Escorpião Azul em 2022

Escorpião Azul em 2022

Os resultados de 2021 e plano para 2022.

Os 3 livros da Escorpião Azul mais vendidos em 2021 foram publicados em anos anteriores. A edição integral de Júpiter de Ricardo Lopes data de fevereiro de 2020, enquanto a 2.ª edição de Sintra (revista e aumentada) remonta a 2019. Quanto a O Penteador de Paulo J. Mendes, é uma obra também publicada em fevereiro de 2020.

Publicações de 2021

Após um crescimento quanto ao volume anual de obras publicadas até ao ano pré-pandémico 2019, quer em 2020 quer em 2021, a Escorpião Azul editou menos obras, sendo as do ano passado as primeiras após terem atingido a marca dos 50 livros de BD publicados.

Quanto a esta diminuição do número anual de edições, Jorge Deodato, um dos fundadores da editora, refere que “em 2019, estávamos convencidos que poderíamos manter, nos anos seguintes, 12 novidades por ano. Mas, com a pandemia, a questão mudou e tivemos que reorganizar o plano para 7 ou 8 novidades por ano.

Nos 2 anos de pandemia de COVID-19, as vendas da editora não corresponderam ao planeado. “Com os dados que temos acumulados, podemos dizer que estamos abaixo do previsto“, afirma Jorge Deodato. “Sem dúvida que os certames realizados no 2.º semestre do ano foram uma lufada de oxigénio para a nossa editora“, conclui, referindo-se à realização dos festivais internacionais de BD de Beja e Amadora.

Em 2021, a editora lançou livros de António Rocha, Carlos Páscoa, Carlos Pais, Andrea Ferraris, Ricardo Santo, Horácio Gomes e Derradé. Dos álbuns publicados em 2021, 5 são de autores que nunca tinham sido editadas pela Escorpião Azul em obras a solo, alguns deles com o seu primeiro livro de banda desenhada. O foco em autores nacionais persistiu também em 2021, sendo, das 7 obras publicadas, apenas 1 de autor estrangeiro. Das obras portuguesas, a editora é da opinião que Vazio de Carlos Páscoa mereceria ter tido mais atenção do público e crítica.

Publicações em 2022

Quanto ao ano de 2022, “já no mês de janeiro temos Ekko do Agonia Sampaio, que retrata um pouco a pandemia porque temos passado num futuro longínquo“, revela Jorge Deodato. “No mês de fevereiro vai sair Urlo da dupla italiana Luca Conca, no desenho, e Glória Ciapponni, no argumento, uma grande aposta  por parte da nossa editora no género terror/suspense para o início do ano. Em março vai sair a obra do João Amaral com o título Rattlesnake, um western um pouco diferente do normal. No mês de maio, iremos lançar a série Ermal num único volume com uma série de extras. Existem outras obras em perspetiva. Vamos ver como corre a primeira fase do ano vindouro“.

Um dos autores estrangeiros cuja obra tem vindo a ser publicada pela Escorpião Azul é Miguel Angél Martín, ausente da lista das novidades da editora no ano passado. “Vamos dar continuidade à edição de toda a obra do Miguel Ángel Martín“, esclarece Jorge Deodato. Em 2022, “vamos lançar o Cyberfreak do autor, que era suposto sair em 2021.

O futuro

Questionado sobre se os outrora anunciados livros de MAF, de Inês Fetchónaz e de Diogo Lourenço com Maggie BC ainda seriam lançados pela Escorpião Azul, Jorge Deodato responde que “a única obra que será lançada das referidas será o livro Guerra nas Margens do Rovuma do MAF, sem data neste momento para ser editado“.

Uma das filosofias da editora é publicar livros portáteis e acessíveis de autores portugueses, trabalhando com edições em capa mole e quase sempre obras não coloridas, inclusivamente quando originalmente concebidas a cores. A recente publicação de O Coração na Boca de Horácio Gomes levou-nos a questionar a editora se está nos seus planos continuar a apostar em bandas desenhadas a cores. “Vamos dar continuidade à publicação de obras a preto e branco, bem como algumas a cores de autores portugueses e não só“, responde Jorge Deodato.

Sendo o catálogo da Escorpião Azul maioritariamente constituído por autores portugueses, mas contendo também obras originalmente publicadas em Espanha e na Itália, perguntámos à editora se estava nos seus planos expandir o catálogo para outros continentes. “Neste momento, não tencionamos publicar obras de origem que não seja a Europa“, afirma Jorge Deodato.

Quanto ao futuro próximo, com 5 das edições de 2022 já confirmadas, é uma questão de aguardar pelas novidades que a editora disponibilizará aos leitores no restante ano.

Deixa um comentário