Electus: A Supremacia

Electus: A Supremacia

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Electus: A Supremacia, da autoria de Danilson Rodrigues e Nick Agostinho.

Das atuais 11 publicações do projeto BDPALOP, 7 delas foram distribuídas em Portugal no último trimestre do ano passado. Uma das bandas desenhadas da intitulada Primeira Coleção é Electus: A Supremacia, da autoria de Danilson Rodrigues e Nick Agostinho.

Esta é uma das 3 bandas desenhadas angolanas publicadas na Primeira Coleção da BDPALOP, no qual constam 3 BD de Angola, 3 de Cabo Verde e 3 de Moçambique. A razão por terem sido distribuídas somente 7 publicações em Portugal, tem a ver com o facto da produção de 2 delas se ter atrasado.

Para selecionar as 9 bandas desenhadas a constar da Primeira Coleção, o projeto BDPALOP, sediado em Moçambique, realizou um concurso, que teve como júri Maísa Chaves (ilustradora – Moçambique), Nádia Aragão (autora de banda desenhada infantil – Angola), Daniel Medina (escritor – Cabo Verde), Rodrigo Faria (editor – Brasil) e Paulo Monteiro (autor de banda desenhada e diretor do Festival Internacional de BD de Beja – Portugal).

A BDPALOP contou com masterclasses realizadas por profissionais da BD na área da ilustração, argumento, paginação, coloração e artes-finais. A equipa de formação e mentoria foi constituída por André Caetano, André Oliveira, Cris Peters, Frederica Armada, Inês Amaro, Joana Afonso, Joana Mosi, João Mascarenhas, Jorge Coelho, José de Freitas, Miguel Mendonça, Manuel Morgado, Mário Freitas, Osvaldo Medina, Pedro Moura, Rapha Pinheiro, Ricardo Venâncio e Zé Burnay.

O projeto BDPALOP é apoiado pela PROCULTURA – Promoção do Emprego nas Atividades Geradoras de Rendimento no Setor Cultural nos PALOP e Timor Leste, ação do Programa PALOP-TL, financiado pela União Europeia e cofinanciado e gerido pelo Instituto Camões, I.P. O projeto tem como parceiros o Anima Estúdio Criativo (Moçambique), Bomcomix Estúdios (Angola), Jovemtudo (Cabo Verde) e A Seita (Portugal).

Quanto ao projeto BDPALOP, Rodrigues refere que “proporcionou-me contacto com argumentistas incríveis, com os quais pude aprender novas técnicas de escrita e desenvolver a minha criatividade“. Por seu turno, Agostinho revela que “a minha maior motivação na BDPALOP é resgatar os mitos e contos africanos, contar histórias do folclore e da realidade dos nossos povos, unindo-as às minhas ideias e imaginação. No início da formação, eu fiquei do tipo ‘eu não preciso de formação’. Mas até as fonts em que se escreve, eu descobri quais delas são contemporâneas e convincentes. Os ângulos das imagens, eu não pensava nisso. Eu aprendi a enxergar para além de mim, não podia mais enxergar como dono da obra, tinha de pôr-me no lugar do leitor. A formação da BDPALOP foi muito, mas muito importante para mim“.

Em Angola, após a independência, um interrogatório numa base militar é interrompido por uma dupla misteriosa. A pedra que eles descobrem pode ser o gatilho para um terrível acontecimento que eles querem a todo o custo evitar. Na floresta onde se abrigam, uma visita inesperada revela novos desafios para os protagonistas.

Danilson Rodrigues sempre gostou de brincar com as palavras, escrevendo desde cedo versos e rimas. A sua criatividade ganha expressão no dia-a-dia através da escrita. Tem interesse em várias formas de criatividade, incluindo banda desenhada, animação, videojogos e música.

Nick Agostinho é um artista e freelancer angolano, estabelecido no ramo da ilustração. Juntou-se
recentemente ao núcleo de criativos angolanos Arte.ao. Aprendeu vários estilos de artes visuais com artesãos e escultores, embora o seu trabalho se foque em artes conceptuais, design gráfico, ilustração e animação.

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