Dylan Dog: O Número Duzentos

Dylan Dog: O Número Duzentos

Por Barbato e Brindisi.

Com O Número Duzentos, é publicada no nosso país a nona banda desenhada retirada da série mensal italiana de Dylan Dog. O facto da editora Bonelli privilegiar as estórias autocontidas em cada número e sem grande relação cronológica entre si, permite a que os editores estrangeiros publiquem não só os números que consideram mais relevantes como na ordem que entendam, sem que tal prejudique a leitura.

Deste modo, no nosso país tanto foram publicadas as bandas desenhadas dos números 74 e 81 (originais dos anos 1992 e 1993) como dos números 371 e 383 (de 2017 e 2018), com várias outros números intermédios.

Tal como o nome indica, O Número Duzentos corresponde à BD publicada no número 200 da série mensal, tendo sido originalmente publicada a cores – tal como é da praxe com os números redondos na editora italiana – em 29 de abril de 2003. A edição portuguesa na Colecção Aleph de A Seita faz-se a preto e branco, em consonância com os demais volumes da coleção. Trata-se do nono volume desta coleção, sendo o sétimo editado por A Seita.

Conjuntamente com o décimo volume da coleção, O Número Duzentos, da autoria de Paola Barbato e Bruno Brindisi, foi publicado o mês passado, em pleno Amadora BD 2021, trazendo algumas revelações sobre o detetive do pesadelo.

Clique nas imagens para as visualizar em toda a sua extensão:

Eis a sinopse da editora:

No início da sua carreira como detective do pesadelo, Dylan Dog recorria aos dotes “habilidosos” de Groucho… Mas tudo muda quando enfrentam o seu primeiro monstro real. E como deixou ele a polícia, mudando-se para a lendária casa de Craven Road? São muitas as revelações inéditas sobre o passado do Detective do Pesadelo que vão descobrir neste volume, em que o leitor fica a saber tudo aquilo que queria mas nunca tinha ousado perguntar.
O título deste volume, O Número Duzentos, remete para o número da edição original italiana em que foi publicada, mas também ao número do prédio onde o Comissário Bloch vive, e que vai ser cenário dos momentos mais decisivos da história. Nesta história, o leitor vai assistir a um conjunto de revelações inéditas: ficaremos a saber como Groucho se tornou assistente do herói, como Dylan se estabeleceu em Craven Road e se tornou um detective do oculto, descobrimos também que caiu no alcoolismo após a morte de Lillie, e que Groucho e Bloch foram decisivos para que Dylan conseguisse libertar-se do vício. Uma história emotiva e absolutamente definidora da trajectória de uma das mais interessantes personagens dos fumetti, e que, embora possa perfeitamente ser lida de forma autónoma, faz também a ponte com outros episódios marcantes da saga do detective do pesadelo, como Até que a Morte vos Separe (de que é de certa maneira uma sequela) e O Imenso Adeus.

Paola Barbato, a primeira mulher a escrever uma história de Dylan Dog e uma das mais populares e prolíficas argumentistas da série, nasceu 1971, e desde que se recorda que sempre escreveu. Em 1996, convenceram-na a apresentar os seus trabalhos em várias editoras, incluindo na Sérgio Bonelli Editore, na redação de Dylan Dog, série de quem era fã. Contactada pelo editor Mauro Marcheselli, veio a escrever um álbum de Groucho, Il cavaliere di sventura, publicado no especial La preda umana. A sua entrada na série mensal ocorreu em 1999 com Il Sonno della ragione (#157), e daí para cá, tornou-se numa das principais autoras da série e numa autora fundamental no desenvolvimento do universo dylaniano. Os seus trabalhos para a Bonelli não se esgotam em Dylan Dog, desenvolvendo argumentos para um extenso conjunto de publicações. Foi galardoada com o Prémio Scerbanenco (que premeia romances policiais) pelo seu romance Mani Nude, e por duas vezes com o Gran Guinigi, primeiro na qualidade de melhor argumentista de 2013, e em 2017, com Corrado Roi, com Ut, para melhor série.

Bruno Brindisi, oriundo de uma família de artistas, nasceu em 1964. Autodidata, com apenas dezanove anos fundou a Scuola Salernitana com Roberto De Angelis e Luigi Siniscalchi, com quem publicou a revista amadora Trumoon. A sua carreira profissional começa em 1986, desenhando histórias eróticas para a Blue Press e a Ediperiodici. Em 1990, com apenas vinte cinco anos, entra na Bonelli, desenhando alguns episódios de Nick Raider, até entrar na equipa de Dylan Dog, série onde se vai estrear com a aventura Il Male, escrita por Tiziano Sclavi. Desenhou inúmeras outras personagens para a editora, e desenvolveu projetos para o mercado franco-belga. Em 2015, foi galardoado com o prémio Romics d’Oro, apenas um de inúmeros prémios e reconhecimentos que recebeu pelo seu trabalho.

Dylan Dog: O Número Duzentos
Paola Barbato & Bruno Bindisi
Editora: A Seita
Páginas: 104, preto e branco
Encadernação: capa dura
Dimensões: 23 x 16 cm
ISBN: 978-989-53150-9-3
PVP: 13,00€

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