Prémios Bandas Desenhadas 2022: Nomeações de Primavera

Prémios Bandas Desenhadas 2022: Nomeações de Primavera

As Nomeações do 2.º Trimestre de 2022 dos Prémios Bandas Desenhadas.

Como tínhamos anunciado, desvendamos hoje a segunda lista de Nomeados da 4.ª edição dos Prémios Bandas Desenhadas. As obras elegíveis para as Nomeações de Primavera são as constantes dos relatórios mensais referentes ao 2.º trimestre do ano do site Bandas Desenhadas, bem como as adições relativas a esse período posteriormente realizadas nos relatórios seguintes até à presente data. Apesar das exaustivas avaliações, não foi possível aceder à totalidade das 102 obras publicadas nesse período, estando salvaguardado o direito de poder vir a considerá-las para as Nomeações Extemporâneas finais.

O júri deliberou em nomear a banda desenhada Dante de Luís Louro, editada pela Ala dos Livros, para a categoria de Melhor Publicação Nacional com Distribuição Comercial, atendendo ao equilíbrio verificado entre o argumento e ilustração da obra, na qual o veterano autor realiza um pot-pourri de referências do nosso imaginário coletivo.

Quanto às categorias de Melhor Publicação Nacional com Distribuição Alternativa e Melhor Argumento Nacional, os jurados foram conquistados pela obra Os Olhos que Escutam o Mundo, um livro inspirado na vida e obra de António Aragão, com textos do próprio, com corte, costura e alinhavos de Roberto Macedo Alves, criado em conjunto por este e Alexandra Esteireiro, Francisco Branco, Paola Rivas e Válter de Sousa e editada pela Secretaria de Regional de Turismo e Cultura da Região Autónoma da Madeira. A obra não só sabe escapar das habituais armadilhas que tornam as biografias em BD muito pouco interessantes, como consegue criar uma obra irreverente, a qual provavelmente agradaria às diferentes facetas de Aragão. Inclusivamente, cada ilustrador foi responsável por uma faceta diferente, o que origina que cada prancha seja criada por diversos ilustradores. Congratulam-se os autores pela criação da obra, bem como a Secretaria de Regional de Turismo e Cultura da Região Autónoma da Madeira por editar uma obra deveras interessante.

No que toca à Melhor Ilustração em Obra Nacional, os jurados nomearam CoBrA: Operação Goa, ilustrado por Daniel Maia, uma banda desenhada editada pela Ala dos Livros. Com este álbum, Maia prova a sua versatilidade enquanto ilustrador, numa obra mais extensa do que aquelas a que nos habituou – sendo, inclusivamente, o primeiro de uma anunciada série -, a qual regala o olhar dos leitores.

Para a categoria de Melhor Antologia, o júri nomeou a obra Ditirambos vol. 3: Fauna, com trabalhos de André Caetano, Carla Rodrigues, Diogo Carvalho, Francisco Ferreira, Joana Afonso, Nuno Filipe Cancelinha, Raquel Costa, Ricardo Baptista, Sofia Neto e Sónia Mota, atendendo a num único volume estarem reunidas algumas das melhores bandas desenhadas curtas que os jurados leram neste período.

Quanto à Melhor Banda Desenhada Curta em Antologia, a BD “Uma Chuva Miudinha” de Susa Monteiro, publicada na antologia Venham +5 n.º 12, editada pela Bedeteca de Beja, foi a elegida pelo júri, na qual o grafismo de Susa se alia a uma curta narrativa poética sobre a perda.

Quanto às publicações estrangeiras, após muita deliberação, a nomeação para a Melhor Publicação Estrangeira foi para A Bomba (publicada em 2 volumes) de Alcante, Laurent-Frédéric Bollée e Denis Rodier, editada pela Gradiva. Para além da qualidade do trabalho gráfico, os autores conseguem recontar a história da bomba atómica de uma forma extraordinária. A obra foi também nomeada para Melhor Argumento em Obra Estrangeira.

Quanto à nomeação para Melhor Ilustração em Obra Estrangeira, muitas obras foram veras candidatas. O júri elegeu A Vingança do Conde Skarbek, ilustrado por Grzegorz Rosinski e editado pela Arte de Autor.

A obra Lucky Luke: Os Choco-Boys, da autoria de Ralf König, editada por A Seita, foi nomeada para Melhor Publicação de Humor. Para além do divertido retrato que König realiza do cowboy que disparam mais rápido que a própria sombra, a obra marca ainda a primeira publicação nacional de uma obra deste veterano autor.

O Combate Quotidiano, da autoria de Manu Larcenet, foi a escolha do júri para a Melhor Série de Publicações. relembre-se que esta categoria avalia não só avaliam não só as bandas desenhadas propriamente ditas, mas também o seu suporte físico e a qualidade dos conteúdos extras à própria BD. Esta série coeditada pela Arte de Autor e A Seita, a par com a multipremiada banda desenhada O Relatório de Brodeck, constituem o expoente máximo da obra do autor até ao momento.

Os jurados nomearam para a categoria de Melhor Edição, a edição integral de Mausart, da autoria de Thierry Joor e Gradimir Smudja, editado pela Arte de Autor. Por um lado, congratula-se a editora em compilar num único livro os dois tomos originais com a fantástica arte de Smudja. Por outro, destaca-se o extenso conjunto de páginas extras colocadas no final do volume.

Por fim, para a categoria de Melhor Reedição, foi nomeada Corto Maltese vol. 11: As Helvéticas, de Hugo Pratt, editada pela Arte de Autor. um volume em capa dura, com papel e impressão de qualidade, impresso a preto e branco, com um dossier complementar colorido, ofuscando as anteriores edições nacionais desta importante obra da história da banda desenhada.

Apresenta-se de seguida a lista completa das Nomeações dos Prémios Bandas Desenhadas 2022:

Nomeações de 2022


Próximas Datas

Nomeações de Verão dos Prémios Bandas Desenhadas 2022

Entretanto, continuamos a trabalhar na 4.ª edição dos Prémios Bandas Desenhadas, referentes às obras publicadas em 2022. Como é habitual, a data de anúncio dos nomeados referentes às obras publicadas no 3.º trimestre de 2022 mantém-se a 22 de outubro. Relembramos os editores e autores que a data-limite para a receção das obras editadas entre 01 de julho e 30 de setembro de 2022 é o próximo dia 15 de outubro. Para qualquer esclarecimento, podem entrar em contacto com o nosso site.

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