
Bartleby, o Escriturário adapta o conto de Herman Melville à banda desenhada por José-Luis Munuera.
“Bartleby, O Escriturário: Uma História de Wall Street” (também conhecido como O Escrivão, em língua portuguesa) é um conto do autor norte-americano Herman Melville, incialmente serializada anoninamente em duas partes nos números de novembro e dezembro de 1853 da revista Putnam’s Magazine e reimpresso com pequenas alterações em The Piazza Tales, uma antologia de 6 contos do autor, publicada pela Dix & Edwards em maio de 1856.
Ao longos dos anos, a obra tem sido adaptada ao teatro, rádio, ópera, cinema, televisão e banda desenhada.
A partir do dia 2 de junho, chega às livrarias nacionais a adaptação para banda desenhada, da autoria de José-Luis Munuera, originalmente editada em França pela Dargaud em 19 de fevereiro de 2021. A publicação nacional é realizada pela Ala dos Livros, editora que já tinha publicado a adaptação de Um Conto de Natal pelo autor no final do ano passado.




Adaptação do conto epónimo de Herman Melville.
Nova Iorque, distrito de Wall Street.
Um jovem é contratado para um escritório de notário. O seu nome é Bartleby e o seu trabalho consiste em copiar documentos legais.
No início, Bartleby revela-se irrepreensível. Consciente, eficiente, incansável, faz um trabalho colossal, dia e noite, sem nunca se queixar. A sua energia é contagiante. Leva os seus colegas, muitas vezes rebeldes, a darem o seu melhor.
Um dia, tudo se altera. Quando o patrão lhe dá um trabalho, Bartleby recusa-se a fazê-lo. Educadamente, mas com firmeza: “Prefiro não o fazer”, responde.
A partir de então, Bartleby deixará de obedecer a ordens, cingindo-se nestas poucas palavras que pronuncia como um mantra. Prefiro não. Não só deixa de trabalhar, como se recusa a abandonar o local…
José Luis Munuera pega no conto de Herman Melville e adapta-o de forma magistral, lançando um olhar original sobre este texto, uma reflexão estimulante sobre a obediência e a resistência passiva.
José-Luis Munuera nasceu em 1972, em Espanha. Depois de estudar artes plásticas na Universidade de Granada, tornou-se cartunista. Mas a indústria de banda desenhada atravessou um período difícil nos anos 90 e José Luis Munuera fez uma viagem a Angoulême. Lá conheceu Joann Sfar que lhe escreveu as três histórias dos “Potamoks” (Delcourt). O sucesso foi lento e os dois autores propuseram o seu trabalho a outra editora: Dargaud. Assim surgiram as aventuras de Merlin, o famoso mágico, acompanhado por Tartine, o ogre, e Jambon, o porco. A série encontrou o seu público, e quando Sfar já não tinha tempo para escrever os guiões, Jean-David Morvan assumiu o seu lugar. Munuera e Morvan embarcaram então no delirante “Sir Pyle S. Culape” (Soleil). Posteriormente, com Philippe Buchet, imaginaram “Nävis” (Delcourt), uma série de fantasia para crianças. Seguiram-se em 2004, com Dupuis, as novas aventuras de Spirou com “Paris-sous-Seine”. Desde então, Munuera tem tido um sucesso atrás do outro com, entre outros, “Sortilèges” (Dargaud) (cenário por Jean Dufaux) e “Fraternidade” (argumento de Juan Díaz Canales), e, em Dupuis, “Les Campbell” e “Zorglub”, duas séries que assinou sozinho. Um virtuoso tanto na criação como no renascimento, em 2020 colaborou com BeKa e desenhou “L’Envoyé spécial”, o sexagésimo quinto volume da série emblemática de Raoul Cauvin, Salvérius e Lambil, “Os Túnicas Azuis”. Em 2021, regressou à Dargaud com “Bartleby, le scribe”, uma adaptação do conto epónimo de Herman Melville.
Bartleby, o Escriturário: Uma História de Wall Street (baseada na obra de Herman Melville)
JOSÉ-LUIS MUNUERA
Editora: Arte de Autor
Páginas: 72, a cores
Encadernação: capa dura
Dimensões: 210 x 285 mm
ISBN: 978-989-9094-26-0
PVP: 18,50€

Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.