Vicente Segrelles

Vicente Segrelles

BD² – Base de Dados de Banda Desenhada

Vicente Segrelles

Nascimento: 9 de Setembro de 1940
Naturalidade: Barcelona, Barcelona

Pode dizer-se que o destino profissional de Vicente Segrelles foi traçado desde tenra idade, influenciado pelo gosto do pai pela pintura e por invenções e pelo sucesso internacional do tio, José Segrelles, como ilustrador e aguarelista. Foi neste ambiente que Segrelles começou a desenvolver a sua capacidade inata para o desenho e que o levou para a ilustração.

Com 14 anos, entrou na escola de treino da ENASA (a fábrica de tractores de Barcelona). Foi aí que teve uma especialização técnica em mecânica, desenho técnico e conhecimento de materiais. Aos 17 anos, ascendeu ao departamento de publicações técnicas da ENASA, onde se faziam catálogos de instruções e de peças sobressalentes. Embora o trabalho não o satisfazesse intelectualmente, com ele ganhou um apurado sentido de perspectiva e de desenho a traço, que lhe viriam a ser muito úteis no futuro.

Aos 23 anos, deixa a ENASA e entra no mundo das agências de publicidade, primeiro em Barcelona e depois em Saragoça, como especialista da figura humana e como colorista. Na verdade, a especialidade conseguiu-a por si próprio enquanto estava na ENASA, ocupando os seus tempos livres a desenvolver técnicas de desenho artístico, através da aguarela, tinta da china, guache e óleo.

Três anos antes, em 1960, tinha feito o seu primeiro trabalho profissional como ilustrador, ilustrando a Ilíada e a Odisseia de Homero para a Afha Editorial.

Em 1970, decide abandonar o meio publicitário e dedicar-se exclusivamente à ilustração. Volta à Afha Editorial onde vai ilustrar vários livros ao longo de uma série de anos. Em 1974, estabelece-se com a família (mulher e duas filhas) numa pequena localidade a 50 quilómetros de Barcelona, onde ainda hoje vive.

Durante toda a década de 1970, Segrelles continua a sua carreira como capista. Especializa-se em livros de fantasia e ficção científica, mas também pinta capas para westerns, terror, guerra e policiais. Por volta de 1975, já bem conhecido na Europa, entra no mercado dos EUA e produz ilustrações e capas para as melhores editoras norte-americanas.

É então em 1980, atraído pela banda desenhada, que Segrelles cria o seu personagem icónico que o projectará a nível mundial: O Mercenário.

Inicialmente publicada na revista Cimoc, a BD é lançada em álbuns a partir de 1983, pela Norma Editorial.

Decorrendo na Baixa Idade Média e ambientada no género Alta Fantasia e Ficção Científica, O Mercenário teve sucesso imediato, em grande parte devido à originalidade de Segrelles ao pintar a óleo cada vinheta, como se de um quadro se tratasse.

Dedicando cada vez mais do seu tempo a O Mercenário, Segrelles abandona por completo o seu trabalho como capista no começo da década de 1990. Apesar disso, ainda arranja tempo em 1991 para criar uma nova série — El Sheriff Pat —, a traço e da qual produz dois álbuns.

Entretanto, cansado da lentidão de produzir a óleo, em 1998 começa a utilizar o computador. O primeiro resultado pode ver-se no 10.º álbum de O Mercenário e seguintes.

Em 1999, publica a obra Como Pinta Vicente Segrelles, onde revela muitas das suas técnicas e segredos.

E em 2004, aventura-se na literatura infanto-juvenil e publica o conto ilustrado El Agua Mágica.

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