Astérix: O Menir de Ouro chega em outubro

Astérix: O Menir de Ouro chega em outubro

Uma possibilidade de reencontrar René Goscinny e Albert Uderzo!

Numa altura em que a maioria das editoras nacionais ainda não reiniciou o lançamento de novidades desde o encerramento físico das livrarias ao público devido à pandemia de CPVID-19, o anúncio oficial de que o livro Astérix: O Menir de Ouro, da autoria dos próprios Goscinny e Uderzo, tem uma data mundial de lançamento precisa (cabendo à ASA a edição nacional), o dia 21 de outubro, providenciou uma pequena luz ao fundo do túnel perante o atual mar de incertezas.

Desde que, em 2013, Jean-Yves Ferri e Didier Conrad se tornaram os novos autores oficiais da série de banda desenhada de Astérix que os seus álbuns se têm sucedido a cada 2 anos, nos anos ímpares. Daí que o lançamento de um novo livro de Astérix em 2020 foi uma surpresa. E o anúncio de que os autores eram René Goscinny e Albert Uderzo e que se tratava de um “tesouro reencontrado” foi o suficiente para instalar o hype entre os fãs.

Na verdade, a principal razão da existência desta história está intimamente ligada à história dos hábitos de entretenimento das crianças e dos tipos de produtos comercializados para tal. Durante várias décadas, os discos em vinil com histórias infantis foram populares. E alguns deles, não se limitavam ao próprio disco, sendo acompanhados, fosse em brochura ou livro, pelo texto narrado, devidamente ilustrado.

Não será, portanto, de estranhar que o popular Astérix tenha ganho merchandise nesse formato, sob o qual foram editados discos de vinil de obras como Astérix, O Gaulês, A Foice de Ouro ou Os Doze Trabalhos de Astérix. Aliás, até o menos popular personagem Humpá-pá de Goscinny e Uderzo também teve direito a histórias em discos de vinil.

O interesse especial que reside no disco O Menir de Ouro, publicado originalmente em 1967, é, não só ser acompanhado pelo texto e ilustrações dos autores originais de Astérix, como esta história original nunca ter sido republicada em livro.

Não sendo possível então a edição de um álbum de banda desenhada em 2020, este ano fica marcado pela publicação deste livro ilustrado, no qual a história será transposta de uma publicação originalmente com dimensões quadradas para um livro com as dimensões habituais dos álbuns de banda desenhada do pequeno gaulês.

Para os leitores, é a oportunidade de lerem uma história de Astérix escrita por Goscinny que provavelmente ainda não conheciam. O protagonista é Cacofonix (Assurancetourix, no original) ou não fosse a história uma sátira ao Festival Eurovisão da Canção, sendo ainda evocada a canção de 1938 Ménilmontant de Charles Trenet (1913-2001).

Quanto às ilustrações, obtidas a partir da digitalização da obra original, houve um restauro dos desenhos e eliminação da trama de impressão de então, bem como uma atualização e calibragem das cores fiel ao acabamento vintage. Registe-se que este foi o último projeto em que Uderzo participou, antes de falecer em 24 de março de 2020, supervisionando o restauro e trabalhado na capa do álbum.

O álbum não será acompanhado pelo vinil nem por um CD de áudio. No entanto, será disponibilizada uma gravação áudio do álbum para descarregamento a partir da internet.

Eis a sinopse da editora:

Reina a agitação na aldeia gaulesa: Cacofonix decidiu participar no famoso concurso de canto dos bardos gauleses para conquistar o Menir de Ouro! Para o protegerem neste certame seguido de perto pelos romanos, Astérix e Obélix ficam encarregados de o acompanhar: eles não devem perder Cacofonix de vista, mesmo correndo o risco de… ficarem surdos!
Esta história, escrita com a vivacidade narrativa de René Goscinny propositadamente para uma gravação áudio e ilustrada com a mestria gráfica de Albert Uderzo propositadamente para o livreto que acompanhava o disco, é uma verdadeira joia a redescobrir. Ela bem merecia ser valorizada, juntando-se a partir de agora à coleção de álbuns ilustrados de Astérix.

Astérix: O Menir de Ouro
René Goscinny & Albert Uderzo
Editora: ASA
Páginas: 48
PVP: 10,90€

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