Wild West 2: Wild Bill

Wild West 2: Wild Bill

Por Thierry Gloris e Jacques Lamontagne.

No mês em que o terceiro tomo da série Wild West, da autoria de Thierry Gloris e Jacques Lamontagne é publicado no mercado franco-belga pela editora Dupuis, a Ala dos Livros publica o segundo volume da série, subintitulado Wild Bill, no nosso país.

Tendo o primeiro volume sido publicado entre nós há 7 meses (cf. previews aqui e crítica aqui), o qual romanceava a origem de Martha Jane Canary-Burke (1852-1903), a lendária mulher do Velho Oeste, este segundo volume tem como subtítulo o nome pelo qual ficou conhecida outra lenda do Oeste, James Butler Hickok (1937-1876), personagem que os leitores já conheceram no tomo anterior. A edição original deste volume na Bélgica ocorreu em 5 de março de 2021.

Clique nas imagens para as visualizar em toda a sua extensão:

Eis a sinopse da editora:

James Butler Hickok, que ficou para a história com o nome de Wild Bill Hickok, é uma das muitas personagens do Oeste Americano imortalizadas através do cinema, da televisão ou até de inúmeras novelas. Mas como é que os caminhos de Martha Cannary, a célebre Calamity Jane, se cruzam com os de Wild Bill, esse veterano da Guerra Civil Americana que se tornou caçador de prémios e justiceiro por conta própria? Wild West é um western deslumbrante que nos transporta ao coração do Oeste Americano, um mundo selvagem sem fé e sem lei. No rescaldo da guerra civil, com as guerras índias ao rubro, Wild Bill procura os assassinos de um crime que jurou vingar. Mortos ou vivos. E é neste território a ferro e fogo que encontrará Martha novamente.

Thierry Gloris (n. 1974), nascido em Franche-Comté, França, passa a infância a sonhar diante dos álbuns de Astérix, de Gaston Lagaffe ou de Sylvain et Sylvette, dizendo a si mesmo que os seus antepassados eram definitivamente ruivos e muito inteligentes. Depois de um bacharelado científico que tirou para tranquilizar os pais, matricula-se na Faculdade de História onde obtém um DEA (diploma de estudos aprofundados). Reconhecendo que a História, tal como a literatura do século XIX, com autores como Zola, Balzac, Edgar Allan Poe e Maupassant, são uma das suas principais fontes de inspiração, concluirá que, se escrever é fácil, o talento não é inato. Um clique ocorre com o nascimento da sua filha e Thierry Gloris decide realizar o seu sonho de infância: escrever argumentos de banda desenhada. Depois de ter visto o trabalho de Mickaël na net e de ter ficado seduzido pelo seu universo, Thierry envia-lhe um argumento: surgem assim as primeiras pranchas da futura série Codex Angelique, que será publicada pela editora francesa Delcourt. A partir de então, Gloris irá colocar toda a sua imaginação em séries muitas vezes alimentadas pela História e todas elas caracterizadas pela inventividade. São de sua autoria obras como Waterloo 1911Malgré nousMissi Dominici, Souvenirs d’un ElficologueAspic, Détectives de l’Étrange (com os primeiros 3 livros ilustrados por Jacques Lamontagne), Tokyo HomeMeridiaChamps d’honneurUne Génération Française ou Bushido. Com mais de 40 álbuns no seu curriculum, Thierry Gloris tem demonstrado um certo gosto pela História, pelo fantástico, mas também por alguns temas como a identidade e o mistério.

Jacques Lamontagne (n. 1961), natural de Quebeque, no Canadá, começa por desenhar nos cadernos escolares. Em vez de puni-lo, as freiras responsáveis pela sua educação pedem-lhe que represente cenas religiosas no quadro! Um primeiro contrato editorial que lhe rendeu um salário em doces, mas acima de tudo o vírus da publicação. Depois de confirmado o seu gosto pelos livros ilustrados, o pequeno Jacques viaja com Tintin, ri com Gaston, descobre Spirou e considera o presente dos seus autores favoritos como uma espécie de poder mágico inatingível. Jacques descobre rapidamente que também possui esse poder, mas opta por não o exercer imediatamente na banda desenhada. Começa por colaborar em agências de publicidade, onde chega a diretor artístico, mas escolhe desistir para se tornar ilustrador freelance. Trabalha depois com agências de publicidade, editoras e revistas da América do Norte e Europa. Essa multiplicidade de contratos é uma oportunidade para experimentar vários estilos gráficos. Um cliente mostra-lhe o trabalho de um ilustrador popular? Jacques mostra-se capaz de reproduzir a sua técnica, o que rapidamente lhe rendeu uma sólida reputação de artista ultraversátil. Com o seu desenho por vezes realista, por vezes mais redondo, a sua abordagem é semelhante à de Uderzo, um artista que o inspira, capaz de passar do humor à aventura com uma facilidade desarmante… No final dos anos 90, Jacques trabalha para a revista humorística Safarir, onde realiza “Bertrand le rêveur”, um personagem capaz de transformar qualquer cena da vida quotidiana em cena de cinema. Assina igualmente Les Contes d’Outre-Tombe, uma série fantástica que lhe rendeu fãs incondicionais. Trabalhando em simultâneo em capas de vários romances (por exemplo, a série Amos Daragon), Lamontagne impõe-se um outro desafio: tornar-se autor de banda desenhada a tempo inteiro. A internet permite-lhe fazer viajar o seu trabalho e Jacques efectua propostas a editoras europeias. O sucesso da sua primeira série é imediato – Les Druides, publicada pela Soleil, que conta com argumento de Jean-Luc Istin. Em 2009, ainda na Soleil, Jacques Lamontagne faz o argumento da primeira aventura da série Yuna, colocada em imagens pelo desenhador chinês Ma Yi. Em 2010, o primeiro volume da série Aspic, détectives de l’étrange surgiu com a chancela da Quadrants. Escreve, em simultâneo, o argumento de Van Helsing contre Jack l’Éventreur para a coleção 1800. Este díptico irá valer-lhe o prémio Albéric Bourgeois. Jacques Lamontagne publica depois três álbuns de Shelton & Felter nas edições Kennes. Em 2020, na Dupuis, assina o desenho do primeiro volume do western Wild West, com argumento de Thierry Gloris, emprestando o seu traço poderoso a uma certa Martha Jane Canary, que ficará para a história como Calamity Jane…

Para mais informações ver o vídeo:

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Wild West vol. 2: Wild Bill
Thierry Gloris & Jacques Lamontagne
Editora: Ala dos Livros
Páginas: 56, a cores
Encadernação: capa dura
Dimensões: 235 x 310 mm
ISBN: 9789895303991
PVP: 16,90€

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