Coda (omnibus), de Simon Spurrier e Matías Bergara.
Pelo terceiro ano consecutivo, foi divulgado o Prix Comics ACBD de la Critique, dedicado às melhores obras de banda desenhada originalmente editadas em língua inglesa num país anglófono com posterior edição em língua francesa num país francófono no período que o prémio consagra. Como é apanágio dos prémios da Association des Critiques et journalistes de Bande Dessinée (ACBD), pretende distinguir uma obra com uma forte exigência narrativa e gráfica, marcada pela sua pujança, a sua originalidade, a novidade do seu propósito ou os meios que o autor utiliza.
O prémio de 2021 foi atribuído à obra Coda (obminus), com argumento de Simon Spurrier e ilustrações de Matías Bergara, editada originalmente nos EUA pela Boom! Studios e publicada em França pela Glénat, com tradução de Philippe Toboul.
Segundo a ACBD, esta banda desenhada imerge o leitor num universo que mistura a fantasia com um cenário pós-apocalíptico, dando lugar de destaque à arte da narrativa oral. Esta saga consegue permanecer extremamente humana, enquanto oferece aventuras coloridas, desenhadas com nervosismo e intensidade.
Os restantes 4 finalistas para o prémio eram:
- Goodnight Paradise, escrita por Joshua Dysart, desenhada por Alberto Ponticellie e publicada em França pela Panini Comics (original da TKO Studios)
- Pulp, escrita por Ed Brubaker, desenhada por Sean Philips e publicada em França pela Delcourt (original da Image)
- Shanghai Red, escrita por Christophe Sebela, desenhada por Josh Hixson e publicada em França pela Hi Comics (original da Image)
- Wonder Woman Dead Earth, escrita e desenhada por Daniel Warren Johnson e publicada em França pela Urban Comics (original da DC Comics)
Pela primeira vez desde a instituição deste prémio, uma das obras nomeadas tem edição portuguesa – Pulp, pela G. Floy.
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.