Compilação das páginas semanais de BD de Paco Roca no jornal Las Provincias.
A obra de Paco Roca chegou ao nosso país com o livro de banda desenhada Rugas, editado pela Bertrand em 2013 e integrante da nossa Leitura Recomendada. No mesmo ano, estreou nas salas de cinema portuguesas a respetiva adaptação para a animação do realizador Ignacio Ferreras.
Três anos depois, o Bandas Desenhadas realizou uma entrevista ao autor (disponível em português e castelhano), a propósito da futura presença do autor no XIII Festival Internacional de Bandas Desenhada de Beja, tendo sido documentadas fotograficamente a exposição e sessões com a presença do autor. Fomos também responsáveis pela apresentação do autor aos visitantes realizada na publicação Splaft!, editada pela Bedeteca de Beja, cujo artigo convidamos à (re)leitura para se conhecer o percurso de Paco Roca na banda desenhada.
Entre 2016 e 2019, a Levoir editou no nossos país 6 obras de banda desenhada de diferentes décadas deste prolífico autor espanhol, nomeadamente O Jogo Lúgubre (original de 2001), O Farol (2005), O Inverno do Desenhador (2010), Os Trilhos do Acaso (2013), A Casa (2015) e O Tesouro do Cisne Negro (2018).
O oitavo livro de Paco Roca publicado em Portugal, Memórias de um Homem em Pijama, tem um registo diferente dos demais. Paralelamente ao seu trabalho dedicado a álbuns de banda desenhada, esta obra foi originalmente publicada sob a forma de 1 página por domingo no periódico Las Provincias, ao longo de 63 semanas, sendo em 2011 reunida em livro.
“A imprensa é sempre um desafio“, contou-nos Paco Roca, aquando da entrevista realizada. “As duas primeiras entregas foram divertidas. Depois disso, eu já não sabia o que contar na semana seguinte. E essa foi a norma durante o seguinte ano e meio. Estava sempre aflito para que me ocorresse algo, telefonava aos meus amigos, perguntava-lhes pelas suas vidas, estava atento ao que as pessoas falavam na rua, provocava situações para que me acontecesse alguma coisa… Finalmente, deixei a série exausto. A série falava de tudo e de nada. Das relações de casais, dos costumes…“
A verdade é que Roca voltaria à BD Homem em Pijama e faria dela uma trilogia. Após este livro, seguiu-se em Espanha, em 2014, um segundo volume intitulado Andanzas de un hombre en pijama com a compilação da sua colaboração quinzenal com a revista El País Semanal entre 2013 e 2014 e alguma páginas inéditas.
O terceiro e último livro, Confesiones de un hombre en pijama, foi editado no mercado espanhol em 2017, reunindo duas BD inéditas e o restante material publicado nas revistas El País Semanal e Academia – Revista del Cine Español e ainda não compilado.
Em 2018, Carlos Fernandez de Vigo realizou a sua transposição para o grande ecrã, não tendo o filme estreado no nosso país.
Clique nas imagens para as visualizar em toda a sua extensão:
Eis a sinopse da editora:
Sendo um autor muito versátil, a presente obra é o resultado das publicações semanais entre 2010 e 2011 no jornal espanhol Las Provincias, que retratam a vida quotidiana de um quarentão que finalmente consegue o seu sonho infantil: ficar em casa todo o dia de pijama. Uma obra claramente autobiográfica e uma referência à série televisiva Seinfeld, em que o autor valenciano apela ao sorriso inteligente. Estas Memórias descrevem Paco Roca como um atento observador dos detalhes diários e dos comportamentos próprios e alheios.
Memórias de um Homem de Pijama
Paco Roca
Editora: Levoir
Páginas: 96, a cores
Encadernação: capa dura
Dimensões: 220 x 270 mm
ISBN: 9789896828608
PVP: 12,90€
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.
Os volumes 2 e 3 foram vendidos num volume único pelo O Público por 10,90euros
O 1º volume que aqui é dito ter o preço de 12,90 (caro) é vendido pelas livrarias a 16,90…vou ter que passar
Olá, António!
A diferença de 4 euros que encontra entre o que consta deste nosso artigo, aquando do lançamento da obra em conjunto com o jornal Público, e o PVP atualmente praticado nas livrarias, prende-se com o facto de todos os livros da Levoir, desde que a editora existe, sofrerem um agravamento de preço quando deixam de ser vendidos em banca em conjunto com o jornal (ou nas lojas físicas/online daquele periódico) para passarem a ser vendidas no canal livreiro.
Boas leituras,