Universo Tex é a segunda série da Polvo dedicada ao mundo do icónico personagem da Bonelli.
Tex é um fenómeno paradoxal na história da edição da banda desenhada em Portugal. Apesar de não ter sido editado em Portugal durante a maioria da sua existência, as revistas brasileiras que chegavam aos pontos de venda de periódicos foram o suficiente para que se criasse um conjunto de leitores aficcionados pelo personagem em território nacional. Seria a 14 de agosto de 2005 que os fãs portugueses de Tex Willer teriam direito à primeira edição nacional do personagem, no 8.º volume na série Os Clássicos da Banda Desenhada – Série Ouro, com o Tex a defrontar o Mefisto pela segunda vez.
Anos depois, os fãs organizar-se-iam oficialmente no Clube Tex Portugal, o único dedicado exclusivamente a um único personagem de banda desenhada no nosso país. Para além de uma revista dedicada ao universo texiano, o Clube tem sido o responsável pela organização das 5 Mostras apresentadas em Anadia – que se assumiu como a capital portuguesa do Tex – com a presença dos ilustradores expostos. Paralelamente, originais de Tex têm também vindo a ser expostos nos principais eventos de banda desenhada nacionais, com a presença dos autores, sendo difícil ultrapassar a popularidade que o personagem foi atingindo ao longo destes anos em Portugal, tendo em 2018 se celebrado os 70 anos de existência do personagem que se tornou sinónimo de western em Itália.
Se a editora Polvo começou a publicar a série Tex – Romance Gráfico em 2015, com o primeiro volume a ter inclusivamente direito a reedição, a Levoir seguiu-se-lhe em 2018 com 2 volumes de Tex incluídos na sua coleção dedicada à editora bonelliana. Deste modo, em 3 anos, foram editados 7 álbuns de Tex. Inclusivamente, desde abril de 2017 que foi suspensa a exportação das revistas brasileiras da editora Mythos para Portugal, passando as edições nacionais a serem as únicas disponíveis.
A este período de ouro editorial do personagem em Portugal, a Polvo adicionou em dezembro do ano passado uma nova série, Universo Tex. Segundo Rui Brito, esta série é dedicada aos pards de Tex, com cada número a se dedicar a um dos pards, não estando, por ora, nos planos da editora as repetições de personagens.
Trata-se de uma série nacional, sem eco em Itália, existindo em cada número um texto mais ou menos exaustivo sobre o pard em destaque. Nos primeiros dois números, dedicados a Kit Carson e Kit Willer, estes textos são assinados por Mário Marques.
Quanto às bandas desenhadas, Maria Pilar tem como autores Mauro Boselli e Alessandro Bocci, sendo uma BD curta originalmente publicada na revista italiana Tex Magazine #1, em 23 de janeiro de 2016. Por seu turno, Terror na Floresta, de Chuck Dixon e Michele Rubini, é uma BD curta originalmente publicada na revista Tex Magazine #2, em 25 de janeiro de 2017.
Clique nas imagens para as visualizar em toda a sua extensão:
Eis a sinopse da editora:
Maria Pilar
(Maria Pilar)
Maria Pilar, uma jovem e corajosa mulher, desafia a ameaça de um grupo de atacantes que lhe assassinou o pai, guiando uma caravana de comerciantes hispânicos através da pista que liga Indianola a San Antonio. Em seu auxílio surge um intrépido ranger de braço ao peito: Kit Carson!
Terror na Floresta
(Terrore tra i boschi)
No “WoodlandFlyer”, o comboio que atravessa o Colorado, Kit Willer é preso e forçado a trabalhar na floresta, juntamente com um honesto, mas azarado, jogador. Conseguirá o filho de Tex desenvencilhar-se por entre os perigos da natureza e as armadilhas dos seus carcereiros?
Universo Tex vol. 1:
Maria Pilar
Mauro Boselli & Alessandro Bocci
Editora: Polvo
Páginas: 36, a preto e branco
Encadernação: capa dura
Dimensões: 23,5 x 17,5 cm
ISBN: 978-989-8513-83-0
PVP: 7,99€
Universo Tex vol. 2:
Terror na Floresta
Chuck Dixon & Michele Rubini
Editora: Polvo
Páginas: 36, a preto e branco
Encadernação: capa dura
Dimensões: 23,5 x 17,5 cm
ISBN: 978-989-8513-85-4
PVP: 7,99€
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.
Independentemente da qualidade das histórias, justifica-se álbuns de capa dura com 36 páginas? Não teria mais lógica álbuns maiores 120-150 páginas e com um preço mais acessível (relação páginas/preço)? Assim não penso comprar. Cumprimentos.