Être(s)

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Être(s) – Livros de artista, exposição de Lous Delpech.

No dia 18 de novembro (sábado), às 16h00, é inaugurada a exposição Être(s) – Livros de artista, de Lous Delpech, com a presença da artista, na Tinta nos Nervos, em Lisboa. A exposição está patente até ao dia 13 de janeiro de 2024.

Esta exposição fala sobre viagens, cartografias, caminhos.  Inspirou-se em leituras, mitologias, portulanos e histórias de viagens. Reúne um conjunto de cerca de quatro dezenas de livros únicos, realizados pela artista francesa Frédérique Le Lous Delpech, muitos especialmente para a exposição na Tinta nos Nervos.

Para a concepção da série 10 Peuples e Mains offrande trabalhou com o escritor Jean-Pierre Dalle e a designer de joias Marianne Maret que inseriu pequenos objetos de memória nas páginas. O mesmo aconteceu em Des dieux et des jours, as caixas arqueológicas onde salvados inventados dos sítios são guardados. Em Liens Brodés, uma tapeçaria bordada sobre desenhos serigrafados de Delpech, a epopeia de Ulisses constrói-se a várias mãos, com a colaboração de Martine Le Bolzer, na costura e montagem, e Marie le Goaziou, no bordado.

Nas palavras da artista “Portugal, terra de grandes viajantes, Lisboa e a galeria Tinta pareciam estar em sintonia com os meus livros. Estes vão, agora, aí fazer escala… Nasci na Bretanha, numa família de viajantes e marinheiros, cresci numa ilha do Oceano Índico (Madagascar) e os meus livros contam, através das páginas, viagens, interiores e geográficas.  Os recortes feitos nas páginas são aberturas para horizontes surpreendentes, para nossas mitologias pessoais.

As reflexões visuais de Frédérique Le Lous Delpech ancoram-se por vezes, neste projecto, em textos de escritoras portuguesas, iluminando, tal como nos outros, com gravuras, pinturas a guache, recortes e desenhos, o que as palavras sugerem. E prosseguindo viagem, além delas.

Depois do enorme sucesso do extraordinário leporello L’etoile, da editora Courtes Et Longues, esta é uma oportunidade muito especial para o público poder ver como são os livros objecto originais da artista, antes de multiplicarem, ou não, a sua existência.

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