Casterman

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BD² – Base de Dados de Banda Desenhada

Casterman

Atividade: 1777 – presente
Sede: Bruxelas, Bélgica

A editora Casterman foi fundada em 1777 em Tournai, na Bélgica, por Donat Casterman (1755-1823), o primeiro de sete gerações de editores da família Casterman. Os seus filhos Charles e Josué ajudaram Donat a desenvolver o negócio de tipografia e editora, sendo o filho deste último, Henri, o responsável por uma importante expansão do seu catálogo na primeira metade do século XIX. Principalmente dedicada às publicações religiosas ou moralistas e às obras infantojuvenis, cria uma filial em Paris, o que permite um rápido crescimento da editora em França. A Henri, sucedem-se os filhos Louis e Henri. Com o falecimento destes em 1906, a empresa toma a forma de uma sociedade anónima. Entre as duas Guerras Mundiais, quer a edição quer a tipografia vêem o seu negócio crescer, em especial esta última com um aumento da clientela entre outros editores (como Hatier e Michelin) e anuários (telefone, caminhos de ferro…).

É em 1934 que Louis Casterman (1893-1981), diretor da editora Casterman entre 1919 e 1972, adquire os direitos para a publicação de As Aventuras de Tintin que Hergé autoeditava com o seu mentor, o abade Norbert Wallez. A partir de 1942, com A Estrela Misteriosa, a Casterman passa a publicar as novidades de Hergé a cores, em 62 páginas, um formato que se tornará posteriormente o standard das suas bandas desenhadas. Nos anos seguintes, são reeditadas a cores as aventuras inicialmente publicadas a preto e branco.

Graças ao sucesso das bandas desenhadas de Hergé, a Casterman inicia novas séries de aventuras, como a versão francesa da série dinamarquesa Petzi de Vilhelm e Carla Hansen, Alix e Lefranc de Jacques Martin ou o Cavaleiro Ardente de François Craenhals. O seu catálogo de livros infantojuvenis também é largamente expandido, sendo a série Martine (anteriormente conhecida por Anita no nosso país) aquela que obtém o maior sucesso mundial.

Na década de 70 do século passado, a Casterman decide conquistar um público mais adulto. Publica os primeiros álbuns da série Corto Maltese do italiano Hugo Pratt e cria a revista de banda desenhada (À Suivre), na qual surgem trabalhos de autores como Tardi, Schuiten, Geluck, José Munõnz, Loustal e Mattotti, entre muitos outros.

Para além das linhas editoriais previamente abordadas, nos últimos 20 anos, a editora tem paralelamente se dedicado à publicação de obras estrangeiras de autores de diferentes países, dos EUA ao Japão.

Em 1999, a editora é adquirida pelo Grupo francês Flammarion (que vende a tipografia) e em 2012 pela Gallimard. Atualmente, pertence ao Grupo Madrigall (constituído pela Flammarion, Gallimard e Casterman), o terceiro maior grupo editorial francês.

Séries publicadas em Portugal

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