Duke – O Fim de Uma Época, o Começo da Nostalgia!

Duke – O Fim de Uma Época, o Começo da Nostalgia!

Análise de Duke vol. 7: Este Mundo Não é o Meu

Há leituras que são feitas rápido demais. O resultado é a perda de pormenores e a incapacidade de crítica por parte do leitor apressado.

Mas também há aquelas leituras que são feitas tão lentamente que a ambiência e o todo são perdidos pela memória atraiçoada do leitor.

Ora, a série Duke é daquelas que são passíveis de serem lidas muito rapidamente e isso, quanto a mim, é o maior erro que o leitor pode cometer nesta obra dos Huppen (Hermann e Yves), a dupla de pai e filho que me encanta há sete volumes.

A Arte de Autor acaba de publicar em Portugal, quase em simultâneo com o mercado franco-belga, o derradeiro episódio de Duke – Este mundo não é o meu –, um último volume que promete atar todas as pontas soltas criadas ao longo da série. Um volume para ler nem depressa nem devagar, para não ser nem simplificado nem complicado. Um álbum que, depois da leitura terminada, nos convida silenciosamente a reler toda a série (ver artigos Aconteceu no Oeste! e Quando a dureza e a violência são reconfortantes!)… só pelo gozo de lermos uma boa história e de estarmos com um dos grandes mestres da Banda Desenhada europeia!

Vamos à história!

Os dois cavaleiros seguem em silêncio ao longo do rio que corre sereno. A sua viagem aproxima-se do fim, sobretudo agora que são chegados à Califórnia e que se aproximam da pequena cidade de Sonora.

Duke Finch quer contorná-la e prosseguir em direcção ao seu objectivo, mas Timothy Swift convence-o a pernoitarem em Sonora. Afinal, nenhum deles se lembra já da última vez em que sentiram o conforto de uma cama verdadeira.

A cidade fervilha de movimento, neste ano de 1866.

Duke está a muitas milhas e a uma vida de distância da pequena cidade de Ogden no Colorado, onde era xerife adjunto do Marshal Sharp e onde esta sua aventura começou.

Depois de deixar Swift a descansar no quarto do hotel, Duke dirige-se ao armeiro local. Os dois amigos estão com falta de munições e os próximos tempos adivinham-se violentos.

Mas Duke não chega à loja pois vê-se colocado do lado errado do cano da Winchester do Xerife de Sonora. É que, embora Ogden fique a quatro Estados de distância, o seu rosto está em cartazes espalhados por todo o Oeste. E por baixo da sua foto figura a temível expressão “Procura-se”.

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