Gradiva em 2021

Gradiva em 2021

Os resultados de 2020 e o plano para 2021.

No que toca à BD, os planos da Gradiva para 2020 eram mais ambiciosos do que os 8 álbuns publicados, devido aos constrangimentos da pandemia de COVID-19. Para os que conhecem a editora principalmente pela divulgação científica, convém não esquecer que no início dos anos 90 eram a principal editora de tiras cómicas norte-americanas e que a BD, uns anos mais, outros menos, é algo que tem acompanhado a história da editora. Aliás, o editor Gulherme Valente manifesta a satisfação da Gradiva “por se ter verificado uma nítida revitalização na edição de BD desde que a Gradiva desenvolveu essa linha. Aconteceu o que já se verificara com a Ciência e depois com os cartoons. É muito gratificante ver a Gradiva continuar a ser inspiradora. É para mim, pessoalmente, uma satisfação, porque sou, desde miúdo, um leitor de BD. Compro tudo…

No que toca às três obras de 2020 mais vendidas foram O Guardião vol. 1: O Anjo de Malta de Yves Sente e François Boucq, O Guardião vol. 2: Fim de Semana em Davos dos mesmos autores e, ex aequo, As Novas Aventuras de Bruno Brazil – Black Program vol. 1 de Laurent-Frédéric Bollée e Philippe Aymond e O Nascimento dos Deuses de Luc Ferry, Clotilde Bruneau, Dim. D e Federico Santagati.

Das restantes obras, o editor destaca ainda os livros Lenine (já lançado em 2019) e Estaline. São “biografias históricas, para adultos e jovens, imperativas nas escolas porque, passados tantos anos dos crimes sobejamente revelados desses tiranos, ainda tanta gente ignora o que foram esses monstros e a natureza dos regimes que impuseram“, afirma Guilherme Valente. “E lançámos agora o Mao Tsé-Tung“.

Quanto ao plano editorial de 2021, “destacamos um must, um álbum de uma qualidade singular, Gus de Christophe Blain“, revela o editor. “E quando for oportuno, outros álbuns de BD, de que destacamos o Alix Senador e outras surpresas, novidades e clássicos, mas ainda sem datas definidas. E, claro, os nossos cartoons de alta divulgação científica“.

No campo da ilustração, com algumas páginas de banda desenhada, “prosseguiremos a publicação da série inestimável – esse fenómeno que põe a ler os miúdos que não liam – Capitão Cuecas, agora na expressiva edição a cores.

A propósito deste lançamento, aproveitámos para questionar se seria em 2021 que a Gradiva publicaria o segundo – e último – volume da série de banda desenhada Super-Bebé Fraldinha de Dav Pilkey, do mesmo universo do Capitão Cuecas. “O Super-Bebé Fraldinha tem características diferentes do Capitão Cuecas e não é reconhecido da mesma forma pelo público infantil nem pelos seus pais – maioritariamente, os compradores -, por isso o livro publicado não teve resposta comercial idêntica ao que se verificou com a coleção do Capitão Cuecas“, refere Guilherme Valente. “Está sempre tudo em aberto para o futuro, mas novas decisões editoriais – especialmente no contexto atual – devem ter em conta a realidade do mercado e em boa medida irem ao encontro dos gostos dos consumidores“.

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