Branco em Redor

Branco em Redor

De Wilfrid Lupano e Stéphane Fert.

Em março, a editora Arte de Autor publica a banda desenhada Branca Em Redor, da autoria de Wilfrid Lupano e Stéphane Fert. Esta BD foi originalmente publicada em França, em 15 de janeiro de 2021, pela Dargaud.

Segundo a editora portuguesa, esta obra “revela-nos o percurso conturbado e verídico de uma escola no Connecticut do século XIX, onde a liberdade, igualdade de género, direito à educação, antiracista e a segregação social são abordadas, temas que ainda hoje em dia estão na agenda mundial. A capacidade de luta de Prudence Crandall e das suas jovens alunas num contexto social hostil é um exemplo que permanecerá por muito tempo na memória dos leitores. É também e antes de tudo um livro político, no sentido pleno da palavra, que atesta a longa marcha dos negros americanos rumo à integração e a luta das mulheres para alcançar, nas mesmas bases que os homens, uma educação digna de seu nome.

Clique nas imagens para as visualizar em toda a sua extensão:

Eis a sinopse da editora:

Esta história, inspirada em factos reais, desenrola-se no ano de 1832, em Canterbury, uma pequena cidade tranquila do Connecticut, trinta anos antes da abolição da escravatura. Na região norte dos Estados Unidos, esta já fora abolida. Aqui, os negros são «livres», mas não têm nenhum direito de cidadania. Negros, aliás, há muito poucos. E a maioria branca que ali vive pensa, muitas vezes, que, ainda assim, são de mais…
Prudence Crandall administra uma escola para meninas. Um dia, uma menina negra pede para se inscrever. É o início de uma batalha entre a “comunidade” de Canterbury e a escola, que se tornará a primeira escola exclusiva para meninas negras nos Estados Unidos.
Classificado como local histórico nacional, o museu Prudence Crandall, vestígio da Canterbury Female Boarding School, comprometeu-se com a luta pela equidade na educação, inscrevendo a escola no coração da história da luta mundial pelos direitos cívicos e encorajando o seu público a tomar parte no debate cívico e nas acções civis.

Wilfrid Lupano nasceu em Nantes, em 1971, mas é em Pau que passa a maior parte da sua infância, rodeada da banda desenhada dos pais. Mais tarde, trabalha nos bares para financiar os seus estudos – um pouco de filosofia e uma licenciatura em inglês -, onde se encontra com dois futuros amigos e associados, Roland Pignault e Fred Campoy. Juntos, realizam um western humorístico, Little Big Joe (Delcourt), cujo primeiro livro aparece em 2001. Reincide com Virginie Augustin e Alim le tanneur, uma história fantástica em quatro volumes, que termina em 2009. Entretanto, a sua carreira está lançada, e seguem-se os títulos: L’assassin qu’elle mérite, L’Homme qui n’aimait pas les armes à feu, Le Singe de Hartlepool, Azimut… Em 2014, Wilfrid Lupano obtém o Prémio de Melhor Policial em Angoulême com Ma Révérence.  Para a Delcourt, escreve o argumento mudo de Un océan d’Amour para Gregory Panaccione, galardoado com o prémio BD Fnac 2015. Na Dargaud, a série Les Vieux Fourneaux, com Paul Cauuet no desenho, tem um enorme sucesso. Esta comédia social com fragrâncias de luta de classes e de choque das gerações foca-se em três septuagenários, amigos de infância, bem decididos a aproveitar o pouco tempo que lhes resta… Para irritar o mundo! Uma história que mescla humor, ternura, nostalgia, temas de sociedade (trabalho, ecologia, política,…) e uma certa visão do mundo atual. Esta série é recompensada com o Prémio do Público – Cultura em Angoulême em 2015. Em 2017, colabora com Mathieu Laufray na série Valérian par… com o álbum Shingouzlooz.Inc. Em 2018, além do argumento do 5.º livro de Les Vieux Fourneaux, Wilfrid Lupano também assina o guião do filme homónimo. Dirigido por Christophe Duthuron, conta com Pierre Richard, Eddy Mitchell e Roland Giraud nos respetivos papéis de Pierrot, Mimile e Antoine. Em 2019, continuou as aventuras da série infantil Loup en Slip com Mayana Itoïz, cujo primeiro livro foi publicado em 2016. Nesta série, as fortes e gritantes temáticas sociais da atualidade, queridas ao autor, são abordadas tendo em conta a idade dos jovens leitores. Em 2020, Wilfrid Lupano termina o ano em fanfarra, com três publicações esperadas: as continuações das séries Les Vieux Fourneaux e Le Loup en Slip, mas também um one-shot, Branco ao Redor, desenhado por Stéphane Fert.

Stéphane Fert, após muitas horas de jogos de papel, rabiscos à margem de cadernos de aula, uma passagem pelas belas artes e alguns anos de estudos na animação, opta por trabalhar na ilustração e na banda desenhada. Começa por publicar em grupos como Jukebox ou Café Salé. Em 2016, desenha e escreve, com Simon Kansara, Morgana (Delcourt), que se propõe derrubar a Távola Redonda, abordando a lenda artúrica do ponto de vista de Morgana. Em 2017, ilustra Quand le cirque est venu (Delcourt), uma BD de Wilfrid Lupano sobre a liberdade de expressão. Lança-se depois a solo, em 2019, com uma BD sobre bruxas, Peau de Mille Bêtes (Delcourt), questionando a representação dos géneros no conto de fadas. Em 2020, trabalha novamente com Wilfrid Lupano em Branco em Redor (Dargaud), um one-shot baseado numa história verdadeira, que aborda o afro-feminismo no século XIX. Entre as suas influências, Stéphane cita Mary Blair, Mike Mignola, Lorenzo Mattotti ou ainda Alberto Breccia. A pintura também tem um lugar muito importante nas suas inspirações.

Para mais informações ver o vídeo:

https://youtu.be/Z_gTfWPxRWQ

Branco em Redor
WILFRID LUPANO, STÉPAHNE FERT
Editora: Arte de Autor
Páginas: 144, a cores
Encadernação: capa dura
Dimensões: 210 x 285 mm
ISBN: 978-989-9094-07-9
PVP: 27,00€

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