Até Bob Iger sente o burnout.
Há um projeto de Star Wars a ser gravado na Madeira. Entre os dias 11 e 14 de março, dá-se o encerramento da Estrada Regional 214, desde a Quinta do Lorde até à rotunda da Baía de Abra. Desconhece-se qual é o projeto em concreto, mas aponta-se o nome provável da série Star Wars: The Acolyte.
The Acolyte está a ser filmada desde outubro de 2022, tendo sido desenvolvida por Leslye Headland (Russian Doll). Esta série do Disney+ consistirá em oito episódios, decorrendo no final da Era da Alta República, ou seja, cerca de 100 anos antes de Star Wars: Episódio I – A Ameaça Fantasma. Segue uma ex-Padawan, a qual se reúne ao seu Mestre Jedi para investigar uma série de crimes. O elenco principal inclui Amandla Stenberg como a protagonista, bem como Lee Jung-jae, Manny Jacinto, Dafoe Keen, Jodie Turner-Smith, Rebecca Henderson, Charlie Barnett, Dean-Charles Chapman, Carrie-Anne Moss e Margarita Levieva.
The Acolyte sujeito a um processo
Entretanto, foi recentemente revelado que Star Wars: The Acolyte foi processado judicialmente por Karyn McCarthy, cujos créditos incluem a produção da série House of Cards e a produção executiva da série Ballers. McCarthy alega que houve uma quebra de contrato ao ter sido despedida de The Acolyte poucas semanas depois de iniciar o trabalho nesta série, parecendo dar início a uma verdadeira saga legal, dependendo do tempo que deverá a resolver tal.
O futuro incerto de Star Wars no cinema
Recentemente, Bob Iger, diretor executivo da Walt Disney Company, declarou que o filme Han Solo: Uma História de Star Wars foi diretamente responsável por diminuir a produção de filmes de Star Wars. Iger revelou que, dado o filme ter sido um fracasso de bilheteira, optaram por repensar a cadência de lançamento de filmes, que consideraram ser então um pouco agressiva. Por outro lado, o foco de Iger está na redução das despesas de cada conteúdo, seja série televisiva ou filme.
A verdade é que o futuro dos filmes de Star Wars não está claro. O último sucesso de bilheteria da franquia de ficção científica, Star Wars: Episódio IX – A Ascensão de Skywalker, de J. J. Abrams, foi lançado em dezembro de 2019 e, embora o cânone tenha continuado a se expandir graças a outros media (principalmente com várias séries no Disney+), não existe um plano consistente para projetos destinados ao grande ecrã, existindo diversos projetos que já não estão mais a avançar.
Por um lado, atualmente, a Lucasfilm não está a desenvolver ativamente Rogue Squadron, o projeto que deveria ser encabeçado pela realizadora de Mulher-Maravilha, Patty Jenkins. Por outro lado, aparentemente o estúdio também não está a avançar com o filme Star Wars a ser produzido pelo presidente da Marvel Studios, Kevin Feige. Desconhece-se também em que ponto se encontra a trilogia planeada de Rian Johnson (que está em andamento há alguns anos), mas é conhecimento geral que o realizador está bastante ocupado com os filmes do Detetive Benoit Blanc para a Netflix e a série Poker Face para a Peacock.
Uma notícia mais favorável é a de que está em andamento um filme realizado e escrito por Taika Waititi. No entanto, pouco se sabe sobre o filme, para além de que Waititi terá, provavelmente, também um papel como ator no mesmo.
Outro projeto que ainda está também em desenvolvimento é um filme de Star Wars pela documentarista vencedora de um óscar Sharmeen Obaid-Chinoy, a qual já tem alguma experiência na Disney, tendo realizado dois episódios da série Marvel Studios na Disney+ Ms. Marvel. Aparentemente, encontra-se a colaborar com os guionistas Damon Lindelof e Justin Britt-Gibson nesse projeto.
E o que Bob Iger diz dos futuros produtos da Marvel?
Para além da redução de custos supramencionada nos próximos projetos, no que toca concretamente à Marvel, Iger está preocupado com o excesso de sequelas, acreditando que as mesmas enfraqueceram a reputação da sua marca de “qualidade”. Apesar das sequelas funcionarem frequentemente bem para a Marvel, Iger questiona-se se são necessárias três ou quatro sequelas ou se, ao invés, se deve recorrer a novos filmes com novos personagens.
Menos projetos, menos despesas e menos sequelas parecem ser as palavras de ordem na Disney no que toca a Star Wars e Marvel.
Artigos realizados por colaboradores do Bandas Desenhadas.