O Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente é adaptado para banda desenhada.
A Levoir prossegue a sua série Clássicos da Literatura em BD, não com o anunciado 29.º volume, mas sim com o 30.º volume, que adapta para a banda desenhada o Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente. A obra original foi representada pela primeira vez em 1517.
A adaptação para banda desenhada esteve a cargo de João Miguel Lameiras (argumento) e Joana Afonso (ilustração). Tal como é habitual, o volume conta com um dossier, o qual é da autoria de José Bernardes, professor da Universidade de Coimbra.
Recorde-se que este é o terceiro volume original da coleção, baseado num clássico da literatura portuguesa, sucedendo-se a Os Maias de Eça de Queirós e Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco, ambos editados aquando da 1.ª fase da série.
Com a publicação deste volume, resta somente à Levoir publicar um volume desta 2.ª fase dos Clássicos da Literatura em BD, o 29.º tomo, dedicado ao clássico Os Desastres de Sofia de Condessa de Ségur.
Depois da adaptação dos clássicos portugueses, Os Maias e Amor de Perdição, o volume 30 da coleção Clássicos da Literatura em BD, Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente (1465-1536), é editado pela Levoir e RTP a 16 de maio.
Esta obra tem ilustração de Joana Afonso, adaptação do argumento de João Miguel Lameiras e o dossier tem a colaboração de José Bernardes professor da Universidade de Coimbra.
Dramaturgo e poeta português, Gil Vicente é o representante maior da literatura renascentista em Portugal. Serviu na corte régia portuguesa, no primeiro terço do século XVI. Concebeu e promoveu o que hoje designamos por espetáculos de teatro. A sua atividade de dramaturgo foi desenvolvida em torno da corte portuguesa, abrangendo os reinados de D. Manuel I e de D. João III, destinava-se sobretudo a assinalar celebrações litúrgicas (Natal e Páscoa) ou acontecimentos que envolviam a família real: nascimentos de príncipes, casamentos, entradas de reis nas cidades, despedidas de infantas que partiam para casar, etc.
O Auto da Barca do Inferno foi representado no quarto de D. Maria de Aragão, segunda mulher de D. Manuel, que, em outubro de 1516, havia dado à luz, pela décima vez e se encontrava doente, vindo a falecer, talvez de sequelas do parto, em março do ano seguinte.
Dois barqueiros, o Anjo e o Diabo recebem as almas dos passageiros que passam para o outro mundo. A cena passa-se num porto e, um dos barcos vai em direção ao céu, e o outro ao inferno. A maioria dos personagens vão para a barca do inferno. Durante as suas vidas não seguiram o caminho de Deus, foram trapaceiros, avarentos, interesseiros e cometeram diversos pecados. Por outro lado, quem seguia os preceitos de Deus e viveu de maneira simples vai para a barca.
O Auto da Barca do Inferno é um grande clássico da literatura portuguesa, possuindo diversas sátiras envolvendo a moralidade.
O Auto da Barca do Inferno (baseada na obra de Gil Vicente)
JOÃO MIGUEL LAMEIRAS, JOANA AFONSO
Série: Clássicos da Literatura em BD, vol. 30
Editora: Levoir
Páginas: 64, a cores
Encadernação: capa dura
Dimensões: 210 x 285 mm
PVP unitário: 13,90€
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.