
Mar e Sangue
Um conto romântico negro, ou melhor, vermelho sangue, sobre o mar e o seu fascínio sem data. Um pescador, fumador, a falésia e a sereia, uma rotina diária (uma prisão?), os tentáculos do pesadelo, possível afogamento, o sangue três vezes e a navalha. O Destino?
Alexandre Esgaio, neste fanzine, retrata um mar sem lugar, trágico e melancólico. Será mesmo Triste? Vemos no sangue e no rosto do pescador um sorriso, por fim. O mar, guarda sempre um ou outro mistério.
Traço simples e elegante no desenho, com delimitação das vinhetas a traço grosso, o que dá contraste e uma separação forte mas sem prejudicar a sequência narrativa. Não se perde o fio à meada e ficamos a conhecer um pouco mais do mundo interior versus exterior do conto vermelho sangue-mar.

Alexandre Esgaio nasceu na Nazaré, gosta de banda desenhada, mar e rock ‘n roll.
Sangue na Guelra
Alexandre Esgaio
Chancela: Produções Maria Macaréu
Páginas: 16, preto e branco e vermelho (realizadas a lápis, marcador, tinta da china e carimbos)
Ano: 2012
Dimensões: A6

Costumava desenhar de joelhos, com os braços em cima da cama quando era pequenita e mais tarde numa mesa de escola. Os joelhos agradeceram. Cresci com banda desenhada e criei o fanzine “durtykat” em 2001. Viajei quase à pala e fui colaborando e comunicando através de desenhos, nascendo assim as Nits, em 2014. Voltei a desenhar de joelhos mas eles não se têm queixado. A última exposição foi na Galeria Mundo Fantasma, no Porto, no ano de 2019.