A Universidade das Cabras

A Universidade das Cabras

A Universidade das Cabras

A Universidade das Cabras, da autoria de Christian Lax.

A Arte de Autor, publicou A Universidade das Cabras, da autoria do multigalardoado Christian Lax. Esta obra foi originalmente editada pela francesa Futuropolis em 2023, sendo a banda desenhada mais recente do autor até ao momento, na qual é feito um elogio ao saber e uma condenação à violência.

Em 1833, Fortuné Chabert era um professor itinerante nos Alpes do Sul. De aldeia em aldeia, ensinava alegremente às crianças a leitura, a escrita e a aritmética. Esta forma nómada de ensinar é conhecida como a “universidade das cabras”. Fortuné terá de renunciar ao seu sacerdócio e encontrar-se-á, anos mais tarde, entre os Hopis do Arizona, nos Estados Unidos. Em 2018, Sanjar percorre as montanhas do Afeganistão com o seu quadro às costas. Também ele pratica a universidade de cabras. Expulso pelos talibãs, tornar-se-á um auxiliar do exército americano no Afeganistão. Qual é o elo que une Fortuné e Sanjar, tão afastados quanto possível no tempo e no espaço? Do Afeganistão aos Estados Unidos, do século XVIII aos nossos dias, a escola foi sempre rejeitada pelos obscurantistas: numa magnífica história de cólera e de generosidade, de beleza e de amor, Christian Lax defende um santuário para a escola, um lugar onde todas as crianças sejam livres de aprender.

Christian Lax nasceu em 1949. Vive perto de Lyon. Incentivado pelo pai, descobriu desde muito cedo o mundo colorido da banda desenhada e foi o pai que lhe arranjou os primeiros empregos como ilustrador. Mas o jovem acabou por decidir estudar Direito, antes de o abandonar e regressar ao seu primeiro amor. Inscreve-se na École des Beaux-Arts de Saint-Étienne e, em 1975, inicia a sua carreira profissional. Só em 1981 é que é editado o seu primeiro álbum, Ennui Mortel (Glénat). Em 1987, com Des Maux pour le dire (Vents d’Ouest), conta a magnífica história, cheia de modéstia, de um homem deficiente, inspirado na vida do seu próprio irmão. Em 1999, criou a série de seis volumes Le Choucas (Dupuis), que escreveu e desenhou. Foi na coleção Aire Libre (Dupuis) que produziu, sozinho ou com Frank Giroud, algumas das joias da coroa da banda desenhada contemporânea: Les Oubliés d’Annam (1990-1991), La Fille aux Ibis (1993), Azrayen’ (1998-1999) e L’Aigle sans orteils (2005). Christian Lax foi galardoado com o Grand Boum 2011 no Festival de Banda Desenhada de Blois. Em 2009, passa para a Futuropolis com Pain d’alouette (2009-2011) e depois L’Écureuil du Vel’d’Hiv (2012), que conclui a sua trilogia sobre o ciclismo. Em 2019, entrará para a coleção Musée du Louvre com Une maternité rouge (Futuropolis).

Deixa um comentário