O segundo álbum de Lucky Luke por Matthieu Bonhomme.
A Seita pretende acompanhar o lançamento mundial do álbum Procura-se Lucky Luke, da autoria de Matthieu Bonhomme, com a publicação do álbum no nosso país na semana seguinte, mais concretamente a partir de 17 de abril.
Trata-se do segundo álbum de Bonhomme nesta coleção. Publicado no mercado francófono em 2016, ano em que se comemoraram os 70 anos da criação de Lucky Luke, famoso personagem de Morris, O Homem que Matou Lucky Luke de Matthieu Bonhomme inaugurou a série Lucky Luke (vu par…), na qual cada autor faria a sua homenagem ao cowboy que dispara mais rápido que a própria sombra.
Denominada em Portugal por Lucky Luke visto por…, a coleção portuguesa publica não só os álbuns da coleção original franco-belga. Na Alemanha, após a edição dos primeiros dois álbuns franco-belgas, foi editado um terceiro volume na série alemã equivalente (denominada Lucky Luke Hommage) editada pela Egmont naquele país. Este álbum foi concebido pelo autor de BD alemão Mawil, intitulando-se Lucky Luke Muda de Sela, o qual foi lançado no nosso país por A Seita o ano passado.
Com esta edição de Procura-se Lucky Luke, o terceiro álbum da série francófona (e que será o 4.º na coleção alemã), no nosso país só permanece inédito o segundo tomo, Jolly Jumper ne répond plus, da autoria de Guillaume Bouzard, cuja publicação pela editora portuguesa está para breve.
A expetativa dos leitores sobre este álbum de Bonhomme é grande, tendo O Homem que Matou Lucky Luke sido recompensado com o Prémio Saint-Michel de Melhor Álbum em 2016 e com o Prémio do Público Cultura e Prémio dos Liceus no Festival de Angoulême em 2017.
Tal como os restantes livros desta coleção portuguesa, Procura-se Lucky Luke é comercializado com 2 capas diferentes, sendo a exclusiva da Fnac a capa que no mercado francófono foi utilizada para a edição especial. Registe-se que ambas as versões da edição nacional incluem os extras que no mercado franco-belga apenas saíram na edição especial – que incluem uma entrevista ao autor, esboços e estudos -, bem como um artigo inédito de João Miguel Lameiras.
Clique nas imagens para as visualizar em toda a sua extensão:
Eis a sinopse da editora:
«No jogo do amor é cada uma por si e à primeira que o beijar»
Lucky Luke regressa pela mão do artista Matthieu Bonhomme!
Cobiçado por três belas mulheres, com a cabeça a prémio, como é que o nosso cowboy preferido se vai conseguir safar desta situação?
Depois do imenso sucesso de O Homem Que Matou Lucky Luke, esta é mais uma das aventuras imperdíveis do cowboy que dispara mais depressa que a sua própria sombra!
Se, em O Homem que Matou Lucky Luke, ficámos a saber como o cowboy conseguiu deixar de fumar, neste livro, que tem um lado mais humorístico que o anterior, percebemos que a opção de substituir o cigarro por uma palhinha veio pôr em causa a sua reputação de duro, com mais de uma personagem a pensar que, desde que deixou de fumar, o nosso cowboy se transformou “numa sombra de si próprio”. Neste álbum veremos também o regresso de um conjunto de vilões e adversários clássicos do nosso herói, a par de um grupo de três belas mulheres (estas criação de Bonhomme), cuja paixão por Lucky Luke vem dar um duplo sentido ao título original deste livro, Wanted, que aqui tanto pode significar procurado como desejado, e que talvez ponham em causa a sua reputação de “cowboy solitário”!
Como diz Bonhomme: “Uma vez que eu queria que o Luke fosse perseguido por todo o lado, achei que seria a ocasião ideal para me divertir indo ao fundo do baú buscar os papéis secundários que eu tanto adorei em Morris. (…) Muitos dos heróis da nossa infância eram homens sem mulher, seguindo um preceito de então, arcaico e sexista… A particularidade de Lucky Luke é que ele é um solitário por opção… imaginei que o Lucky Luke estava “casado” com a aventura: como homem de palavra, ele tem de ser fiel a esta companheira. Mas a fidelidade não impede a tentação. E, tal como um pequeno diabo perverso, tentei fazer o ícone vacilar. Ele vai conhecer três mulheres fantásticas. Mulheres a quem seria impossível dizer não!…”
Nascido em Paris, em 1973, Matthieu Bonhomme formou-se em Artes Aplicadas e iniciou-se na BD como assistente de Christian Rossi, o desenhador que substituiu Jean “Moebius” Giraud como desenhador da série Jim Cutlass – o “outro” western a que o desenhador do Tenente Blueberry esteve ligado. Grande fã do western, Bonhomme confessa que “aprendi a desenhar com Lucky Luke, série que foi um dos pilares da minha formação como leitor,” e, logo no início da sua carreira, abordou o género. Mas a verdade é que os seus anteriores trabalhos em BD, desde L’Âge de la Raison, até às séries Marquis d’Anaon, Le Voyage d’Esteban e Messire Guillaume, abordavam outras épocas e outros temas.
A ideia de escrever e desenhar uma aventura de Lucky Luke não veio só do aniversário da personagem, pois o autor é o primeiro a afirmar que “há mais de dez anos que pedia às edições Dupuis que me dessem uma oportunidade de o fazer. (…) Não sabia que eles já estavam a refletir na preparação dos 70 anos da personagem em 2016”. Respeitando o passado de Lucky Luke, aproveitou como ponto de partida da história, a única limitação que a editora lhe impôs: a de não poder mostrar o cowboy solitário com um cigarro na boca. Como o próprio referiu: “quis assim descobrir o que levou Lucky Luke a deixar de fumar”. Vencedor de vários prémios em Angoulême ao longo da sua carreira, Bonhomme regressou em 2018 e 2020 ao período do western com a sua série Charlotte Impératrice, sobre a princesa belga que se tornou Imperatriz do México em 1864. Em 2021, regressa ao universo de Lucky Luke.
Procura-se Lucky Luke
Matthieu Bonhomme
Editora: A Seita
Páginas: 80, a cores
Encadernação: capa dura
Dimensões: 230 x 320 mm
ISBN: 9789895488063 | 9789895488070 (Fnac)
PVP: 16,95€

Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.
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