Mestre dos Escritores de Ficção Científica. Entre as suas obras mais famosas destacam-se The Moon is a Harsh Mistress, Starship Troopers e Um Estranho numa Terra Estranha, agora publicado numa nova edição pela Saída de Emergência.
Um Estranho numa Terra Estranha vol. 2
Robert A. Heinlein
Editora: Saída de Emergência
Páginas: 336
Encadernação: capa mole com badanas
Dimensões: 16 x 23 cm
ISBN: 9789897731143
PVP: 17,70€
Médica e leitora compulsiva, no Bandas Desenhadas assumiu funções de reportagem e de crítica.