Grande Prémio da Crítica ACBD 2022

Grande Prémio da Crítica ACBD 2022

Obra de Elene Usdin vence o Grand Prix de la Critique ACBD 2022.

A Association des Critiques et journalistes de Bande Dessinée – ACBD galardoou com o seu Grande Prémio da Crítica 2022 a obra René.e aux bois dormants de Elene Usdin (n. 1971), publicada em França pela editora Sarbacane.

Como Alice no País das Maravilhas, René procura um coelho, o seu peluche, desaparecido misteriosamente. A sua demanda leva o menino a um mundo estranho e belo, onde questiona as suas origens, não se sentido bem em casa – principalmente com a sua mãe, com quem ele não se parece. Em René.e aux bois dormants, o seu primeiro livro de banda desenhada, a ilustradora e fotógrafa Elene Usdin questiona o destino dos filhos de povos autóctones raptados das suas famílias no Canadá na década de 1960, trabalhando também a questão da identidade do género. Fá-lo de uma forma onírica, com um grafismo rico, poderoso e muito colorido.

Clique nas imagens para as visualizar em toda a sua extensão:

Recorde-se que o álbum foi selecionado a partir de cinco títulos de primeira escolha pelos membros da ACBD, onde também se incluíam:

  • Écoute, jolie Márcia, de Marcello Quintanilha (ed. Çà et Là)
  • Le Grand Vide, de Léa Murawiec (ed. 2024)
  • Les Grands Cerfs, de Gaëtan Nocq, baseada na obra de Claudie Hunzinger (ed. Daniel Maghen)
  • Jours de sablede Aimée de Jongh (ed. Dargaud Benelux)

Por sua vez, estes 5 finalistas já tinham sido selecionados a partir de 15 obras selecionadas, onde também se incluíam:

  • #J’accuse, de Jean Dytar (ed. Delcourt)
  • 1984, de Xavier Coste, baseada na obra de George Orwell (ed. Sarbacane)
  • Dessiner encore, de Coco (ed. Les Arènes BD)
  • Grand Silence, de Sandrine Revel e Théa Rojzman (ed. Glénat)
  • Madeleine, résistante T1, La Rose dégoupillée, de Jean-David Morvan e Dominique Bertail (ed. Dupuis)
  • Mademoiselle Baudelaire, de Yslaire (ed. Dupuis)
  • Mater, de Stanislas Moussé (ed. Le Tripode)
  • Mégafauna, de Nicolas Puzenat (ed. Sarbacane)
  • Sur un air de fado, de Nicolas Barral (ed. Dargaud)
  • Le Tambour de la Moskova, de Simon Spruyt (ed. le Lombard)

Como é habitual, o panorama editorial nacional permanece alheio aos vencedores e finalistas deste Prémio ano após ano. Saliente-se, contudo, que este ano foram publicadas no nosso país 3 obras, as inicialmente selecionadas 1984 de Xavier Coste (Relógio d’Água, 2021) e Ao Som do Fado de Nicolas Barral (Levoir, 2020), bem como a BD finalista Escuta, Formosa Márcia de Marcello Quintanilha (Polvo, 2021).

Deixa um comentário