Frankenstein de Mary Shelley por Georges Bess.
No Maia BD, foi lançada a obra Frankenstein de Georges Bess, baseada no romance de Mary Shelley, tendo a banda desenhada tido direito ainda a uma exposição durante o evento. Trata-se da mais recente aposta de A Seita para a sua série Nona Literatura, a qual foi, inclusivamente, inaugurada há 2 anos com outra adaptação realizada por Bess, Drácula.
Esta adaptação foi originalmente lançada em França pela Glénat a 24 de novembro de 2021. A edição portuguesa inclui as pranchas adicionais e ilustrações da edição de luxo francesa. Quanto à capa da edição de luxo francesa, foi alvo da habitual tiragem especial exclusiva da Wook, que apresenta assim uma capa alternativa prateada.
Uma fabulosa e fiel adaptação gráfica do romance de Mary Shelley, obra fundadora da ficção científica, pelo desenhador de “O Lama Branco”, “Juan Solo”, e “Drácula de Bram Stoker”.
Frankenstein vive no imaginário ocidental há mais de 200 anos, e é uma leitura obrigatória, não só para fãs de ficção científica, mas também para cientistas e tecnólogos praticantes ou futuros, que devem considerar o impacto de seu trabalho no mundo à sua volta, uma obra recorda aos cidadãos comuns que a ciência afecta as suas vidas assim que é colocada à sua disposição. Numa época em que a tecnologia cada vez mais molda o futuro, este é um conto que se vai tornando mais real e menos imaginário, e prova que as atitudes dos criadores podem ajudar a mudar o mundo, e que é da sua responsabilidade a maneira como essa mudança é feita.
Um monstro que não pediu para existir, e é rejeitado por todos, e principalmente pelo seu criador. Da loucura prometaica e da desmesura desse criador nasceu um ser tão colossal como monstruoso, com sentimentos humanos, mas alienado da sociedade, condenado à solidão e rejeição. Este ser é o somatório de cadáveres a que Victor Frankenstein deu vida…
«Era benevolente e bom, mas a miséria fez de mim um monstro!» – A Criatura
«Estava marcado pelo selo de uma maldição, e para onde fosse, levava o meu inferno pessoal!» – Victor Frankenstein
Georges Bess afirmou-se ao longo de várias décadas como um dos grandes mestres da banda desenhada francesa, num percurso que começou na BD popular (as revistas Mad ou The Phantom na Suécia), mas que acabou por se desenvolver em colaborações de grande prestígio com um dos maiores argumentistas a nível mundial, o chileno Alejandro Jodorowski, bem como em algumas séries que ele próprio escreveu. Mais recentemente, motivado pela sua editora, Bess embarca primeiro numa adaptação espetacular a preto e branco do clássico Drácula de Bram Stoker (editado pel’A Seita, e que conta já com uma segunda edição), a que se seguiu Frankenstein de Mary Shelley. Depois de nos revelar um dos primeiros grandes clássicos do terror, Bess desvenda-nos agora aquela que é uma das primeiras narrativas de ficção científica da literatura mundial.
Mary Shelley, a autora do romance, foi não só pioneira na ficção especulativa, mas também uma personalidade complexa e quase revolucionária para o início do século dezanove, adepta do novo progressismo que se ia instalando na Inglaterra da altura, e do feminismo… E profética na avaliação dos efeitos do avanço tecnológico. Esta colaboração entre dois criadores separados por dois séculos traz-nos assim, num formato visual de grande beleza, a história intemporal de Frankenstein, a história da loucura e génio de um homem, que se torna no pesadelo de um monstro.
Frankenstein (baseada na obra de Mary Shelley)
GEORGES BESS
Editora: A Seita
Páginas: 208, a preto e branco
Encadernação: capa dura
Dimensões: 215 x 285 mm
ISBN: 978-989-35132-0-0 (edição normal) | 978-989-35132-1-7 (edição exclusiva Wook)
PVP: 26,00€
Fundador e administrador do site, com formação em banda desenhada. Consultor editorial freelance e autor de livros e artigos em diferentes publicações.
