Sermão de Santo António aos Peixes

Sermão de Santo António aos Peixes

Sermão de Santo António aos Peixes

Sermão de Santo António aos Peixes, a adaptação da obra do Padre António Vieira à banda desenhada por Pedro Vieira de Moura e Bernardo Majer.

Em abril, a Levoir editou o terceiro livro da coleção Clássicos da Literatura Portuguesa em BD. A obra escolhida foi o Sermão de Santo António aos Peixes do Padre António Vieira, adaptada por Pedro Vieira de Moura e Bernardo Majer.

Este sermão foi pregado a 13 de junho de 1654, dia de Santo António, em São Luís, no Maranhão (Brasil), contestando a escravidão dos povos indígenas pelos colonos brasileiros. Seria publicado pela primeira vez, em conjunto com outros sermões de Vieira, em 1682.

O dossier pedagógico é da responsabilidade do Professor Dr. João Paulo Braga, investigador do Centro de Estudos Filosóficos e Humanísticos da Universidade Católica Portuguesa.

Sermão de Santo António aos Peixes, foi proferido na cidade de São Luís do Maranhão, na sequência de uma disputa com os colonos portugueses no Brasil. Constitui um documento surpreendente de imaginação, habilidade oratória e poder satírico do Padre António Vieira. Com uma construção literária e argumentativa notável, o sermão tem como objetivo louvar algumas virtudes humanas e, principalmente, censurar com severidade alguns vícios dos colonos. O Sermão de Santo António aos Peixes faz parte das leituras do 11.º ano de escolaridade.

Padre António Vieira foi missionário, teólogo, diplomata e orador. Nasceu em Lisboa, em 1608. Em 1614, foi para o Brasil com a família, onde mais tarde ingressou no Colégio dos Jesuítas de Salvador, Baía. Foi ordenado padre, tendo iniciado a sua carreira de pregador em 1633. Voltou a Portugal, onde participou ativamente da vida política, colocando-se em defesa dos cristãos-novos e despertando o ódio da Inquisição, o que resultou na sua prisão. É considerado o principal autor do barroco de Portugal e do Brasil. Grande orador, pregava com eloquência para índios, brancos, negros, brasileiros, africanos, portugueses, dominadores e dominados. Os seus sermões, apesar de quase sempre direcionados à pregação do cristianismo, também serviram às causas políticas de seu tempo, como a defesa do índio e da colónia.

Pedro Vieira de Moura, argumentista nesta coleção deste livro, de Mensagem e também de Os Lusíadas, é docente (presentemente, na Escola Superior de Arte e Design de Caldas da Rainha, na Universidade do Algarve, na Escola Superior Artística do Porto e no Ar.Co – Centro de Arte e Comunicação Visual), investigador académico, crítico, ensaísta, documentarista, comissário de exposições e galerista, semieditor e lojista ocasional.

Bernardo Majer nasceu em 1990. Licenciou-se em Design de Comunicação na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, e trabalha como designer gráfico na VMLY&R Branding desde 2014. Foi vencedor da Melhor Obra de Banda Desenhada de Autor Português no Festival Amadora BD em 2022.

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