Miguelanxo Prado

Miguelanxo Prado

BD² – Base de Dados de Banda Desenhada

Miguelanxo Prado

Nascimento: 16 de julho de 1958
Naturalidade: Corunha, Galiza, Espanha

Enquanto estudante de arquitetura, Prado publicou o seu primeiro trabalho de banda desenhada no fanzine ‘Xofre’. Colaborou na década de 80 com diversas publicações e revistas espanholas como ‘Creepy’, ‘Comix Internacional’, ‘Zona 84’, ‘El Jueves’, ‘Cairo’ e ‘Cimoc’. Estes trabalhos viriam posteriormente a ser compilados em álbum. Tendo por base um herói radiofónico, constrói com Fernando Luna o detetive privado Manuel Montano. Publicada pela primeira vez na revista ‘Cairo’, e posteriormente em álbum com o título O Manancial da Noite, seria com esta comédia policial que Prado viria a obter o seu primeiro prémio Alph’Art para Melhor Álbum Estrangeiro no Festival Internacional de Angoulême, em 1991. Mas foi com Traço de Giz (1992), uma experiência de uma realidade impossível, com narrativa intimista e coloração magnífica, que Prado alcançou o maior reconhecimento pelo seu trabalho, obtendo um segundo Alph’Art (1994) e inúmeros prémios a nível internacional.

Das suas inúmeras obras, espalhadas entre outras, pela ilustração, pintura ou cinema de animação, pode-se destacar Carta de Lisboa (obra de 1995, que em Portugal conheceu 3 versões bilingues), a qual resulta de uma viagem a Portugal com o escritor Éric Sarner, a adaptação a BD de Pedro e o Lobo de Prokofiev (1996), ou, em 1996, a ilustração do livro A Lei do Amor de Laura Esquível. Refira-se ainda, em 1998, uma participação na série animada Men in Black, para a qual desenhou os personagens.

Em 2003, colaborou com Neil Gaiman em The Sandman: Endless Nights – Dream: The Heart of a Star. O seu filme de animação De Profundis, no qual trabalhou durante quatro anos, estreou em 2007 e foi selecionado para os prémios Goya.

Prado é, desde 1998, Diretor do Salão de BD “Viñetas desde el Atlântico”, realizado na Corunha, e, em 2009, ingressa na Real Academia Galega de Belas Artes.

A sua banda desenhada Ardalén, publicada em 2012, volta a granjear-lhe vários prémios. Ardalén é, até à data, a sua obra mais extensa e, segundo o próprio, “é uma história sobre a memória pessoal. A memória como essência da nossa existência, da percepção da nossa própria vida.”

O Pacto da Letargia (2020) teve como curiosidade a edição portuguesa da Ala dos Livros ser publicada simultaneamente com a edição francesa.


Entrevista:

aqui

Obras publicadas em Portugal

One-shots

  • ArdalénASA (2013)
  • Crónicas Incongruentes – Meribérica (1991) | republicado em “A Arte de Prado” (“Os Clássicos da Banda Desenhada”, Panini, 2003; distribuição com jornal Correio da Manhã)
  • Fragmentos da Enciclopédia Délfica – Meribérica (2000)
  • A Mansão dos Pimpão – ASA, 2006
  • Manuel Montano: O Manancial da Noite – Meribérica (2000)
  • Pedro e o Lobo – Meribérica (1997)
  • Presas FáceisLevoir (2016)
  • Quotidiano Delirante – Meribérica (1994) | republicado em “A Arte de Prado” (“Os Clássicos da Banda Desenhada”, Panini, 2003; distribuição com jornal Correio da Manhã)
  • Quotidiano Delirante vol. 2- Meribérica (1998)
  • Stratos – Meribérica (2000)
  • Tangências – Meribérica (1996) | republicado em “A Arte de Prado” (“Os Clássicos da Banda Desenhada”, Panini, 2003; distribuição com jornal Correio da Manhã)
  • Traço de Giz – Meribérica (2000) | republicado em “A Arte de Prado” (“Os Clássicos da Banda Desenhada”, Panini, 2003; distribuição com jornal Correio da Manhã)| Levoir (2017)
  • A Vida É um Delírio (obra completa de “Quotidiano Delirante”) – ASA, 2003 | republicado na série “Colecção Grandes Autores de Banda Desenhada” vol. 6, ASA, 2008; distribuição com jornal Público)

Séries

Publicação em Antologias de BD

  • O Muro Antes e Depois… – Meribérica, 1990 (“Durbruch”)
  • Selecções BD (1.ª série) #32 – Meribérica, 1990 (“Louvada seja a distância”)
  • Selecções BD (1.ª série) #34 – Meribérica, 1991 (“Longo Crepúsculo de Outubro”)
  • Selecções BD (1.ª série) #35 – Meribérica, 1991 (“Acordes de Cristal”)
  • Selecções BD (2ª série) #1, 3, 5, 7, 11, 14, 16 – Meribérica, 1998-2000 (“Stratos”)

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