Régis Loisel

Régis Loisel

BD² – Base de Dados de Banda Desenhada

Régis Loisel

Nascimento: 4 de dezembro de 1951
Naturalidade:  Saint-Maixent-l’École, França

Galardoado com o Grande Prémio Angoulême 2003, é um autor cimeiro no panorama da banda desenhada contemporânea.

Com 20 anos, instala-se em Paris, em 1972. A sua primeira prancha é publicada nesse ano na Les Pieds Nickelés Magazine. No ano seguinte, frequente brevemente o curso de banda desenhada na Universidade de Vincennes (atual Université Paris-VIII). Trava amizade com Patrick Cothias e Serge Le Tendre, com quem produz BD curtas. Na década de 70, para além da publicação destas BD em revistas como Pilote, Pif Gadget, Plop, Fluide Glacial ou Métal Hurlant, cofunda a publicação Tousse Bourin com Olivier Taffin, Anne-Marie Simond, Max Cabanes, Loro, Michèle Costa Magna e Le Tendre. Estas BD são parcialmente editadas em álbum em 1978 com o título Les Nocturnes (Kesselring). Em 1979, funda o atelier Bergame com Michel Rouge e Taffin. Paralelamente, desenha para a imprensa, o meio editorial e a publicidade. O início da década de 80 é um prolongar das atividades da década passada. Em 1981, inicia Pyrénée, uma história que só finaliza em 1998 com a ajuda de Philippe Sternin, e desenha Jonas Folies com argumento de Le Tendre.

O ponto de viragem da sua carreira dá-se quando decide elaborar uma nova versão de Em Busca do Pássaro Perdido, cujas primeiras páginas tinha publicada na revista Imagine em 1975. Com argumento de Le Tendre, a série é pré-publicada na revista Charlie Mensuel entre 1982 e 1987, sendo editada em álbum pela Dargaud a partir de 1983. O terceiro volume é galardoado em Angoulême com o Prix FM-BD. É esta a série de destaque na sua bibliografia desta década, pontuada também por BD curtas, ilustrações para a imprensa, serigrafias e outros trabalhos.

Em 1989, Les Humanoïdes Associés publica Troubles Fêtes, uma compilação de histórias e ilustrações eróticas, com textos de Rose de Guirec, pseudónimo da sua esposa, Marie-Hélène. Nesse ano, abandona Paris e instala-se em Perros-Guirec, na Bretanha. Com os seus colegas do novo atelier, Jean-Charles Kraehn e Laurent Vicomte, funda o Festival de Banda Desenhada de Perros-Guirec, o qual decorre anualmente em abril.

O grande destaque da sua obra na década de 90 é o início da série Peter Pan, uma visão pessoal da personagem criada por J. M. Barrie, que realiza a solo, sob edição da Vents d’Ouest. O primeiro e segundo volumes são galardoados em 1992 e 1995 com o Alph’Art do público em Angoulême, tendo tido também o primeiro volume direito ao Prix Max et Moritz de melhor publicação. Em 1998, após 11 anos de interrupção, prossegue a série Em Busca do Pássaro Perdido, com Le Tendre, desta vez coassinando o argumento e realizando o stroryboard. Quanto aos desenhos da série, passam a ser realizados por outros autores.

No início da década de 2000, ilustra conjuntamente Yvan Le Corre e com argumento de Patrick Cothias Mali Mélo – canet d’un voyage au Mali. Escreve também alguns argumentos para outros ilustradores de BD, mas o foco da sua atenção está no trabalho que desenvolve durante quatro anos para os estúdios Disney, trabalhando nos filmes Mulan e Atlântida – O Continente Perdido. Realiza ainda o storyboard para o filme O Pequeno Polegar de Olivier Dahan (2001) e concebe o videojogo Gift, lançado nas plataformas Windows, PlayStation 2 e Game Boy Color.

Em 2003, é galardoado com o Grand Prix de la ville d’Angoulême. No ano seguinte, conclui a série Peter Pan. Em 2006, em Montreal, Canadá, cria com Jean-Louis Tripp a série Armazém Central. Paralelamente, coescreve com Djian Le Grand Mort, série desenhada por Vincet Mallié. Ambas as séries conhecem o seu final na década seguinte.

Em 2016, cria uma história original de Mickey para a Glénat, intitulada Café Zombo, a qual é galardoada com o Prix Saint-Michel. Em 2019, cria a série Un putain de salopard, desenhada por Olivier Pont.

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