Blueberry: Forte Navajo

Blueberry: Forte Navajo

Inicia-se hoje a 2.ª série da Colecção Blueberry da Asa com o Público.

Conforme noticiámos, 11 anos volvidos a Asa realiza uma segunda Colecção Blueberry distribuída em conjunto com o jornal Público. Com esta segunda coleção, atinge-se o número total de 28 álbuns da série principal, ficando apenas em falta o 6.º álbum da mesma (O Homem da Estrela de Prata), bem como os 3 volumes da série Marshall Blueberry e os 21 álbuns da série A Juventude de Blueberry, além de diversos álbuns “fora de série”.

O primeiro livro desta nova série, Forte Navajo, corresponde ao primeiro álbum da série original, publicado nesse formato em 1965 no mercado franco- belga. Trata-se do início do primeiro ciclo da série, denominado Ciclo das Primeiras Guerras Índias. Refira-se que a série criada por Jean-Michel Charlier (argumento) e Jean Giraud (desenho) foi pré-publicada no hebdomadário Pilote da editora Dargaud. Forte Navajo estreou no #210 dessa publicação, em 31 de outubro de 1963, com direito a figurar na capa da revista, ilustrada por Jijé, sendo publicado até ao seu #232, em 2 de abril de 1964.

Em Portugal, a banda desenhada Forte Navajo foi publicada em álbum pela Íbis em 1969. Seguiu-se uma publicação de forma seriada nos #81-88 do Jornal da B.D. (Sojornal), entre 16 de fevereiro e 5 de abril de 1984. Em 1991, seria novamente publicado em formato álbum, desta feita pela Meribérica.

Eis a sinopse da editora:

O tenente Blueberry é colocado no Forte Navajo, em pleno território Apache, e durante a viagem para lá conhece o tenente Graig, cujo destino é o mesmo. Ao passarem pelo rancho dos Stanton encontram-no completamente calcinado e pejado de cadáveres. A chacina – tudo leva a crer – terá ocorrido durante um ataque dos índios e o tenente Graig decide seguir no seu encalço para libertar o filho dos Stanton, que estes terão raptado. A situação, já de si complicada, vai exigir de Blueberry um grande jogo de cintura: ele vai ter de lidar tanto com a inconsciência de Graig como com o ódio pelos índios do tenente Bascom, braço direito do coronel Dickson no Forte Navajo. Mas quando entra em cena uma cascavel tudo se complica ainda mais…

Jean-Michel Charlier nasceu em Liège, Bélgica, a 30 de outubro de 1924. É um dos mais importantes argumentistas da banda desenhada realista franco-belga da segunda metade do século XX.
Faz a sua formação académica em Direito e, em 1944, entra para a revista Spirou, onde começa por ilustrar cursos de pilotagem e aeromodelismo e por assinar uma tira sobre desportos. Depois da Segunda Guerra Mundial, é apresentado a Georges Troifontaines (fundador da agência de distribuição de banda desenhada World Press) e Victor Hubinon e da colaboração entre os três surge a série Buck Danny em 1947.
O encontro de Charlier com Jijé leva o primeiro a abandonar o desenho e a dedicar-se exclusivamente aos argumentos de banda desenhada. Multiplica parceiras com Paape e Jean Graton (As Mais Belas Histórias do Tio Paulo, 1951), Eddy Paape de novo (Jean Valhardi, 1951) e Mitacq (A Patrulha dos Castores, 1954), entre outros.
É um dos fundadores da Pilote (1959), onde surgem as aventuras de Tanguy e Laverdure (desenho de Uderzo e, mais tarde, de Jijé), Barba Ruiva (desenho de Hubinon) e, em 1963, Blueberry (desenho de Giraud).
Além da banda desenhada (onde se contabilizam mais de 450 argumentos, diálogos e textos), Jean-Michel Charlier realizou folhetins para rádio e televisão, romances e livros históricos.
Morre em julho de 1989 em Haut-de-Seine, sito nos arredores de Paris.

Jean Giraud nasceu em Nogent-sur-Marne (França) em maio de 1938. Entra para a Escola de Artes Aplicadas de Paris em 1954, assinando no ano seguinte algumas ilustrações na revista Fiction. Entre 1956 e 1958 publica as suas primeiras bandas desenhadas em Far-West, Sitting Bull, Fripounet et Marisette, Âmes Vaillantes, Couers Vaillants, etc. Conhece Jijé em 1958, com quem colabora três anos mais tarde num episódio de Jerry Spring.
A sua criação mais conhecida é Blueberry (argumento de Jean-Michel Charlier), que surgem em 1963 na revista Pilote. Narra as aventuras de Mike Blueberry, um oficial do exército americano, e constitui um dos mais consagrados westerns da banda desenhada mundial.
Em 1969, cria o seu alter ego Moebius, responsável pelas incursões no universo da ficção científica e da fantasia, sobretudo a partir de 1973. A sua colaboração com Alexandro Jodorowsky, cujo carisma e universo pessoal influenciam vivamente o artista francês, data de 1978. O Incal: Uma Aventura de John Difool (1980), A Louca do Sacré-Couer (1992) e Depois do Incal (2000) são algumas das criações comuns. Giraud-Mobieus participa também em diversos projetos cinematográficos, como o nunca realizado Duna de Jodorowsky ou O Quinto Elemento de Luc Besson.
Depois da morte de Charlier, em 1989, retoma sozinho as aventuras de Blueberry.
Jean Giraud morre em Paris a 10 de março de 2017, com 74 anos de idade.

Colecção Bluberry (II) vol. 1: Forte Navajo
Jean-Michel Charlier & Jean Giraud
Editora: Asa
Páginas: 48, a cores
Encadernação: capa mole
Dimensões: 215 x 290 mm
PVP: 7,90€

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