O Lobo

O Lobo

o lobo

O Lobo, da autoria de Jean-Marc Rochette.

Em fevereiro, a Arte de Autor publica O Lobo, da autoria de Jean-Marc Rochette. Lançado originalmente pela editora bruxelense Casterman em 2019, prossegue parcialmente a temática da montanha a que Rochette tinha dedicado o seu álbum anterior, Ailefroide Altitude 3954, um ano antes, e a que regressaria em 2022 com a banda desenhada La Dernière Reine, novamente passada nos Alpes.

A acção desenrola-se no coração do Maciço dos Écrins, no Vale de Vénéon. Um grande lobo branco e um pastor vão defrontar-se encarniçadamente, até ao limite das suas forças, acabando por firmar um pacto que lhes permitirá coabitar.
Tal como no seu álbum anterior, Rochette presta uma vez mais homenagem à alta montanha: à sua beleza, à sua violência, ao compromisso e à humildade necessários para aí sobreviver.
Procura também, através da ficção, encontrar uma porta de saída para o conflito irredutível entre dois pontos de vista igualmente legítimos: o dos pastores, que querem proteger a vida dos seus animais, e o dos parques naturais, que tentam salvar as espécies em vias de extinção.

Jean-Marc Rochette nasceu em França, em 23 de abril de 1956. Em 1975, realiza uma curta-metragem de animação, La chasse, ganhando o Prémio dos Cineclubes de França. Em 1976, após um acidente, abandona a profissão de guia de alta montanha, para se dedicar à banda desenhada. Em 1979, com Martin Veyron, cria a série Edmond le cochon (Les Éditions du Fromage/Albin Michel, 1980-1993). Mais tarde, substituiu o falecido desenhador Alexis (pseudónimo de Dominique Vallet) na série O Expresso do Amanhã, cujo primeiro álbum foi escrito por Jacques Lob, que venceria o Prémio “Témoignage chrétien” do festival de Angoulême em 1985. Em 1986, é publicado À tes souhaits (Futuropolis), com argumento de Tito Topin. Com Benjamin Legrand, em 1987, é publicado Requiem blanc (Casterman). Segue-se Nemo et le capitaine vengeur, escrito por Jean-Pierre Hugot (Bayard, 1988). No final dos anos 90, regressa a O Expresso do Amanhã, com O Explorador e, posteriormente, A Travessia, desta vez com Benjamin Legrand, com quem também tinha criado Le Tribut (Casterman, 1996). Em 2000, é publicada Napoléon et Bonaparte (Casterman), na qual também assim o argumento, que obtém no ano seguinte o prémio Alph-Art Humour do festival de Angoulême. Em 2003, com René Petillon, inicia a série Dico & Charles (Albin Michel, 2003-2006), sendo ainda publicado em 2005 o álbum Cour Royale com Martin Veyron (Albin Michel). Em 2009, é publicado Himalaya Vaudou, com argumento de Fred Bernard (Drugstore). Com Olivier Boucquet, é publicado Ailefroide Altitude 3954 (Casterman, 2018). Segue-se o Lobo em 2019 e La Dernière Reine em 2022 (Casterman).

Deixa um comentário