O 6.º Prix de la critique ACBD de la bande dessinée québécoise.
A Association des Critiques et journalistes de Bande Dessinée (ACBD) galardoa pela 6.ª vez uma banda desenhada da autoria de um ou mais autores quebequenses em língua francesa. Este ano, a BD contemplada com o Prémio da associação francesa foi La Bombe, com argumento de Didier Alcante e Laurent-Frédéric Bollée e ilustrações do quebequense Denis Rodier, editada pela Glénat.
O livro apresenta a história da bomba atómica, desde a descoberta do urânio até 6 de agosto de 1945, quando foi lançada sobre Hiroshima. Uma verdadeira saga de cerca de 450 páginas, o álbum conta os bastidores e os personagens principais deste acontecimento histórico, que em 2020 tinha ocorrido há 75 anos. Das minas de urânio de Katanga ao Japão, passando pela Alemanha, Noruega, Rússia e Novo México, o leitor descobre uma sucessão de factos, da ciência à política, do trivial ao singular.
Com este Prémio, a ACBD reconhece o trabalho do quebequense Denis Rodier na realização das 441 pranchas do álbum, com um argumento sólido e ricamente documentado do belga Didier Alcante e do francês Laurent-Frédéric Bollée. Segundo a ACBD, o ilustrador apresenta uma obra a preto e branco sólida, retratando situações variada e dinâmicas e servindo uma narrativa histórica, científica e política, na qual existe também uma grande humanidade.
A ACBD também recomenda as restantes 3 obras nomeadas para o Prémio:
- C’est comme ça que je disparais, de Mirion Malle (Éditions Pow Pow / La ville brûle)
- Paul à la maison, de Michel Rabagliati (La Pastèque)
- Le Projet Shiatsung, de Brigitte Archambault (Mécanique générale)
Como é frequente com as seleções da Associação dos jornalistas e Críticos de Banda Desenhada francesa, nenhuma das obras contempladas conhece edição portuguesa, seja o vencedor, sejam os outros três finalistas que recomenda.
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.
