A Dança dos Abutres.
Este mês, a Ala dos Livros edita o segundo volume de Undertaker, a série escrita por Xavier Dorison com desenhos de Ralph Meyer e cores de Caroline Delabie. Este western é originalmente publicado pela Dargaud desde 2015, estando previsto o lançamento do quinto volume este ano no mercado franco-belga. Série multipremiada (desde o Prémio da BD Fnac Bélgica 2016 aos revelados na sinopse da editora), ela centra-se em Jonas Crow, um ex-soldado da Guerra Civil dos Estados Unidos da América, que desempenha as funções de um agente funerário itinerante no Oeste Americano, com um abutre como animal de estimação.
Este segundo volume intitula-se A Dança dos Abutres, tendo sido originalmente publicado no mercado francófono a 27 de novembro de 2015.
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Eis a sinopse da editora:
Jonas Crow, o cangalheiro, Rose, a governanta inglesa, e Lin, a criada chinesa, dirigem-se à mina de “Red Chance” para aí sepultar um antigo milionário que decidiu ser enterrado com o seu ouro. Têm, diante de si, três longos dias de viagem e cinquenta milhas percorridas na carroça fúnebre através dos abrasadores e poeirentos desfiladeiros do deserto. E, atrás de si, há toda uma multidão de mineiros exaltados que os persegue, apostados em não lhes facilitar a vida…
Assinado por Delabie, Dorison e Mayer, «A Dança dos Abutres» é o segundo tomo da série UNDERTAKER e, tal como o primeiro, conta com um enredo trepidante, servido por um desenho soberbo.
Esta série, difundida em 14 países entre os quais se inclui agora Portugal, obteve desde o início da sua publicação em França, em 2015, numerosos prémios e distinções. Salientam-se o Prix Saint Michel 2015 du Meilleur Dessin, o Prix Le Parisien 2015 de la Meilleur BD, o Prix 2015 des rédacteurs de scenario.com e ainda a distinção Album preferé des lecteurs de BD Gest 2015.
SOBRE OS AUTORES:
Argumento: XAVIER DORISON
Xavier Dorison nasceu em 1972. Depois de três anos numa escola profissional, durante os quais lançou um Festival de BD, começou a escrever o argumento para o primeiro volume de Troisième Testament (“Terceiro Testamento”) série desenhada por Alex Alice e publicada pela Glénat. Foi um sucesso. Seguiu-se o trabalho com Mathieu Lauffray no primeiro volume da série Prophet (Les Humanoides Associés, 2000), e depois com Christophe Bec na série Sanctuaire (Les Humanoïdes associés, 2001). Xavier Dorison estabeleceu, em muito pouco tempo, um estatuto firme no mundo da banda desenhada franco-belga, um estatuto confirmado com “W.E.S.T.” (Dargaud), que escreveu em parceria com Fabien Nury para um dos maiores nomes atuais do realismo, o desenhador Christian Rossi. Mas Dorison não se limitou ao universo da BD. Em 2006, foi lançado o filme Les Brigades du Tigre, uma adaptação da série de TV com o mesmo nome, que Dorison voltou a escrever em parceria com Nury. Em 2007, trabalhou uma vez mais com Mathieu Lauffray em Long John Silver, granjeando de novo um enorme sucesso. Em 2008, a Dargaud convidou Xavier Dorison para escrever o argumento do primeiro volume do “Mistério XIII”, uma sequela da famosa série “XIII”. O desenho foi confiado a Ralph Meyer, o que deu início a uma outra colaboração prolífica. Foi então que o par criou a épica história Viking “Asgard” (Dargaud). E em 2014, com Thomas Allart, Dorison produziu “H.S.E.” (Dargaud; Europe Comics 2017), um enredo de suspense sobre a possível queda em espiral de uma sociedade ultraliberal. Trabalhador incansável, dedica-se simultaneamente a várias séries, para além de continuar a escrever argumentos para a TV e o cinema. Passando com facilidade do argumento para as séries já mencionadas, e ainda para Le Chant du Cygne (2014, Le Lombard), Red Skin (2014, Glénat) e o seu último e enorme sucesso Undertaker (Dargaud 2015, Europe Comics 2016), Dorison provou a sua habilidade para trabalhar em diferentes géneros, que vão do western ao drama histórico, sem nunca perder a força do argumento e a solidez estrutural que caracteriza o seu trabalho. Não é por isso de admirar que tenha sido chamado a continuar a série “Thorgal” (Le Lombard), um dos maiores ícones da BD franco-belga de todos os tempos.
Desenho: RALPH MEYER
Desenhador nascido em Paris em 1971, Ralph Meyer era muito novo quando começou a cultivar a sua aptidão e interesse pelo desenho e por histórias. Quando chegou a altura de decidir o que fazer da sua vida, pareceu-lhe natural escolher a banda desenhada. Enquanto insaciável jovem leitor, apreciava o humor de Gaston Lagaffe e as aventuras de Black e Mortimer, bem como os problemas existenciais dos super-heróis vestidos à maneira que povoam as edições mensais de Strange. A sua descoberta do trabalho de Giraud (também Moebius) durante a sua adolescência terá mais tarde uma grande influência no seu próprio trabalho. Com 20 anos, deixou Paris e mudou-se para a Bélgica para seguir o curso de ilustração no Instituto Saint-Luc, em Liège. Após três anos e finalizado o curso, começou a apresentar-se a várias editoras com um número variado de projetos, mas sem sucesso. Em 1996, decidiu apresentar o seu trabalho ao escritor Philippe Tome. Este apresentou a Meyer um argumento particularmente sinistro para trabalhar. Um ano mais tarde, lançam o primeiro volume de «Berceuse Assassine», uma trilogia (1997 Dargaud, 2016 Europe Comics). Meyer fundou entretanto, com alguns outros autores, a “Parfois j’ai dur” workshop. Foi aí que realizou Des Lendemains sans Nuages (Le Lombard; Cinebook) que coilustrou com Bruno Gazzotti, sob argumento de Fabien Vehlmann. A seguir, ainda com Vehlmann, iniciou as séries de Ficção Científica “IAN” (Dargaud; Cinebook), a qual relata as aventuras de um ser de inteligência artificial, completado com pele e nervos humanos. Em 2008, com Xavier Dorison lançou o primeiro volume da série XIII Mistery, uma colecção da Dargaud pela qual recebeu, em Bruxelas, o Prémio St. Michel. O ano de 2010 pareceu representar para Meyer uma reviravolta gráfica, ao efectuar Page Noire, com argumento de Denis Lapière e Frank Giroud. Em 2012, ele e Xavier Dorison voltaram a trabalhar juntos nas paisagens nórdicas do díptico Asgard, seguindo-se posteriormente a terceira colaboração na série Undertaker, a qual continua a conhecer junto dos leitores de vários países um crescente sucesso.
Cor: CAROLINE DELABIE
Curiosa por natureza, Caroline Delabie começou, desde tenra idade, a “meter o nariz” na imensa colecção de BD dos seus pais. É aí que descobre Gaston Lagaffe, Obélix, o Capitão Haddock e Thorgal. Estes, ensinam-na a ler. E, em breve, muitos outros moradores da biblioteca se juntam a eles, acompanhando Caroline durante a infância. Na adolescência, conhece Jojo (que depressa se tornou o seu melhor amigo), Violette, Brousaille, Gil Jourdan, Julien Boisvert, Pélisse… Aquando do seu último ano de Arquitetura de Interiores, na Escola de Saint Luc, em Liège, e graças a Jean-Claude Hubert, um amigo ilustrador, Caroline conhece Ralph Meyer. Ralph apresentou-lhe Joe e Martha Telenko, os personagens de Berceuse Assassine. Passa na sua companhia alguns serões agradáveis mas prefere, de longe, a companhia de Ralph. E decidem partilhar a maior parte dos seus serões, a ler. Terminados os estudos, Caroline dedicou-se à profissão de Arquiteta Decoradora independente, embora a sua curiosidade tenha sido espicaçada pela coloração de BD, já que esse trabalho parece ligar o mundo das cores, que a apaixona desde que iniciou os seus estudos, e o seu amor pela BD. Ralph aceita ensinar-lhe os seus segredos. Assim, e durante vários anos, Caroline Delabie assume, em paralelo, a profissão de Arquiteta Decoradora e a de Colorista (I.A.N., XIII Mystery, Seuls, Asgard, Page Noire, Undertaker). Até que, por fim, decide tornar-se apenas colorista. Todavia, em 2014, essa curiosa insaciável completa a formação, em seu entender muito curta, de Guia da Natureza.
Undertaker T. 2: A Dança dos Abutres
Xavier Dorison & Ralph Meyer
Editora: Ala dos Livros
Páginas: 56, a cores
Encadernação: capa dura
Formato: 235 x 310 mm
ISBN: 978-989-54726-7-3
PVP: 16,65€
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.
Continuo a dispensar estas.