Análise de Undertaker vol. 4 – A Sombra de Hipócrates
É costume dizer-se que a dimensão de um herói é definida pela grandeza dos seus inimigos. É assim que Sherlock Holmes tem o seu Professor Moriarty, que Rick Grimes (The Walking Dead) tem o seu Negan ou que Batman tem o seu Joker.
E era apenas isso que faltava à genial série Undertaker: um vilão maior que a vida!
E se já se desconfiava da descida aos infernos na primeira parte deste segundo díptico da série (ver artigo Undertaker 3: Enquanto Deus Descansa!), com este quarto álbum lançado pela Ala dos Livros em Portugal, se dúvidas houvesse, elas desaparecem (cf. imagens de apresentação da obra aquando do seu lançamento aqui)! E, mais uma vez, os créditos vão para Xavier Dorison (argumentista) e Ralph Meyer (desenho).
Na verdade, imaginem num só vilão a mente genial de Moriarty, a violência calculada e sádica de Negan e a loucura extrema de Joker e têm o maior inimigo de Jonas Crow: Jeronimus Quint, o “monstro de Sutter Camp”.
O primeiro díptico de Undertaker (ver artigo O Bom, o Abutre e um Caixão) é consensualmente bom, mas bem poderia tomar o lugar do segundo como um longo flashback, e este ser a história de abertura das aventuras de Jonas Crow (o cangalheiro) e do seu bando, a jovem e bela governanta Rose Prairie, a cozinheira chinesa Madame Lin, e o discreto abutre Jed.
Seja como for, se querem o bom da Banda Desenhada, uma boa história, um bom Western e um bom thriller, mergulhem em Undertaker!
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Amante da literatura em geral, apaixonado pela BD desde a infância, a sua vida adulta passa-a toda rodeado de livros como editor. Outra das suas grandes paixões é o cinema e a sua DVDteca.