Adaptação do romance de Agatha Christie.
Em 6 de novembro de 1939, a chancela editorial Collins Crime Club publicava aquele que se tornaria o maior bestseller de ficção de mistério, Ten Little Niggers de Agatha Christie, estando listado como o 6.º romance mais vendido de todos os tempos.
O título britânico, baseado na canção infantil homónima britânica – que tinha a contraparte Ten Little Indians nos EUA – , foi substituído por outro na primeira publicação norte-americana, em janeiro de 1940, dada a conotação racista do termo nigger naquele país. Ao longo dos tempos, a canção do romance foi sendo alterada, com o nigger sendo substituído por indian e mais tarde por soldier. O título norte-americano escolhido foi o final da canção, And Then There Was None.
Em Portugal, o romance também teve direito a dois títulos, por razões diferentes. Publicado originalmente pela Livros do Brasil em 1948 com o título Convite para a Morte, a reedição da ASA em 2003 tentou-se aproximar mais do título original com o título As Dez Figuras Negras.
No mercado francófono, originalmente com o título Dix Petits Nègres (1940), o romance foi renomeado em 2020 como Ils étaient dix. E, por essa razão, é esse o título da adaptação do romance para banda desenhada da editora suíça Paquet, com argumento de Pascal Davoz e ilustrações de Callixte (que já tinha desenhado Hercule Poirot: Morte no Nilo na mesma coleção). Como se pode observar na capa, as figuras retratadas já não são as originais, tendo sido substituídas pelos soldadinhos supramencionados. A Arte de Autor traduz o título francês da banda desenhada sob a forma de No Início, Eram Dez…
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Eis a sinopse da editora:
Foi publicado originalmente em português com o título Convite para a morte, em 1948, sendo o romance mais conhecido e adaptado de Agatha Christie. Uma intriga em ambiente fechado que nos faz suster a respiração até à última página. Oito convidados para uma ilha, que se juntam a um casal de empregados. Ninguém conhece ninguém. Uma curiosa lengalenga que encadeia a morte sucessiva de dez soldados… A tempestade ruge, a tensão atinge o auge. O que pode esconder este estranho encontro? E quando chegarão os anfitriões, o senhor e a senhora O’Nyme?
Pascal Davoz é um cantor, autor de letras e compositor que na década de 80 lança álbuns de funky rap e funky new age. Cerca de 20 anos mais tarde, funda a banda de pop-rock The Group. Como argumentista de banda desenhada, vários dos seus trabalhos foram publicados pela editora Clair de Lune – a trilogia La Fabuleuse Histoire, o díptico Le Capitaine Nemo ou Indes 1821. Na Casterman, foi publicada a tetralogia Napoléon Bonaparte e Les Voyages d’Alix : Alésia. A trilogia La Gloire des Aigles começa a ser publicada pela Joker, concluindo-se na Idées+. É nesta última editora que é publicada também a série Paris by Night. Na Paquet, estreou-se com as séries Le courrier de Casablanca e L’Ange de Yeu.
Callixte trabalha como designer desde 2002 como ilustrador e colorista. Em 2010, desenha o primeiro tomo do díptico Eightball Hunter, com argumento de Michel Koeniguer, cujo segundo tomo é lançado em 2013. Após trabalhar como colorista na série As Investigações de Margot (cujos primeiros volumes foram publicados em Portugal pela NetCom 2 Editorial), assume os desenhos do 3.º e 4º volume em conjunto com Olivier Marin. Em 2014, cria a série Gilles Durance, publicada na coleção Cockpit da Paquet, da qual foram publicados 4 álbuns. Para a série Agatha Christie da mesma editora ilustra Hercule Poirot: Morte no Nilo e No Início, Era Dez...
No Início, Eram Dez… (baseada na obra de Agatha Christie)
Pascal Davoz, Callixte
Editora: Arte de Autor
Páginas: 80, cores
Dimensões: 285 x 210 mm
ISBN: 978-989-53114-8-4
PVP: 17,50€
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.