Monstros, de Barry Windsor-Smith.
Pelo quarto ano consecutivo, foi divulgado o Prix Comics ACBD de la Critique, dedicado às melhores obras de banda desenhada originalmente editadas em língua inglesa num país anglófono com posterior edição em língua francesa num país francófono no período que o prémio consagra. Como é apanágio dos prémios da Association des Critiques et journalistes de Bande Dessinée (ACBD), pretende distinguir uma obra com uma forte exigência narrativa e gráfica, marcada pela sua pujança, a sua originalidade, a novidade do seu propósito ou os meios que o autor utiliza.
O prémio de 2022 foi atribuído à obra Monstros, da autoria de Barry Windsor-Smith, editada originalmente nos EUA pela Fantagraphics e publicada em França pela Delcourt, com tradução de Marc Duveau. Em Portugal, Monstros foi publicada pela G. Floy.
Segundo a ACBD, Monstros está situada, de forma brilhante, na encruzilhada entre os comics de super-heróis e a banda desenhada independente. Esta verdadeira performance gráfica, digna dos melhores ilustradores, apresenta-se com um enorme poder emocional e intelectual.
Os restantes 4 finalistas para o prémio eram:
- Beta Ray Bill, de Daniel Warren Johnson, traduzido por Benjamin Viette (Panini Comics)
- Raptor, de Dave McKean, traduzido por Sidonie Van Den Dries (Futuropolis)
- Saison de sang, de Simon Spurrier e Matias Bergara, traduzido por Philippe Touboul (Dupuis)
- Toutes les morts de Laila Starr, de Ram V e Filipe Andrade, traduzido por Benjamin Rivière (Urban Comics)
Pela primeira vez desde a instituição deste prémio, a obra vencedora encontra-se editada em Portugal. Ao longo destes 4 anos, somente um dos nomeados do ano passado tinha tido direito a edição portuguesa – Pulp, pela G. Floy.
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.