FIBD Angoulême 2022: Todos os Prémios

FIBD Angoulême 2022: Todos os Prémios

Os Prémios de Angoulême em 2022.

O ano de 2022 tornou a ser um ano atípico para o Festival Internacional de Banda Desenhada de Angoulême. Adiado para março, foram recentemente divulgados os laureados com os diversos prémios do Festival.

O Grand Prix do 49.º Festival internacional de BD de Angoulême foi atribuído à canadiana Julie Doucet (n. Montréal, 1965), autora que se tornou especialmente conhecida graças às suas obras autobiográficas Dirty Plotte (premiada com o Harvey para Melhor Novo Talento em 1991) e My New York Diary (galardoado com o prémio Firecracker na categoria de banda desenhada em 2000).

Eis os restantes laureados:

  • Fauve d’Or – Prix du meilleur album: Écoute jolie Márcia, de Marcello Quintanilha (Éditions çà et là)
  • Fauve d’Angoulême – Prix spécial du jury: Des vivants, de Raphaël Meltz, Louise Moaty & Simon Roussin (Éditions 2024).
  • Fauve d’Angoulême – Prix de l’audace: Un visage familier, de Michel Deforge (Atrabile)
  • Fauve d’Angoulême – Prix révélation: La vie souterraine, de Camille Lavaud Benito (Les requins marteaux)
  • Fauve d’Angoulême – Prix de la série: Spirou, l’espoir malgré tout, troisième partie, de Émile Bravo (Dupuis)
  • Fauve d’Angoulême – Prix du patrimoine: Stick Rubber Baby, de Howard Cruse (Casterman)
  • Fauve Polar SNCF: L’entaille, de Antoine Maillard (Cornélius)
  • Prix Éco-Fauve Raja: Mégantic, un train dans la nuit, de Anne-Marie Saint-Cerny & Christian Quesnel (Écosociété)
  • Fauve d’Angoulême – Prix du public France Télévisions: Le grand vide, de Léa Murawiec (Éditions 2024)
  • Fauve Prix de la BD alternative: Bento, de Radio as Paper (França)
  • Fauve Jeunesse 8-12 ans: Bergères guerrières, de Jonathan Garnier & Amélie Fléchais (Glénat)
  • Fauve Jeunesse 13-16 ans: Snapdragon, de Kat Leyh (Kinaye)
  • Fauve des Lycéens: Yojimbot t.1, de Sylvain Repos (Dargaud)

Por seu turno, os alunos elegeram a sua banda desenhada favorita:

  • Prix des écoles d’AngoulêmeLa sentinelle du petit peuple 1, de Carbone, Barrau & Forns (Dupuis)
  • Prix des collègesUrbex, de Clarke & Dugomier (Le Lombard)
  • Prix des lycéesGrand silence, de Thea Rojzmann & Sandrine Revel (Glénat)

Quanto ao Prémio René Goscinny para o melhor argumento, este ano apresentou duas categorias, uma delas dedicadas a jovens argumentistas:

  • Prix René Goscinny du Meilleur scénario: Jean-David Morvan & Madeleine Riffaud, em Madeleine, Résistante: la Rose dégoupillée (Dupuis/Aire libre)
  • Prix René Goscinny du Jeune scénariste: Raphaël Meltz & Louise Moaty, em Des Vivants (Éditions 2024)

A manga traduzida para francês tem também direito a um prémio próprio, o Prix Konishi. A obra galardoada foi Blue Period de Tsubasa Yamaguchi, traduzida por Nathalie Lejeune.

Quanto ao Prix Tournesol 2022, que premeia o álbum mais sensível aos problemas ecológicos ou aquele que aborda valores como a justiça social, a defesa das minorias ou a cidadania, já tinha sido anunciado em fevereiro, tendo sido atribuído a Le Potager rocambole, la vie d’un jardin biologique, da autoria de Luc Bienvenu & Laurent Houssin (Futuropolis).

O Prix de la BD du Musée de l’histoire de l’immigration foi atribuído a Les saveurs du béton, da autoria de Kei Lam (Steinkis).

Refira-se que o Prémio da BD Fnac France Inter, entretanto desligado do Festival de Angoulême, já tinha sido anunciado no início do ano:

  • Prix de la BD Fnac-France Inter1984, de Xavier Coste, baseada na obra de George Orwell (Sarbacane)

No final do ano passado, já tinha sido também desvendado o álbum galardoado com o Prix du jury œcuménique de la bande dessinée 2022:

  • Prix du jury œcuménique de la bande dessinée: Blanc Autour, de Wilfrid Lupano & Stéphane Fert (Dargaud)
  • Mention spéciale du jury œcuménique: Grande Silence, de Thea Rojzmann & Sandrine Revel (Glénat)

No âmbito do festival Off to Off, que promove a cerimónia anti-prémios de Angoulême, foram galardoados três autores:

  • Prix “Couilles au cul” (que valoriza a coragem dos autores de banda desenhada) foi atribuído à marroquina Zainab Fasiki, autora de Hshouma – Corps et sexualité au Maroc (Massot Éditions)
  • Prix Schlingo (que premeia o humor poético e delirante, herdeiro da obra de Charles Schlingo) teve direito a dois prémios, o de 2021 e de 2022, dado não se ter realizado o festival o ano passado. Foi atribuído, respetivamente, à banda desenhada American Dream, de Bazil (Bang ediciones) e Francis en vacances, de Claire Bouilhac & Jake Raynal (Cornélius).

Como vem sendo hábito, a maioria dos álbuns premiados este ano em Angoulême encontram-se inéditos no nosso país e a maioria dos seus autores também. E se se analisar as obras nomeadas, verificar-se-á uma situação praticamente idêntica.

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